Capítulo 39

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Oi, gente. Desculpa a demora. Estou com um problema de saúde na família eando totalmente sem tempo.
Espero que gostem.
............

Após se certificarem que Camila estava realmente bem o resto da família se despediu e foi para casa, junto de Alí que havia ficado aos cuidados da governanta, já que estava dormindo quando a notícia chegou.
Lauren não se afastou um minuto sequer do lado de Camila, que exigiu a companhia da esposa na cama, para que pudesse descansar melhor aconchegada no peito desta. Uma das enfermeiras havia avisado mais cedo que o médico só falaria com elas na manhã seguinte, pois teve de atender uns pacientes que haviam se envolvido em um acidente de carro.
Camila acabou pegando no sono com Lauren afagando seus cabelos. A medicação também começou a fazer efeito, deixando-a extremamente sonolenta. A morena estava preocupada com o silêncio do médico e a exigência de falar com elas pessoalmente. Perdida em pensamentos lembrou-se de sua amiga Verônica e no mesmo instante decidiu que assim que o dia amanhecesse ligaria para ela.
Com esses pensamentos e a confiança a qual tinha na amiga, que com certeza cuidaria de seus bens mais preciosos com extremo zelo, acabou conseguindo relaxar e acabou cochilando, aninhada a Camila. Acordou um pouco antes das sete da manhã com Camila se remexendo em seus braços.
- Nosso bebê, Lolo, - murmurava ainda dormindo.
- Calma, Camz. Nosso bebê vai ficar bem. – sussurrava acariciando os cabelos negros e depositando leves beijos no local.
Com os carinhos recebidos, Camila abriu os olhos vagarosamente, sem entender, momentaneamente, onde estava. Deparou-se com um par de olhos verdes tomados pela preocupação e recordações do dia anterior tomaram sua mente. Tomada pela preocupação tentou mover-se, mas sentiu o corpo dolorido e sentiu uma fisgada no pulso esquerdo.
- Uuuhhh. – gemeu de dor.
- Não se mexa, amor. Você deve estar com o corpo dolorido da queda. – tranquilizou-a Lauren.
- Dói tudo, Lolo. Meu pulso... – choramingou.
- Fica quietinha que eu vou chamar a enfermeira. – pediu já se levantando da cama.
Não demorou muito para que retornasse ao quarto acompanhada por uma senhora trajando o uniforme das enfermeiras.
- Como se sente? – questionou já a examinando.
- Dolorida. – falou sincera.
- Alguma dor mais forte?
- Só o pulso mesmo.
- Não está com dores no ventre?
- Não, só meus músculos doem. – falava enquanto a enfermeira terminava de examiná-la.
- Aparentemente está tudo bem. Vou pegar um analgésico que o médico deixou receitado.
- Quando ele virá falar conosco? – perguntou Lauren, que tinha os dedos entrelaçados aos de Camila.
- Vou avisá-lo que a Camila já acordou e em breve ele virá. – disse, saindo para pegar o medicamento.
- Camz, vou ligar para uma amiga minha que tem uma clínica especializada em gravidez e fertilização para vir aqui ver você e nos dar uma posição confiável sobre nosso bebê. – falou calmamente para que sua esposa não se assustasse.
- Você acha que pode acontecer alguma coisa ao nosso bebê. – perguntou num sussurro, com os olhos cheios de lágrimas.
- Não, amor. Vai ficar tudo bem, mas quero a opinião de alguém de confiança. Esse médico nos deixou sem qualquer explicação desde ontem, apenas mandando recado pelas enfermeiras. Entendo que houve um acidente e pessoas precisaram ser atendidas, mas ao menos uma explicação deveríamos ter tido. – disse séria.
- Concordo com você. Ligue para sua amiga para que eu me sinta mais tranquila. – pediu.
Alguns instantes depois a enfermeira retornou ao quarto trazendo a medicação e acompanhada pelo médico. O homem era jovem e bastante simpático, tentava explicar tudo de forma que as duas entendessem, mas algo nele não convencia Lauren.
