Eu acredito na teoria de que NADA é por acaso. Ninguém esbarra em outro alguém do nada, sempre tem um propósito para aquilo. E conhecer Stéfani Bays foi o melhor acaso que aconteceu na minha vida.
ALERTA CLICHÉ PESADOOO
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Quando finalmente fiquei sozinha, as lágrimas que eu segurei por horas foram colocadas para fora.
Eu estava me sentindo estranha, um aperto no peito, uma súbita vontade de chora.
Olhei para a gatinha deitada no sofá ao meu lado e sorri fraco, lembrando da noite maravilhosa que eu passei ao lado de Mirella.
Eu não suportava a ideia de está sendo outra vez, um "tapa buraco" na vida de alguém.
Eu já passei por isso antes, e me machuquei da pior forma possível. Passei a mão sobre minha barriga, e agora as lágrimas deciam com força.
- Eu queria tanto ter conhecido você.- Talvez eu nunca me perdoaria por confiar em alguém que me tirou tudo, até mesmo minha filha.
...
CINCO ANOS ATRÁS.
- Por favor, Stéfani .- Bruno riu alto.- Eu só usei você.
Eu sempre soube, sempre. Bruno só ficou comigo por que a namorada terminou com ele, Bruno só ficou comigo por que ela não queria ele.
- Por que? Só me diz o por que você me usou?.- Meu choro era silencioso, doloroso.
- Por que?.- Bruno me olhou com um sorriso malicioso. - Tu é boa de cama.
Senti meu estômago revira, ele só queria me comer. E eu só queria seu amor.
- Você está me dizendo essas coisas, por que voltou com ela?.- Eu sabia a resposta, só queria ouvir da boca dele.
- Óbvio Stéfani, eu amo ela.- Idiota, idiota, idiota.
Sem dizer nenhuma palavra ou olhar outra vez para Bruno, me retirei do seu apartamento. Caminhei em passos largos pela rua vazia, passava um pouco da meia noite.
Foi tudo muito rápido, dois homens de moto se aproximaram. Eles estavam com a intensão de me roubarem, eu não tinha nada e eles atiraram.
Na minha perna e barriga. Na minha filha.
....
Eu chorava compulsivamente, alto, forte, doloroso.
Peguei meu celular e olhei para a tela de bloqueio, era a foto de Alice.
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S
eus olhinhos estavam castanhos claros por causa do Sol, seu sorriso mostrando os dois dentinhos, a luz e paz que ela me transmitia. Eu nunca tinha sentido um amor tão forte, como eu senti desde o dia que conheci Alice. Era como se ela fosse minha, e algo me dizia que ela sentia o mesmo.
Se apaixonar por Mirella foi tão forte e imediato como foi com Alice, é como se eu só precisasse de um olhar para saber, que era ali meu lugar. Mirella, Alice e Luka era ao lado deles meu lugar.
E eu sentia meu coração se parti em mil pedaços, só de pensar na hipótese de perder isso.
Eu sabia que Mirella é a minha pessoa, mas será que ela também sabia disso?.
"Jessi, eu falhei outra vez. Eu me entreguei a alguém que já tinha um outro alguém."
Jessica Cardoso é minha única e melhor amiga, era como uma irmã.
"Aí meu Deus, Sté. Onde você está? Eu vou aí."
"No Rio."
Dois segundos depois e ela respondeu.
"Sua localização, por favor."
Oh, ela não faria isso né? Jessi mora em São Paulo
"Não precisa, amiga."
"Stéfani Bays, sua localização."
Mandei minha localização e joguei o celular longe, resolvi tomar um banho e tentar me acalmar. Me levantei do sofá sentindo meu corpo fraco, caminhei até o banheiro no meu quarto.
Após um banho demorado, coloquei apenas uma calcinha e me joguei na minha cama. Fiquei pensando em tudo o que aconteceu de ontem para hoje e acabei dormindo.
Acordei horas depois com alguém tocando a campainha do meu apartamento, antes de sair do quarto peguei o primeiro blusão que achei na minha mala que ainda não havia sido desfeita.
- Já vai.- A pessoa impaciente do outro lado da porta não parava de taca o dedo na campainha.
Abri a porta dando de cara com Jessica, a mesma trazia uma caixa cheia de chocolate e algumas sacolas em mão.
- É aqui a localização da minha princesa, desencantada.- jessica brincou me fazendo ri, não pensei duas vezes antes de me jogar em seus braços.
- Obrigada.- Eu precisava dela, e ela sabia disso.- Entra. - Me soltei de Jessica, dando espaço para ela entra no meu apartamento.
- Eu trouxe chocolate pra você.- Gabriela falou esticando a caixa.- E vinho.- Jessica agora, erguia a sacola.
- Chocolate, álcool e... Fiz uma pausa sorrindo.- Boa companhia, era tudo que eu precisava.
- Eu sei, por isso vim correndo.- Jessica colocou a sacola em cima da mesa e me olhou.- Eu prometi cuidar de você, sempre.
Eu e Jessica prometemos cuidar uma da outra sempre, não importava a circunstância ou lugar.
- Eu estou com tanto medo, de outra vez ser usada.- Eu sei que Mirella não estava pronta, que droga.
Me joguei no sofá e Jessica se sentou ao meu lado, batendo em suas pernas em um pedido mudo para que eu me deitasse com a cabeça em seu colo.
- Me conta, tudo.- Enquanto Jessica fazia carinho em meus cabelos, eu contei tudo que aconteceu desde o dia que conheci Mirella no parque.
Jessica prestava atenção, sem falar nada até eu concluí meu raciocínio.
- Primeiro, quero conhecer meus sobrinhos.- Eu e Jessica trocamos um sorriso cúmplices.- E segundo, eu acho que ela gosta de você.
- Ela não está pronta, para gostar de outra pessoa e muito menos para um relacionamento.- Expliquei o óbvio.
- E se ela estiver? Cada um tem seu tempo, meu amor.- Jessica falou com calma.- Ela só tem medo, assim como você.
- E se ela me machucar?.- Perguntei chorosa.
- E se você machucar ela? E se ela não machucar você?.- Olhei para Jessica pensativa.
- Eu quero tanto aquela mulher.- Suspirei frustrada.
- E se ela quiser você na mesma proporção?. Você nem tentou ainda, e já está se sabotando?.- Jessica falou firme.- O medo é natural. É humano. Não há como evitar senti-lo, então vai com medo mesmo.
- Eu não quero me quebrar outra vez, demorou muito para juntar os caquinhos.
- Eu vou juntar cada pedacinho e colar todos eles com você.- Jessica sorriu amorosa acariciando meu rosto.- E você vai sentir medo outra vez, e eu vou te incentiva ir contra ele.
- Eu amo você, garota. - Me sentei no sofá para abraça Jessica.
- Eu te amo, Sté.- Jessica falou ainda colada em mim.
Eu iria, com medo mesmo. No fim se nada desse certo eu pelo menos havia tentado.