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- Não me olhe assim... Foi você que começou tudo isso! - Victória parecia um bicho enjaulado.

- Não me deu outra alternativa.

- E isso deveria significar alguma coisa, não? – Ela se aproximou dele e apertou sua perna onde sangrava, provocando mais dor ainda, e rapidamente ele tirou sua mão de sua perna.

- Você não tem limites? – Reclamou de dor.

- Ai, não seja exagerado! – Ela olhava a cara de dor que ele tinha. – O corte nem foi tão grande assim. – Se aproximou novamente e ele se afastou dela.

- Não, mas foi fundo. – Reclamava. – Acaso você é louca? – A olhou incrédulo, ele já tinha visto a peça, mas não imaginava que ela fosse capaz de usa-la, e usa-la daquele jeito.

- Eu falei para me soltar... – Ela revirou os olhos. – Ai, nos leve na emergência. – Ela ordenou o motorista.

- Não é necessário!

- É claro que é! Ou então tire essa cara de sofrimento.

Depois dos dois discutirem, Damian, resolveu obedecê-la e os levou na emergência.

...

- Quase me mata!

- Como você é exagerado... eu sabia muito bem o que estava fazendo.

- Você quase acerta uma artéria.

- E você querendo dar uma de machão...

- ... – Desistiu de ter uma conversa séria com ela. – Preciso dormir e não ouvir você por um bom tempo.

- Ah, jura? Não esqueça que foi o Sr. que me comprou... ainda temos muito o que conversar Dionísio.

- Certo, Victória. Mas pode ser amanhã?

- Poder, não pode não! – Cruzou os braços e ele revirou os olhos, imaginando que a noite seria longa. – Mas vou quebrar o seu galho e deixar para amanhã. – O viu agradecer e deitar na cama sem tirar nem os sapatos.

- Então posso ir para casa?

- Pode Victória... vá! Me faça esse favor. – Ela sorriu, pegou sua bolsa e seguia para a porta do quarto, quando pensou que talvez ele fosse precisar de ajuda. Mas também não era para tanto, ela voltava a si. Mas vai que ele morre e deixa uma filha praticamente sozinha no mundo, ela voltou a ponderar, e frustrada voltou para o quarto.

Ela tirou suas botas, desabotoou os botões de sua camisa e de sua calça, e o acordou para que pudesse tirar as roupas.

- Se sentindo culpada, meu amor? – Mesmo cansado, ele a provocou.

- Vai sonhando... – Ela respondeu com deboche enquanto ajudava a se livrar das roupas, a deitar na cama, e em segundos o viu apagar. Os medicamentos deveriam estar fazendo efeito.

- Ai, Dionísio o que você fez? – Falou deitada ao lado dele. Pensava que desde que ele entrou em sua vida, não esteve com mais ninguém. Não desejou estar com mais ninguém, e isso era tão errado.

...

- O miserável comprou a minha dívida. – Ela, que tinha deixado Damian de olho em Dionísio que ainda dormia, foi direto para seu prédio e bateu no apartamento de Julieta, e assim que a amiga abriu a porta, ela entrou sem cumprimenta-la e se deparou com Apolinário. – Ah... oi. – Ela o cumprimentou, e olhou para a amiga. – Me desculpe! – Sussurrou enquanto voltava pelo mesmo caminho.

- Volta aqui, sua doida... Apolo já te conhece!

- Sim. – Caminhou até elas. – Bom dia Elena, tudo bem? – Perguntou educado.

VIVO POR ELAOnde histórias criam vida. Descubra agora