- Apesar do susto está tudo bem com a paciente e o bebê. – dizia com um sorriso no rosto – Só vamos ficar com você até o final da tarde e depois já terá alta total. – dizia sorrindo para as duas.
- Alguma restrição, doutor? – Lauren perguntou desconfiada.
- Não, a partir de amanhã já está totalmente liberada para suas atividades normais. – disse confiante.
- Se o senhor não se importar eu gostaria de uma segunda opinião. – disse de forma direta, não estava gostando nem um pouco do tratamento que aquele médico estava lhe dando.
- Pois não, vou chamar meu colega e ele lhe confirmará o que acabei de lhe dizer. – disse de forma já não tão branda, o que fez com que Lauren desconfiasse e não gostasse nada daquilo. Naquele momento havia tomado uma decisão.
- Não há necessidade. A nossa médica não trabalha neste hospital e se possível quero que seja providenciada a documentação para transferência imediata para a clínica dela. – disse sisuda, demonstrando não aceitar qualquer tipo de contrariedade.
- A senhora é quem sabe, mas sua médica só ira confirmar o que eu já havia dito. – disse vermelho de raiva, mas tentando manter-se profissional – Com licença. – disse saindo.
Camila ainda estava com analgésico em mãos e ia levando à boca quando Lauren a interrompeu.
- Não tome, amor. Não confiei nenhum pouco nesse médico. Vou ligar para a Vero e ela logo vai estar examinando você. – disse séria, já pegando o celular do bolso.
Camila observava tudo em silêncio. Nunca tinha visto Lauren daquele jeito, parecia uma leoa defendendo seus filhotes. Mais do que nunca sentiu-se protegida e amparada.
- Alô! Oi, Vero? – disse ao ser atendida – Sou eu, Lauren.
Lolo, mas que santo vai se salvar em função deste telefonema. – brincou.
– Infelizmente não estou te ligando por um bom motivo.
- O que houve? – perguntou mudando o tom.
– É que minha esposa foi empurrada ontem da escadaria do country clube e está hospitalizada. – explicava enquanto a outra ouvia atentamente do outro lado da linha – Ela está grávida e o médico simplesmente disse que vai dar alta e que está totalmente liberada para qualquer tipo de atividade. Não fez qualquer exame para ver se o bebê está realmente bem. Não gostei nada disso...
Você casou? – não se conteve em perguntar - Em que hospital vocês estão? – Verônica perguntou preocupada, não deixando escapar a informação que haviam empurrado a esposa de Lauren, mas não quis entrar em detalhes sobre aquilo naquele momento.
- No Augutus II. – Lauren informou.
Não acredito que levaram vocês para aí. – a outra disse indignada – Estou mandando agora mesmo uma ambulância aqui da clínica para pegar vocês enquanto vou preparando o quarto onde ficarão instaladas e os exames.
- Obrigada, Vero. Não sei nem como te pagar esse favor.
Eu que estou pagando aquele favor que você me fez há uns anos atrás. Não pense que eu esqueci... Bom, espero vocês aqui. No máximo em quinze minutos meu pessoal estará aí. O hospital é bem perto da clínica. – disse já encerrando a ligação para providenciar o necessário.
- A Vero está mandando o pessoal dela para nos buscar em uma ambulância. Pelo tom dela esse hospital não é muito confiável. Disse que no máximo em quinze minutos estarão aqui. – tranquilizou Camila – Agora sim estou conseguindo ficar um pouco mais tranquila.
- É tão bom... – disse Camila com um sorriso bobo no rosto.
- O quê, meu amor? – perguntou em um tom doce, ao ver as feições da esposa.
- Ter alguém que cuide de mim da forma que você cuida. – sorriu.
- Eu te amo. E sei que se fosse o contrário você estaria como uma tigresa brigando com esse médico de meia tigela por minha causa. – dizia enquanto entrelaçava uma das mãos na de Camila e com a outra afagava o rosto que tinha um leve tom arroxeado em uma das bochechas, onde havia batido na queda.
