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A caminho de casa ele olhou para ela, que cochilou com a cabeça encostada em seu ombro, enquanto Damian dirigia, e observou sua Elena acordar e olhar para si mesma dentro de uma de suas camisas, e imediatamente os olhos foram na direção de Damian. Viu ela se encolher e tentar se cobrir um pouco mais, fazendo com que um pequeno sorriso dançasse em seus lábios ao ver o quanto ela era louca.

Ela lembrava o que tinha feito na noite passada. " Na rua" "Todos os seguranças viram" sua mente gritava e ela ficou ainda mais vermelha. Tinha certeza que nunca mais olharia nos olhos dos seguranças dele.

Quando chegaram, timidamente ela agradeceu a Damian, esse já estava acostumado a suas mudanças de personalidade, e entrou quase que correndo em casa.

Dionísio que era louco por todas suas versões, sorriu e foi atrás dela.

As crianças tinham ido para a escola, e mais uma vez ele pôde ter ela só para ele.

Dessa vez esteve com sua doce Elena. A amou como se venerasse cada parte de seu corpo. Queria ver suas bochechas rosadas, ouvir seus tímidos gemidos e sentir sua pele arrepiar enquanto ela estivesse embaixo dele.

Descansaram até as crianças voltarem da escola, e almoçaram com os dois, que curiosos, queriam saber o que houve com Dionísio, que estava com alguns machucados. Deram uma desculpa qualquer, e logo Elena os convidou para um piquenique. Mais um programa que Dionísio odiava, ainda mais em dia de trabalho, e Olga, nunca tinha feito.

E não que isso o surpreendesse, pois com ela tudo que faziam se tornava especial, mas de longe era o melhor fim de tarde. Mesmo depois da noite agitada que tiveram ontem, estar com ela e as duas crianças, que estavam alimentando os peixes no lago, enquanto os dois estavam sentados no banco de madeira, embaixo de uma arvore de galhos secos, e o sol se despedindo ao seu lado, lhe traziam a sensação de conforto. Assim como ela, conseguia entender e enxergar a beleza do que estavam compartilhando.

Ele tirou seus olhos das crianças e olhou para ela. Estava linda e tinha uma aparência serena.

Beijou seu rosto, e se olharam como quem tinham muito para falar. Palavras ainda presas na garganta.

- Elena, eu... – Ela o silenciou com um beijo e acariciou seu rosto.

- Só, aproveita o momento. – Ela pediu delicada, o beijou novamente e em seguida voltou para o aconchego de seus braços.

...

Depois da briga dos dois, Elena pediu para Dionísio evitar ter esse tipo de comportamento outra vez. Que evitasse chamar a atenção dessa forma, e Dionísio, que já tinha um plano para ele, fingiu aceitar.

Mas para prejudica-la, Ernesto agora processava Dionísio, e pediu uma ordem de restrição. Era tudo o que ele queria. Uma razão para leva-lo ao tribunal e investigar sua vida.

Mesmo com em casa e com os filhos, terem o melhor que já viveram, os dois sabiam que dias turbulentos se aproximavam. Sabiam que essa história já tinha ido longe demais.

- Como está seu namoradinho? – Ele perguntou depois de mais uma audiência. Tentava pegá-lo por algum ato ilícito.

- Vai para o inferno. – Ela rugiu, sem parar para lhe dar atenção, e seguia para seu carro.

- Ah... para ser mais rápido todo esse processo. Eu já informei que fui seu cliente no passado. – Falou como se tivesse nojo dela e ela teve que olhar para ele. – Já mandei meu sangue para o laboratório. – Ele mantinha a expressão debochada. – Perdi a paciência, minha linda. Vou passar por cima de você como um rolo comprensor. – Se aproximou dela.

- Eu vou te matar antes. – Falou olhando em seus olhos, e ele mais uma vez sorriu de sua ameaça. Sabia que ela estava encurralada.

...

VIVO POR ELAOnde histórias criam vida. Descubra agora