OOO.PRÓLOGO

29 3 0
                                    

[000. O início de tudo]

A escuridão me consome

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A escuridão me consome.

Ao meu redor só há sombras, elas de um preto tão intenso que tornam identificar qualquer coisa, um ato impossível.

É frio, e vazio.

Tento gritar, mas de minha garganta não saí um som sequer.

A temperatura, antes fria como uma geleira, começa a mudar. Um vento tão forte quanto um furacão se apossa do local desabrigado.

Tudo gira.

E quando me dou conta, a escuridão se vai, mas o sentimento inquietante de perigo permanece.

Há luz, uma fraca luz amarela, que é emitida do que eu reconheço ser uma lâmpada.

Estou em um quarto.

Não em qualquer um que eu já tenha estado antes, isto é claro.

Tem diversos objetos, a maioria quebrados, e sendo de origem trouxa.

Há um zumbido, que começou baixo o suficiente para eu quase não notar, mas que agora ganha força, se tornando cada vez mais alto.

Alto o bastante, para que se torne uma preocupação.

De repente a poeira e lascas de madeira ganham vida, flutuando e começando a girar em um tornado.

—...NÃO! EU IMPLORO, O MEU FILHO NÃO..– Uma voz feminina grita de repente.

A voz veio do tornado, e parece impulsiona-lo para seu auge. Agora não é somente o pó e pequenos pedaços de madeira que giram, e sim todo o quarto.

Tento me segurar em qualquer coisa, não querendo ser atirada para longe.

A ventania aumenta desproporcionalmente e o zumbido vira um apito ardoso.

Fecho os olhos, quando começa a ficar difícil demais mantê-los abertos.

Firmo um pouco mais minhas mãos nas barras de alguma coisa que não tive tempo suficiente para ver o que é, o tornado para e a temperatura aumenta.

Abro os olhos, e a cena a minha frente me deixa um tanto perturbada.

É uma jovem mulher, com longos cabelos rubros.

Ela está curvada, de costas, dando um passo demasiado lento para minha direção, uma de suas mãos está a sua frente com cada dedo esticado ao máximo que consegue, um claro sinal de pare. Seu braço esquerdo está jogado para trás, com sua outra mão tentando alcançar algo por aqui.

Viro meu rosto para a direita, na intenção de procurar o que ela deveria estar tentando encontrar.

Se pudesse falar, soltaria um ruído chocado quando encontro um bebê.

Um lindo bebê, de incríveis olhos verdes, bem ao meu lado.

Arregalho os olhos, finalmente notando que as barras que foram meu porto seguro por notáveis minutos, são a proteção de seu delicado berço.

𝐍𝐀𝐑𝐂𝐈𝐒𝐒𝐔𝐒|•𝑻𝒐𝒎 𝑹𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora