- Scor...tenho uma coisa para te dizer... tomo coragem, pois acho injusto ele não saber o por que estava o evitando e estando ali ouvindo sua respiração, sinto falta de tudo que vivemos, e tudo aquilo que poderíamos viver se não fosse essa proibição idiota ou se não fosse o seu sobrenome, estou cansada de imaginar como seria se fôssemos amigos mais próximos ,quero tornar real, quero estar mais vezes ao seu lado assim tão próxima que é capaz de eu ouvir seus batimentos cardíacos e não quero perdê-lo, não mais.
- Pode falar. Ele me olha no fundo dos olhos sua expressão é de tranquilidade, mas suas sobrancelhas estão arqueadas como se estivesse curioso.
- Meu pai não quer ver eu e o Alvo com contato com você. É por isso que eu estou te ignorando, mas quero que saiba que odeio isso, odeio mesmo.-
Ele olha para o nada e não me responde, eu o encaro, aos poucos ele vira para mim, e ri um pouco,talvez da minha cara que estava inchada e vermelha, então um silêncio reina entre nós, provavelmente os 10 segundos mais longos da minha vida que acontecem antes dele progredir
-Então por que está falando comigo? Sua expressão é comum, nem raiva nem tristeza aparecem em seu rosto, oq me deixa irritada, odeio quando não consigo entender os outros só de olhar em seus rostos, me deixa confusa e insegura. E é assim que me sinto nesse momento com o Malfoy: confusa e insegura
-Como é? Ahm... Por que não faz sentido isso, entende? É o que eu acho-eu digo limpando as lágrimas do meu rosto e tentando não parecer mas confusa
-Eu já sabia. Ele fala abrindo um sorriso e ajeitando o uniforme
-Já sabia?
-É claro, meio obvio não acha?
Ele está rindo
Droga ele está rindo da minha cara
-Não te incomoda?
- Se eu fosse me incomodar com isso teria que me incomodar com todos os olhares tortos que eu recebo. Todos. E sinceramente pra vc é fácil ser filho de um nome famoso já que seu pai salvou geral várias vezes, mas eu sou filho de um nome famoso por que o meu pai foi um comensal da morte. Então Lilu assim como vc se acostumou a ser reconhecida por causa do seu pai, eu me acostumei a ser desprezado por causa do meu. Apesar de hoje ele se arrepender e ser o melhor pai que eu poderia ter.
Nunca tinha pensado nisso.
- E o que você acha sobre isso?
- Sobre me desprezarem?
-Não...É, sim sobre isso....
- Compreensível, detestável porém compreensível
- Triste?
- Se vc parar para pensar muito, é meio depressivo, mas eu nunca penso. Assim como não penso na minha mãe...
- desculpa por tudo isso, me sinto meio culpada, pelos outros e pelo meu pai.
- Ah não sinta! A culpa não é sua, sabe vc não fez os meus antepassados serem escrotos e meu pai não era a pessoa mais gentil... Mas hoje ele é...- ele para e suspira- ele é uma pessoa boa, solitária, mas boa.
Percebo como esse assunto é delicado para ele, sempre percebi na verdade que quando o assunto é seu pai Scorpius fica mais sentimental. E não sei como reagir :
-É..Ele deve ser... bem bom
-Ele é. Queria que conhecesse ele um dia, mas meio impossível né
Ele se vira de novo para o céu após falar e respira fundo, e ali reparo o quão bom ele pode ser, o quanto carinho ele pode dar para as pessoas que ama, me sinto mal por ele sofrer tudo isso, pois ele não merece,por isso chamo sua atenção:
-Obrigada Scor... eu me sinto bem melhor... Se não fosse você eu não sei o que eu faria, acho que me atiraria dessa torre- falo no intuito de aumentar seu ego e ele abre aquele sorriso amigável-não vou ficar chorando e pensando muito sobre isso, sabe o falecimento... ele não iria querer me ver chorar. E ele precisa descansar também...Eu só quero esquecer tudo.
-Amanhã quer ir a Hogsmead? Para esvaziar a cabeça?
- não sei se é o ideal
- entendo... tudo bem, outro dia então
- eu vou indo, não quero me meter em encrenca.-Eu digo me despedindo dele antes de voltar- ah Scorpius, você sabe a função de um patinho de borracha?-Eu falo com os olhos marejados
-Não.-Ele diz sorrindo
-Meu avô pesquisou sobre isso uns anos e concluiu que era para espionar as pessoas da casa. Eu digo e agr sim saio de lá sem dar meia volta ou qualquer coisa, ao chegar no dormitório Rosa está dormindo ainda de uniforme, deito na cama e tento dormir. Outro dia iria se iniciar e eu precisava estar ali para todos_______ *Quebra do tempo*_________
É como se aquela tristeza em mim tivesse partido, eu não sentia nada, apenas o vazio que havia tomado conta de mim.
-Você sabia então?- rose parece tão acaba quanto eu estou, mas a única diferença é que ela dormiu 8 horas completas e eu só 3, já eram 7 da manhã e por algum motivo eu estava de pé
-Isso.-Eu estava cansada de mais para falar, vazia de mais para qualquer coisa.
-Não estou acreditando que isso aconteceu- Rose começa a chorar, de novo. Eu entendo que ela está sofrendo e eu chorei um dia inteiro antes mesmo de ele se for, mas eu não estou com paciência para ninguém chorão.
