Depois que o navio sumiu de vista, Mary e Diane se transformaram novamente em humanas. Diane segurou a princesa antes que ela caísse no chão. Estava muito ferida. Sangue escorria de sua cabeça. Seu braço estava num tom de roxo e verde nauseante.
Diane a carregou nos braços até dentro da caverna, tentando não desmaiar de dor. Colocou Mary no chão, que estava pálida e febril.
Correu pegar alguns pedaços de madeira, que não foi difícil de encontrar depois das explosões de árvores, e trouxe rapidamente até Mary, que estava desacordada.
- Isso vai doer agora, mas vai melhorar. - disse Diane, mesmo sem ter certeza se a princesa estava escutando ou não.
Então pegou o braço de Mary e apertou, sentindo a fratura. Percebeu que o ombro também estava deslocado. Diane mordeu os lábios, sabendo o quanto iria doer, mas ficou firme. Colocou o ombro e o braço quebrado no lugar. Mary se remexeu, mas continuou desacordada.
- Ufa. Agora é só amarrar.
Usando as tábuas e um pedaço do vestido de Mary, amarrou seu braço para que ficasse no lugar. Quando terminou, sentiu vertigens e vontade de vomitar. Não percebeu quando dormiu exceto no momento em que acordou. Mary não estava mais na sua frente.
- Mary? - ela perguntou, sentando-se. - Mary?
Ela tentou levantar, mas uma dor aguda lhe percorreu toda a barriga. Seu ferimento voltará a sangrar.
- Não se mexa! - disse alguém.
Então Mary apareceu na caverna, com uma cesta de frutas e roupas.
- Você é quem não deveria se mexer. Sente-se agora! - disse Diane.
Mary se aproximou rindo e se sentou.
- Você é uma idiota. Porquê fez isso? Não vê que ficará presa aqui pra sempre?
- Antes de vir para cá, eu queria dinheiro pra ter uma casa só minha, sem ninguém que enchesse o saco. Meu pai virou um bêbado, mas consegue se virar bem sozinho. Eu não preciso morar com ele. Nunca fui de ter amigos. Então, quando disseram sobre a quantia que valia a sua cabeça... É claro que aceitei na hora! Era exatamente o que eu precisava.
- E agora você perdeu a chance de ser rica. De que adiantou? - Mary perguntou.
- Do que você está falando? Eu não perdi nada! - disse Diane.
- Você vai... Me matar? - perguntou Mary, arregalando os olhos.
Diane riu, como não fazia a muito, muito tempo. O que fez Mary sorrir.
- É claro que não. Todos que vem aqui querem ficar bilionários, querem todo o luxo do mundo, para enfim encontrar a felicidade. Eu também. A diferença é que eu encontrei tudo isso quando conheci você.
Os olhos de Mary brilharam. Um sorriso enorme brotou em seu rosto.
- Então você... Aceitou ser amaldiçoada para me fazer companhia? - perguntou Mary.
- Sim. Por algumas pessoas vale a pena. E agora... - Diane pegou a mão boa de sua nova amiga. - Vamos proteger nossa ilha juntas. Eu e você, pra sempre?
Mary enxugou uma lágrima que caía de seu rosto enquanto sorria. Elas se abraçaram. Mary cuidou dos ferimentos de Diane, depois comeram enquanto olhavam para o mar.
Mary finalmente encontrara um descanso para sua solidão. Diane se sentia a pessoa mais rica e feliz do mundo. Ambas estavam em paz.

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RECOMPENSA
FantasiaDiane está desesperada para mudar de vida, e precisa de dinheiro. Quando o rei das terras vizinhas anuncia uma recompensa inestimável por um serviço, ela não procura detalhes e aceita imediatamente. O que ela não imagina é que este feito lhe trará m...