Laura Bernard.
A menina que joga e sofre hater porque é mulher.
A menina que sonha em ir para loud e todos riem do seu desejo.
A menina que tem inseguranças com seu corpo.
A menina que não se acha boa o suficiente para entrar em uma das maiores orga...
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OLHANDO DA VARANDA o sol se pôr, o céu em uma mistura de laranja e rosa junto com as nuvens brancas, a leve brisa batia sobre o rosto de Laura, balançando seus cabelos em um movimento suave.
Com o passar do tempo, Laura havia feito amizades incríveis, e tinha se empenhado muito no seu trabalho. Ela se tornou uma "peça" um tanto especial para o time, e ele - o time - até que estava indo muito bem em vários campeonatos.
Laura pensava se havia feito as amizades certas, se aquelas pessoas não a traíriam por trás, se de repente, ela levaria uma facada nas costas e ninguém no mundo iria a fazer feliz de novo. Bom, ela estava feliz, foram eles que a fizeram feliz e ela não queria mudar repentinamente por uma simples pessoa. Ou por um simples círculo de amizade e amor.
Contudo, Laura ainda tinha suas crises de ansiedade. Toda a noite, sem exceção. Ela estava de saco cheio disso, ela se sentia fraca e, em muitos momentos, sozinha. Se sentia estúpida por tanto choro, que uma vez, fez uma pessoa do quarto ao lado arcordar, Arthur. Quando ele bateu na porta, ela se obrigou a ficar calada até que ele fosse embora.
Agora, com a brisa do vento, sozinha em uma das varandas que tinha na casa, ela foi despertada do seus pensamentos com barulho de passos. Arthur parou na porta e cruzou os braços:
― Temos treino. ― ele avisou. Olhando a garota, que ainda olhava para a vista que tinha de um lago. ― Aconteceu alguma coisa?
― Não, nada. ― Laura disse, dando um leve sorriso.
― Não diga que não é nada. ― ele suspirou. ― Eu sei que é alguma coisa, Laura. Ouvi seus soluços ontem a noite, só que dessa vez eu não bati na porta.
― Arthur, não é nada que você precise se preocupar.
― Acontece todo dia, né? ― Athur perguntou, ela o encarou, pela primeira vez desde o início da conversa, confusa. ― Sabe, as crises. Já aconteceu muito comigo, hoje em dia quase nunca... É bem raro.
― É, acontece todo dia. ― confessou.
― Sensação de que está sozinha e vai ser traida a qualquer momento, e ninguém mais vai poder te fazer feliz?! ― ele perguntou novamente, a menina apenas assentiu com a cabeça. ― Sei como é. Mas não precisa ficar assim, eu estou aqui, se quiser um ombro pra chorar... Pode vir até mim, ou se quiser um abraço de amigo, é só pedir...
― Obrigada, Thur. ― ela andou até ele e o abraço.
― Eu disse pra pedir, você está abusando de mim! ― ele brincou, fazendo a garota rir.
― Idiota! ― Laura o deu um empurrão de leve. Thur colocou as mãos no bolso do moletom, sorrindo. Então, eles se olharam.
Foi algo tão instantâneo, que quando trocaram esses olhares, eles se arrepiaram. Laura sentiu um frio na barriga ao olhar para aquele garoto de olhos castanhos, e bochechas tão fofas. Mas agora, ele estava corado. As pupilas de ambos se dilataram ao mesmo tempo, foi algo surreal.
Mas agora, não era só um frio na barriga, era como se tudo no mundo estivesse parado para os dois. Os olhares, thur com a mão no bolso e vermelho com um mínimo sorriso nos lábios, o vento que passava por eles, era tão clichê. Laura sem saber o que falar, sorriu e disse:
― Vamos, ou vai ficar me admirando ainda mais? Se quiser podemos fazer uma sessão de fotos...
― Você conseguiu estragar o clima, Laura. E era você quem estava admirando minha beleza, ok? Agora, vamos.
Eles seguiram o caminho até onde todos estavam, conversando e fazendo piadas sobre o outro. Quando chegaram CT da Noise, Lucca soltou uma risada, Dionis olhava quase rindo, Bradoock também segurava uma risada, mas Next estava sério, muito sério por sinal.
― Estavam aonde? ― ele perguntou, franzindo o cenho.
― Não tá na cara meu amigo? ― Dionis perguntou.
― Safadinhos. Estavam se beijando né? ― Lucca perguntou.
― Pera, quê? ― Laura estava incrédula. Ela trocou um olhar com Arthur, que a olhou confuso e deu de ombros. ― Ninguém se beijou, tá legal?!
― E por quê demoraram tanto? ― Next perguntou novamente.
― Ele estava me ajudando! ― explicou
― Isso é um local de família, ok?! Sem brigas! ― Bradoock avisou.
― Vamos jogar, daqui a pouco o treino começa e eu quero vê a gente perde. ― Dionis falou. ― Lah e Thur vão ligar o Pc, Next e Bradoock vão ficar sentados assistindo, Laura vai ser suporte. O resto, mesmas posições.
Laura e Arthur andaram até seus devidos acentos, ligaram o Pc e começaram a jogar. Ouvindo gritos, xingamentos, batidas na mesa, mais gritos, mais xingamentos.
O time estava indo mal de novo.
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