-Tá bom- eu digo tentando controlar o impulso de mandar ela calar a boca, logo penso em alguém que mesmo que esteja sofrendo não vai chorar. E é melhor eu ficar com ele do que com essa Rose- Olha só Rô eu vou lá ver se meu irmão está bem tá? Ele deve estar sofrendo muito.
- Tudo bem... mas volte preciso de você!- Ela me olha com cara de cachorro pidão e eu até tenho pena, mas ela começa a chorar de novo e logo o sentimento passa. Vou saindo pela porta e recebo as condolências de vários colegas pelo meu vô, ante de chegar ao encontro de Alvo na comunal Slyterin vejo que ele não está lá e sim no jardim andando sozinho.
Se fosse outro dia eu provavelmente assustaria ele, mas não consigo, coloco a mão em seu ombro para chamar sua atenção e ele repara e vira para mim
-Tá tudo bem?- ele dispara para mim sem me cumprimentar ou coisa do tipo.
-Tranquilo, e vc?
- Ah sei lá só tô vivendo
- É eu também tô assim. Um vazio, como se faltasse algo em mim
-Você deve estar na fase antes da aceitação
-Que? Vc tá com febre?
-Foi o Lysandre que me falou, das fases do
Luto, e como vc começou a sofrer antes mesmo dele morrer já está nas fases finais- Alvo fala com uma naturalidade que me assusta um pouco.
-Ah sim... e os outros? Dominique, Louis, Roxanne, Fred, Hugo? Estão bem?
-Não vi Roxanne nem Fred...mas Dominique e Louis estão bem, foram para hogsmead para se distrair... e Hugo, bem vc sabe o quanto ele era ligado ao vovô.
-Acho que ninguém está bem de verdade.
-É tem isso
-Quando as coisas vão voltar ao normal hein?
-Nunca Lily, nunca. Mas vão melhorar daqui a pouco
- Queria estar com a mamãe.
-Ela está com a vovó né?
-Está?
-Você não leu a carta?
-Toda não..
-Ah sim.
Um silêncio confortável está entre nós, ele me dá a mão e fico feliz de ter ele como irmão.
- Quer ir lá para a comunal? A gente fica lá relaxando... e vc não vai precisar ver a Rose chorando
-Ei eu nem disse nada!
- Mas eu já imaginava que fosse isso
-Eu aceito sim.
Damos meia volta e estamos entrando de volta para o castelo, quando me lembro sobre o que o Scorpius falou... De já saber sobre a proibição. E presumo obviamente que Alvo o contou mesmo ele sempre falando para mim que não havia, não vejo motivo para ele mentir então introduzo a pergunta
-Por que mentiu para mim?- ele me olha com confusão e pensa antes de responder.
-Menti sobre o que?- ele parece mais confuso do que nunca e sua voz está um pouco rouca.
-Vc sabe... sobre falar pro Malfoy da proibição. Não vai me dizer que ele descobriu sozinho.- eu digo com voz de tédio, se ele pensa que vai entrar nesse joguinho comigo está muito enganado.
-ELE SABE?- ele larga a minha mão e me olha mais confuso do que nunca, um pouco revoltado eu diria, me deixando mais confusa- Pera aí.... Como sabe que ele sabe?
- Eu estava com ele ontem a noite na torre de astronomia
- VOCÊS ESTAVAM AONDE?
-Da para parar de gritar? Estou com dor de cabeça!
-Está bem... mas não foge da pergunta
- Qual delas?
- Quer saber... esquece isso, depois eu vou perguntar para ele.
Fico feliz por ele ter desistido, pois tudo o que eu menos queria era brigar com o Alvo agora, vamos em direção ao salão comunal da Slyterin e o caminho todo torço para não encontrar Daisy lá e por algum motivo o universo me escuta, por que quando chegamos lá ela não estava. Aliás não tinha ninguém, Eu já sabia que os Sonserinos amavam Hogsmead,
mas não imaginava tanto assim.
Me acomodo em um dos sofás de lá meu irmão senta ao meu lado, logo deito em seu ombro, e respiro fundo. Ele provavelmente escuta minha respiração pois faz carinho na minha cabeça, como se eu fosse um gatinho, quando encontramos Hugo saindo de um dos dormitórios, e Alvo não exagerou quando disse que ele estava mal, seu rosto estava o triplo do tamanho e suas olheiras estão escuras
- Estava te procurando!-Ele exclama para meu travesseiro, quer dizer, irmão.- Ah oi lily, ahn posso falar com você?- Antes mesmo de receber uma resposta Hugo puxa Alvo para fora da sala comunal me deixando ali
- Sei Potter, sabia que era a minha fã mas nem tanto! - olho para trás e encontro um Scorpius de cabelo molhado e sem camisa
Sem camisa?Eai gente curtindo a fanfic? Não deixa de deixar o 💚, e deixe a opinião de vcs nos comentários que me ajuda muito!
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a diferença entre nós- Scorlily
FanficVocê começa a criar sentimentos por um amigo que seu pai não pode nem sonhar que você tem amizade. O que você faria nessa situação? Bom é isso que Lily Luna Potter está passando, mas o que ela irá fazer... isso ela descobrirá com o tempo. Essa his...