Ao ver as pequenas escoriações visíveis que Camila tinha e o pulso enfaixado de sua latina, uma onda de raiva subia por seu corpo quase a consumindo. Rezava para que Léa não passasse na sua frente tão cedo, senão não responderia por si e poderia acabar perdendo a razão.
- Lolo? – Camila chamou baixinho, encarando a esposa – Não pude deixar de escutar você falando ao telefone que eu fui empurrada da escada... Eu pensei que tinha tropeçado e caído sozinha.
- Camz... – Lauren ficou sem saber o que dizer. Não queria contar ainda o que realmente aconteceu, até porque ainda não havia um diagnóstico acertado sobre o estado dela e do bebê.
- Eu estou bem, Lauren. Por favor, não precisa me esconder nada. – falou séria.
- Eu queria te poupar.... – suspirou e se aproximou de Camila selando seus lábios – Mas você foi empurrada pela Léa.
Camila arregalou os olhos e levou a mão à boca. Já tinha ouvido falar da falta de escrúpulos da ex noiva de Lauren, mas jamais imaginou que ela fosse capaz de uma coisa daquelas. A mulher era realmente sem limites.
- Lolo... – sussurrou.
- Calma, agora está tudo bem. A Ally deu um jeito nela na hora do ocorrido e agora ela está sob custódia da polícia e nossa família já está providenciando para que ela fique fora de circulação por um bom tempo.
- Que jeito a Ally deu? – perguntou confusa e Lauren acabou rindo.
- Agora eu rio, mas na hora eu não tive reação, só não voei nela porque estava muito preocupada com você. Parecia uma cena de novela mexicana. A Ally viu a hora que a Léa te empurrou das escadas e tentou fugir. Ela foi atrás e deu a maior surra naquela vadia. Quando vimos, a sua cunhada apareceu arrastando aquela outra pelos cabelos, bem no meio da confusão toda. – riu e Camila não pode deixar de acompanha-la ao imaginar a cena – A tampinha deu tanto na Léa que o nariz e o lábio chegaram a sangrar.
- Ficou mais horrorosa do que já era então. – Camila riu e Lauren concordou.
Ainda riam quando ouviram uma leve batida na porta, a qual logo foi aberta dando passagem a dois enfermeiros com uniformes diferentes dos utilizados pelos funcionários do hospital. Logo atrás vinha o médico que as havia atendido. Com cara de poucos amigos o homem estendeu os papéis solicitados por Lauren anteriormente e se retirou.
Os enfermeiros providenciaram a remoção de Camila com total eficiência e logo já adentravam na clínica de Verônica.
- A doutora Verônica deixou recomendado que eu acomodasse vocês no quarto, que logo ela irá falar com vocês. – disse uma enfermeira se aproximando das duas e logo as encaminhando ao quarto indicado.
- Obrigada.
Camila foi conduzida em uma cadeira de rodas até o quarto, que era dez vezes melhor que o do hospital que estava anteriormente. Os enfermeiros a acomodaram cuidadosamente na cama e saíram.
- Agora sim, sinto que meus bens mais preciosos estão seguros. – falou Lauren, enquanto afagava os cabelos escuros.
Não demorou muito para que a porta fosse aberta após uma leve batida.
- Onde está minha paciente. – brincou Verônica sorrindo para Lauren.
- Vero! – Lauren apreçou-se em abraçar a amiga – Obrigada. – apertou-a mais contra si.
- Não tem que agradecer, Lolo. Você sabe que eu faria qualquer coisa por você. – alisou os cabelos escuros da amiga – Agora me apresente a pobre criatura com quem você casou. – riu.
- Verônica Iglesias, esta é minha esposa Camila Cabello-Jauregui. – apresentou com um sorriso enorme no rosto, enquanto as outras duas olhavam-se espantadas.
- Camila Cabello?
- Doutora Iglesias?

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