Capítulo 3

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-Minerva eu achei que você acreditava em mim- eu digo calmamente, não posso acreditar que uma simples brincadeira fez esse reboliço todo. Tio George nunca me disse sobre essa parte das pegadinhas, não que eu esteja no nível dele é claro, ele fazia coisas piores. Queria ser legal como ele.
Daisy está com os olhos vermelhos, não consigo dizer se de raiva ou se está prestes a chorar. Não importa. Não há mais nada escrito em sua testa, mas ainda é possível ver as marcas das palavras que estavam ali antes, "IDIOTA" nunca vi algo mais verdadeiro do que isso, ela é sim uma idiota,e de primeira.
-Devo te lembrar Lilian que aqui você deve me chamar de diretora Mcgonnal.- Minerva parece cansada ao dizer isso- e eu acredito em você, mas- ela continua, mas eu a interrompo falando:
-Voce vive lá em casa- ela basicamente está lá sempre que consegue, minha mãe e meu pai adoram suas histórias
-Aqui eu sou sua diretora- ela me repreende
-Ah agora é assim! Só por que é filha do Harry Potter pode fazer o que quiser?- Daisy se pronuncia depois de um longo tempo que ela nos poupou de ouvir sua voz enjoada. A voz dela é penetrante por ter picos agudos, ela fala como se cantasse ou miasse. Me dá vontade de vomitar só de pensar.
-Ninguém disse isso, aqui em Hogwarts tratamos todos igualmente- Minerva diz colocando os dedos cumpridos na testa e Daisy ri debochadamente
-Ah,então por que não dá logo uma detenção para ela!?-Parkinson parece indignada ao praticamente gritar enquanto pergunta com uma voz tão fina que podia ser usada como tortura para os criminosos em Askaban, logo sobe uma vontade de mostrar para ela por que não mereço uma detenção.
-Não há provas, querida!- digo no mesmo tom, bom provas há... mas a gente nem precisa comentar sobre isso
-Professora por que eu continuo aqui? Eu sou inocente- ela diz com a voz mais fina que consegue
-Não é não! Me acusou sem provas- falo com repugnância. Daisy já começaria a dizer outra coisa quando a Diretora a interrompe:
-Como este problema só aumenta, as duas vão pegar uma detenção, sem nem discussão-ela diz antes de falarmos qualquer coisa. Daisy revira os olhos e me lança um olhar como se falasse: " Tudo isso é culpa sua!" E eu jogo outro olhar para ela que significa: " Você que começou ". Minerva parece esperar uma resposta,mas quando não falamos nada ela fala :
-O professor Neville precisa de ajuda para organizar a estufa, hoje mesmo podem ir lá de noite para ajudar- ela diz enquanto mexe em outros papéis, "bom podia ser pior, eu poderia te transformado ela em sapo e ter que ajudar o Hagrid." Eu penso . Não que eu não goste do Hagrid, mas eu acho meio chato ter que ajudar ele com os animais,na verdade eu não sou ligada ao animais e pelo menos o tio Neville é legal e eu conheço ele bem. Mas a companhia de Daisy vai piorar tudo.

Minerva faz um sinal com a cabeça sinalizando que podemos sair, ao deixarmos a sala saio andando pelos corredores quando uma mão segura meu pulso
-Você me paga sua descarada, eu te odeio! Eu tinha outros planos essa noite, coisa que provavelmente você não tinha - Daisy pensa que me ameaça com as mesmas palavras de sempre
-Você fala isso des de que nos conhecemos, acho que na verdade não tem coragem de dizer a verdade... Admita que é minha fã número um! Sempre quis ser como eu- digo as palavras cuspindo, sinto a raiva subir pelo meu corpo e só quero acabar com aquilo, não é como se eu quisesse briga, mas Daisy não me deixa em paz. Vejo seus punhos fechando e logo estou com a varinha nas mãos
-Palavras ditas em vão,se é tão corajosa assim, venha me prove. - ela diz enquanto saca a varinha, na frente da sala da diretora não seria o melhor lugar para isso, mas não tenho escolha. Nos levantamos as varinhas e apontamos uma para a outra vejo a boca de Parkinson se abrir e já me preparo quando alguém aparece no corredor, abaixamos as varinhas rapidamente, o que não adianta nada, já que fizemos isso tarde de mais, meu coração vem na boca, mas logo me acalmo a ver quem é
-Acho que as duas não querem ir para a sala da diretora de novo- o professor Neville está muito calmo enquanto diz essas palavras, ele não costuma dedurar muitos alunos, mas tenho certeza que se eu não fosse uma das envolvidas ele falaria com a diretora- as duas devem ter aula agora não é? Acho melhor vocês irem- ele continua com o sorriso fofo de sempre, nós nos olhamos e guardamos as varinhas e vamos em direções opostas, tenho raiva disso, acho que tem pessoas que só aprendem quando alguém da uma lição. E no caso da Daisy eu não me importaria de dar essa lição, Rose costuma dizer que eu tenho que fugir de confusão, mas eu acho que a confusão faz parte da vida. Se não tivesse um pouco de emoção a vida seria monótona. Eu gosto de viver como se estivesse dentro de uma história e eu não posso deixar o leitor entediado.

