CAPÍTULO - 4

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— Eu paguei por uma dança, menina

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— Eu paguei por uma dança, menina... — grunhe,feroz. — Levante-se e dance para mim, Laura. — Sua voz em meu ouvido, é apenas um sussurro rouco, que faz meu corpo inteiro estremecer. — Vamos, me obedeça!

Erguendo meus olhos, encontro os seus. Duros, impacientes.

Pergunto-me, quem ele pensa que é, para ditar suas ordens aqui dentro? Eu não o conheço, não sei seu nome, nem muito menos a que mundo ele pertence. Tampouco, tudo isso me importa. Depois de tudo que passei nas mãos de Dener, prometi a mim mesma, nunca permitir que homem nenhum mande em mim. Nunca!

Recobrando meu juízo, levanto-me do seu colo em um pulo. Estou aqui para cobrir Lana, dançar em seu lugar, pois sou grata a ela por tudo que já fez para ajudar não só a mim, mas também os meus irmãos. No entanto, isso não quer dizer, que tenho que obedecer a quem quer que seja.

Ajeito-me, passando as mãos por minha testa. Estou suando tanto, que meu rosto é como uma cachoeira. Limpo o suor, ando em direção ao palco, a música ainda toca suavemente. Paro no meio do pequeno círculo, olho em sua direção. Ele tem uma carranca não satisfeita que enfeita seu rosto bonito, a boca de lábios carnudos, retorcendo-se. Está esperando que eu comece o show outra vez, que dance para ele como me pediu. Observo-o, os olhos cinzas, misteriosos e intensos, recaindo sobre os meus, e não sou capaz de desviar, estamos em uma briga sedenta, onde nenhum de nós, é vencedor. Soltando um rosnado baixo em sua garganta, vejo como sua mandíbula se contrai em um movimento sutil. Há uma coisa vibrando no fundo do meu estômago, como se fossem pequenas borboletinhas dançando, e não sei se gosto muito disso. Não gosto, na verdade.

Levando seu polegar ao queixo, ele deixa lá por um momento. Alisa a barba cheia, depois sobe e o raspa de leve em seu lábio inferior. Esferas cinza, frias e imponentes, nunca indo para longe. Estou perdida! Sinto-me suar, como nunca, minhas mãos estão trêmulas. As partes do meu corpo, braço, pescoço e outros lugares onde me tocou, por onde sua mão grande e pesada passou, está formigando. Como se estivessem queimando em brasas.

Ele coça a garganta, deixando claro que está esperando qualquer movimento meu.

Entrelaço as minhas mãos na frente do meu corpo, tentando me manter firme.

— O show acaba aqui, senhor! — digo, firme, dando meu melhor para não tremer sob o olhar duro e feroz que está me dando.

Respiro fundo, sentindo minha garganta e peito queimar. Um medo, sem quaisquer precedentes, aloja-se em meu interior. Não sei explicar, ele apenas fica ali, à espreita.

— Porque está falando isso? — pergunta, incrédulo, um vinco formando-se no meio da sua testa. — Eu quero a minha dança, menina. Agora! — Pontua ele.

Ergo o queixo, desafiando-o. Deixando-o saber, que ele não pode falar desse jeito, como se fosse dono do lugar e como se eu, o pertencesse.

— Pare de me chamar assim... — Repreendo-o, não gostando da forma como esse apelido sem sentido, está ficando sob minha pele. Na minha mente.

UMA FAMÍLIA PARA O CEO VIÚVO | sᴇ́ʀɪᴇ: ᴄʟɪᴄʜᴇ̂s ɪɴᴛᴇɴsᴏs -1 |Onde histórias criam vida. Descubra agora