☆ Capítulo 12 ☆

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Anya

Alguns meses depois...

— Acha que esse azul-celeste vai ficar bem em mim? — perguntou Mary, enquanto descíamos da carruagem em frente à mansão.

— Claro que sim, combina com seu tom de pele perfeitamente — garanti com um sorriso. Peguei uma das caixas retangulares que continham os vestidos novos de Mary e passei para Elisa, depois voltei-me para pegar a outra caixa e passamos pelo portão.

— Eu acho que azul definitivamente é sua cor — comentou Elisa ao meu lado.

— Concordo — sorri, satisfeita.

— E aquele modelo rosa-bebê ficou incrível em você — disse Mary, sorrindo para mim.

Minhas bochechas coraram. A essa altura não era novidade Mary me presentear, mas não deixava de sempre me sentir meio acanhada e ainda me surpreendia o quanto ela era carinhosa comigo. Ela tratava a mim e Elisa como suas amigas, se não mais, nós nos sentíamos parte da família.

Foi assim desde o início e sou tão grata por tê-los em minha vida que nem saberia começar a colocar em palavras.

— Olha quem está ali — falou Mary, e sua voz tinha um quê de apreciação.

Ergui o olhar e encontrei Elliot recostado a cerejeira, nos encarando — me encarando — fixamente com aquele seu sorriso perfeito. Meu coração deu uma pirueta repentina e uma sensação de que borboletas batiam suas asas em meu estômago me deixou levemente tonta.

Suas roupas pareciam novas e feitas sob medida, o que o deixava mil vezes mais bonito. A calça de couro preto abraçava perfeitamente suas coxas e a camisa branca demarcava deliciosamente seus braços e peito definido. Jesus. Como um cozinheiro conseguia ter um corpo desses? Nunca vou entender.

Ele havia passado um bom tempo viajando, meses na verdade, eu não sabia de todos os detalhes, só sabia que ele visitou muitos lugares a trabalho. Eu ficava sabendo de tudo por Morgana que sempre recebia cartas com detalhes sobre tudo e sempre me deixava a par de tudo. Não que eu quisesse desesperadamente saber ou algo assim.

Mas tinha que admitir, senti falta dele. Senti muita falta. Era até estupidudo a forma como meu coração se agitou ao vê-lo novamente.

Eu sabia que ele estava de volta, mas ainda não o tinha visto porque no dia que ele veio aqui, eu não estava. Mas agora aqui estava ele, bem na minha frente, ao meu alcance.

— Acho que ele quer falar com você — informou Elisa.

— Por que você acharia isso? — indaguei, incapaz de tirar meus olhos dele.

— Porque ele não tira os olhos de você nem um único segundo — Mary respondeu — E desconfio que nem tenha percebido que nós estamos aqui, só tem olhos para você.

— Não comecem a imaginar coisas...

— Ah, meu Deus, ele está vindo para cá! — exclamou Elisa, sorrindo largamente.

— Fale baixo — chiei para ela, que apenas riu do meu nervoso.

— Boa tarde, senhoras — cumprimentou Elliot, brindando-nos com seu sorriso.

— Acho que ele percebeu sim que estamos aqui — observou Mary, tentando sussurrar, mas pelo modo como o sorriso dele se alargou tenho certeza que ele escutou.

— Me acompanharia em um passeio, senhorita Anya? — ele perguntou e não consegui evitar erguer as sobrancelhas diante de sua formalidade. Ele raramente me chamava de senhorita.

— Eu não posso — neguei rapidamente, e acho que foi mais instintivo do que qualquer outra coisa — Tenho muito trabalho hoje.

— Não tem não — rebateu Mary, então sorriu ao olhar para Elliot — Não se preocupe, ela adoraria acompanhá-lo.

Como Conquistar Uma DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora