Estou sentada no sofá, dentro do camarim e repasso tudo que aconteceu hoje. O homem de aparência misteriosa que vi. Ainda me lembro como seus olhos se fixaram nos meus e, de repente, sinto um leve tremor em minha pele. Os pelos se arrepiam, mas não é por estar sentindo uma sensação ruim, e sim boa. Não consigo explicar, só sinto.
Levanto-me e fico de pé, em frente à penteadeira e começo a me desafazer do roupão para que eu possa vestir roupas decentes e ir para casa.
Olho o relógio na parede oposta e vejo que já se passa da uma da madrugada. As horas realmente passa muito rápido aqui. Preciso ir embora, pegar Benjamin e Emma na casa de Giulia. Ela é uma garota como eu, só que um pouco mais nova. Conheci-a desde que minha mãe se foi, e então mantemos uma amizade sincera. Giulia sabe o que faço, no entanto, nunca me julgou por ser quem sou e por ter o passado que tenho, pelo contrário, me deu a mão quando mais precisei. Quando tive que sair em busca de trabalho, ela foi a única pessoa que esteve ali e me ajudou com o Benjamin e Emma. Sempre que saio nos finais de semana para o clube, ela fica com as crianças. Eles a adoram, e dizem sempre que queria que a Giulia fosse sua irmã, assim como eu sou.
Sorrindo, desfaço o laço do roupão e quando estou quase tirando para ficar apenas com a calcinha que visto, uma Lana aos prantos entra pela porta, sendo carregada por Mike em seus braços. Rapidamente, viro-me corada quando pego o olhar de Mike sobre mim. Em segundos, puxo de volta o roupão e me cubro. Fico parada, enquanto ouço Alana chorar, fungar baixo com a cara enterrada no pescoço de Mike.
— Desculpe-me, Laura, não sabia que estava nua — diz Mike, e recebo seu pedido com um sorriso, ainda que meu rosto esteja pegando fogo.
— Tudo bem, Mike! — respondo.
Caminho até Alana, quando ele a coloca deitada no sofá. Ela resmunga, dizendo que está sentindo muita dor e que precisa ir ao médico.
— O que aconteceu? — Chego perto, sentando-me ao seu lado.
— Ela acabou torcendo o pé no palco enquanto se apresentava — Mike responde por Lana, que grita a cada segundo.
— Torci a droga do pé no salto, Laura. E agora não vou poder atender o cliente que está me esperando. — Ela parece transtornada, mesmo sentindo dor.
— Lana, você não pode pensar em trabalho quando tem seu pé quase quebrado, pelo amor de Deus — digo em um tom de repreensão.
— A Danda não vai gostar disso. Eu não terminei meu expediente ainda. — Lamenta, no mesmo minuto Danda entra.
Ela vem até nós duas, pega o pé de Lana em sua mão e o analiso. Está roxo e o inchaço, o está fazendo quase ficar com a pele transparente. Danda solta-o com cuidado.
— Você precisa ir ao médico.
— Não posso, tenho cliente em dez minutos. — Lana se mantém firme, levantando ela pousa o pé no chão e grita. — Aaaiiiii, Oh, meu Deus. Eu quebrei meu pé. — Chora mais. O rosto que estava com a maquiagem, está banhado por lágrimas.
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UMA FAMÍLIA PARA O CEO VIÚVO | sᴇ́ʀɪᴇ: ᴄʟɪᴄʜᴇ̂s ɪɴᴛᴇɴsᴏs -1 |
Romance❗️LIVRO COMPLETO NA AMAZON ❗️ Ele prometeu nunca mais amar outra mulher... Ela sofreu a vida inteira e tudo que quer, é alguém que a ame... Com uma vida estabilizada e sendo o CEO da maior rede de hotéis de Nova Iorque, James Russell lida com as mul...