Capítulo Cinco

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Rhaella voltou, com o aviso do menino em sua mente.

O que ele quis dizer? O que ele sabia?

Tomada por preocupação decidiu procurar Rhys. Poderia ser só uma brincadeira de criança, mas teve necessidade de sentir-se segura. E nada mais transbordava segurança que o Grão-Senhor mais poderoso de Prythian.

O baile continuava com euforia, sorrisos, flertes e dança para todo lado. Rhaella varreu os olhos em todos os cantos, mas nada de Rhys. Talvez ele tenha recebido um alerta também. Talvez ele tenha ido embora e a deixado pra trás... Seu coração ficou ainda mais acelerado, as mãos suando. Ficou tão distraída que acabou esbarrando as costas em alguém.

-Olhe por onde anda, passarinho -uma voz cantarolou nas suas costas.

Lentamente Rhaella se virou, e quando reconheceu em quem tinha esbarrado

Amarantha. A Flor que Não Desbota

Poucas fêmeas tinham seus nomes gravados na história de Prythian. A mãe de Rhaella dizia que as fêmeas que deviam ser sua inspiração eram as esposas que se dedicavam aos maridos, que doavam seus corpos para ser lar dos herdeiros de Prythian e algumas até mesmo perderam sua vida por uma causa tão nobre. Rhaella aceitava que sua mãe estivesse um pouco certa, realmente trazer uma nova vida ao mundo lhe parecia uma magia inigualável a qualquer outra, mas não era sobre mães ou esposas que histórias eram contatas.

Eram sobre guerreiros, sobre grandes adversários, sobre um líder de uma causa.

Amarantha era tudo isso, além de tudo também uma fêmea. E Amarantha a mais importante delas.

Keir contava com orgulho de todas as conquistas que a fêmea teve. Rhaella nunca ouviu o pai elogiar tanto alguém, ainda mais uma fêmea. Ela fantasiava com Amarantha, desejando ter a coragem dela para desafiar seu pai, sua mãe e todas as regras. Rhaella não se imaginava lutando em um campo de batalha, mas poder ser quem ela queria ser era seu maior desejo.

A admiração de Rhaella ficou explicita em seu rosto.

Rhaella se ajoelhou perante a fêmea ruiva.

–É uma honra conhecê-la, Senhora –Educada e delicada, como aprendeu nas aulas de etiqueta.

–Que coisinha preciosa –cantarolou a fêmea. Amarantha ergueu o rosto de Rhaella e examinou minuciosamente o rosto da menina. –Este rosto, pelo Caldeirão, Keir foi abençoado com a filha mais linda de Prythian.

Emocionada, Rhaella deixou escapar um barulho de empolgação.

–Ouvi tantas histórias sobre você. Perdão. Sobre a Senhora –Suas bochechas esquentaram. –É muito emocionante conhecer uma fêmea tão poderosa.

–Estou encantada por sua prima, Rhysand –Amarantha falou olhando a sua direita.

Rhaella ficou tão distraída que nem reparou a presença do primo. Porém se Rhaella era a imagem da empolgação Rhys estava totalmente paralisando, com os olhos cravados em Rhaella.

Rhaella não conseguiu entender a reação do primo, jamais viu o Grão-Senhor sem aquele olhar poderoso, destemido.

Era quase como se estivesse com medo. Com medo por ela.

–Como a Corte Noturna pode deixar esta bela fêmea nas sombras? –Amarantha desceu seus dedos até o pescoço da menina. As unhas raspando em sua pele.

–Ela é só uma criança –Rhys fez pouco caso. Como se Rhaella não fosse digna de tanta admiração. –Nenhum macho que se preze perderá tempo com alguém tão imaturo.

Corte de Estrelas e Tormento -HiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora