5 - Horizontes

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Nota da autora: Oi pessoal! Só queria avisar que SIM, eu LEIO TODOS OS COMENTÁRIOSMas às vezes não tenho o que responder e acabo não o fazendo, mas eu leio e aprecio todos!Obrigada T.T




Chan acabou cochilando no sofá, uma perna sobre a outra, a cabeça no ombro da colega. Bia, ao seu lado, digitava sem parar no notebook que apoiava na perna, fones nas orelhas para tentar evitar a tempestade que ainda caía, mesmo uma hora e meia depois de seu início. Ela começava a se questionar se teria problema Chan dormir por ali.

Em algum momento, quando a chuva diminuiu, um último trovão ecoou no céu, mais alto que a música nos fones de Bia. Ela pulou, contendo um grito, mas isso acordou o garoto.

- Desculpa - disse Bia, fechando a mão para não tocá-lo - Tudo bem?

- Sim, eu... não percebi que tinha dormido.

- Você deve estar cansado. Sei que trabalha muito.

- É, trabalho.

- A chuva tá passando.

- Quer que eu vá embora, Bia?

- Não é isso - ela sorriu, tímida, e fechou o notebook - É que daqui a pouco os trainees voltam do ensaio e... se virem a gente... eles são fofoqueiros, sabe?

Chan soltou uma risada e se levantou, se espreguiçando. Bia tentou com todas as forças não encarar o abdômen super definido daquele cara. Uma coisa era vê-lo nos shows, outra era ali, na sua frente. Ela tirou os fones, que continuava usando mesmo com a música desligada.

- Bem, já que a senhorita tá me expulsando e a chuva parou, vou voltar pro hotel.

- Aish - Bia levantou, cruzando os braços - Eu te acompanho até lá embaixo.

- Não precisa, você tá praticamente em casa.

- Chris, isso é coisa de brasileiro, eu vou e pronto.

- Tudo bem - ele riu, tocando o rosto de Bia com cuidado, alisando a bochecha - Chris... ninguém me chama assim.

- Vou ter que ser a primeira.

Sem perceber, Bia inclinou a cabeça na direção da mão de Chan, que ainda estava em seu rosto. A inquietação nos olhos dele aumentou, aquilo era algum sinal de carência, e isso o incomodou. Ele olhou em volta, suspirando, e colocou a outra mão no rosto dela, se aproximando um passo. Bia ficou imóvel, o coração acelerado com a súbita aproximação. Então, Chan a beijou na testa, e foi algo tão carinhoso que Bia quase perdeu o controle sobre seus sentimentos. Quase.

- Eu sinto muito - sussurrou ele contra o rosto dela. Suas testas se tocavam, e Chan mal precisava se abaixar, já que não era tão alto assim.

- Pelo quê?

- Ainda não sei.

A muito custo, Bia se afastou um passo, precisando de ar. Chan tinha algo, aura, energia, chame como quiser, que a fazia esquecer de todo o resto. Ainda estava confusa quando ele começou a descer as escadas.

- Espera aí - falou ela, apertando o passo.

- Já falei que não precisa.

- Eu não ligo.

Chan sorriu, virando para trás, e parou no quinto degrau para esperá-la.

- É sempre insistente assim?

- Depende. Isso é coisa de costume, eu só faço. Desde sempre.

- Entendo. O que mais faz só por costume?

Como em uma fanficOnde histórias criam vida. Descubra agora