Aula de defesa das artes das trevas é uma das minhas favoritas,mas até ela estava chata naquele dia. Relembramos uns feitiços básicos e numa pausa e outra falo com a Maddy, e depois com Rose, Brianna está triste, um tanto quanto amuada, ela não fala nada com a gente. A aula não passa tão rápido quanto eu queria que passasse, mas logo quando vejo já estou almoçando.
Há muitas coisas nas mesas, mas eu como a mesma coisa de sempre. Rose também come algo que não sei descrever, são bolinhas rosas que estão por cima de um grande pedaço de carne. Ela chega mais perto de mim e sussurra :
-É impressão minha ou os gêmeos Scamander estão mais altos este ano?
Os gêmeos Lysandre e Lorcan Scamander cresceram basicamente do meu lado, não posso deixar de admitir que eles estão muito fofos
-Acho que o loiro deles esta mais escuro também- eu digo virando para encontrar eles na mesa da Huffle-Puffle mesmo que só o Lysandre pertença na casa, Lorcan é da Ravenclaw, eles sempre sentam juntos.
-Uau nunca percebi o quanto os olhos do Lysandre são verdes- Rose diz e continuamos olhando para eles quando Lysandre percebe que estamos olhando e nos da um sorriso solidário, e meigo. Eu acho que tínhamos que ser mais próximos, até por que eles são filhos da minha madrinha e ainda são sobrinhos da minha mãe. Mas a gente se fala sabe... quando nos vemos. É que a realidade é que os gêmeos são bem mais populares do que eu, tem vários amigos. A casa da Huffle-Puffle inteira é amiga deles.
-Acho que eles só estão mais velhos- Diz Dominique fazendo uma das suas aparições repentinas, seus olhos estão mais azuis do que o normal e sua pele mais clara, mas suponho que seja assim já que é uma Veela. Ela continua : - não acha Brianna?
-Perdão? Me chamaram? - Brianna diz mais confusa do que nunca e só assim percebo que ela está ali, o prato vazio e suas olheiras mais aparentes do que nunca.
-Sabe não é sempre que você precisa ajudar ele...- diz Dominique, percebo que isso é direcionado para Brianna, Dominique provavelmente leu sua mente e Brianna concorda com a cabeça- descanse um pouco está noite, já que a Luna já vai ajudá-lo.- ela diz e Brianna olha para mim como se não entendesse e eu dou de ombros- Bom preciso ir, Fred pediu para eu ler a mente de uma garota e depois contar para ele o que vi em troca de uns galeões, e agora eu preciso contar para ele.
-Isso é errado!- exclama Rose indignada
-Muitas coisas são erradas e ninguém fala sobre isso...- diz Dominique e o cabelo dela brilha feito ouro quando Lorcan acena para ela.
-Como por exemplo... o fato da diretora me dar uma detenção e não uma para o Fred por estar literalmente enfeitiçando a bebida do Hagrid - eu digo concordando e todas viram a cabeça ao ver Hagrid beber a bebida e ele ficar com o rosto verde, todos no salão riem, mas a brincadeira acaba logo quando Slughorn dá um antídoto para ele
-Nao consigo entender como sou primo deste idiota. - diz Rose revirando os olhos
-Alvo nunca aprende a arrumar a gravata não é?- Brianna finalmente se pronuncia
-Ele acha que isso deixa ele atraente - digo olhando para Alvo enquanto ele conversa com Scorpius. Ele pisca para mim quando vê que olho para ele e odeio admitir, mas Scorpius parece mais maduro esse ano.
-E não deixa?- Uma menina do quarto ano diz e as amigas dão risadinhas nervosas e quando Alvo lança um charme para elas, acho que estão prestes a surtar.
-Aí como ele é ridículo - eu digo com cara de nojo enquanto olho para Alvo que meche no cabelo arrumando-o ou apenas bagunçando mais, o que é a mesma coisa, minha atenção volta para um lugar não muito longe de onde meu irmão estava. Vejo uma menina de cabelos pretos feito o céu da noite e olhos brancos feito neve chorando, chorando tanto que soluçava tão alto que eu podia ouvir de onde estava com clareza, mesmo estando do outro lado do salão, ameaço ir ver se ela está bem, mas logo uma coruja tira minha atenção, franzo a testa quando reconheço a coruja do meu pai, pego a carta com cuidado e logo leio:

Querida e amada Lily Luna,

Não queria dizer isto, queria que esta carta trouxesse esperança... mas dessa vez não é o caso.
Digo com dor no coração que seu avô piorou, seriamente.

a diferença entre nós- ScorlilyOnde histórias criam vida. Descubra agora