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...

Por volta da meia noite, ele foi para o quarto e não a encontrou. A princípio pensou que ela poderia ter saído para suas noitadas, como sempre fazia, mas lembrou que deixou seus seguranças de olho nela. E com esse pensamento, ele procurou por ela na casa, e a encontrou no quarto arrumado para seu filho. Olhou ao redor, e o lugar já era parecido com o moleque. Admirava a mãe que ela era. O cuidado que ela tinha com ele, e agora com Olga, também. Sorriu ao lembrar da briga de Olga, que ela comprou com uma das mães de alguma colega sua filha.

Ela dormia encolhida na cama do garoto e estava com a mesma roupa que veio do trabalho. Tinha a aparência de que dormiu chorando, e olha-la desse jeito mexia com ele de um jeito que ele não conseguia entender.

Desde que o filho saiu de casa que ela não comia, nem dormia direito. Estava visivelmente mais magra.

Ele tirou suas roupas e deitou ao seu lado. Como um imã, era atraído pelo corpo dela.

...

Na manhã seguinte o clima era de velório. Elena tinha acordado nos braços dele, e levantou sem que ele percebesse, e para não ter que olhar a cara dos dois, foi mais cedo para o trabalho.

- Meu advogado vai entrar em contato com você! Vai ter o que tanto quer. – Ele passou pela mesa, onde Leonela tomava café.

- Do que está falando? – Leonela fingia não entender.

Ela que sempre que aprontava, conseguia uma noite com ele, dessa vez foi diferente. Depois do tapa que ele lhe deu, ele não partiu para cima dela e transaram, como sempre faziam. Mesmo que depois ele a deixasse, ainda assim ela percebia que ainda existia sentimentos por ela dentro dele.

- Vou te dar o divórcio. Está livre!

- Dionísio, vamos conversar... você sabe muito bem que ainda te amo. Nos dê mais uma chance. – Ela ia atrás dele, que seguia rumo ao seu carro, sem lhe dar atenção.

...

- Sr. esse tal de Dr. Heriberto, ligou novamente querendo falar com a Srta. Elena. – Valéria avisou assim que viu seu chefe chegar.

- Heriberto?

- Sim. É a quarta vez que ele liga. O Sr. tinha ficado de falar para ela.

- Ah, certo! – Lembrou. – Mas esse ainda. – Murmurou enciumado.

- Se o Sr. quiser posso falar para ela.

- Não é necessário. – Seguiu para sua sala. – Eu mesmo aviso. Me mande seu número de telefone e endereço. – Já pensava que deveria ser mais um de seus pretendentes.

Ele entrou na sua sala e Damian, já esperava por ele. Tinha descoberto mais coisas sobre a amada de seu chefe.


- Isso aqui é sério? – Olhava para o envelope que Damian lhe entregou.

- Sim, Sr.! – Damian, respondeu. – Depois que descobrimos que ela se chamava Victória Sandoval, não foi tão difícil chegar na mãe dela. Principalmente, porque o nome, foi a mãe dela que deu.

- Puta que pariu! Eu te confesso que preferiria não saber. – Tocou na própria testa, preocupado.

...

Os dois trabalharam o dia longe um do outro. Fugiam da realidade, que poderia ser mais cruel. Tinham medo das palavras ainda não ditas.

Ela estava terminando um relatório quando o viu passar por sua porta e correr para ela.

- Mamãe!... – Patrício pulou em seus braços, e ela o abraçou e o beijou.

- Minha vida. – Beijava seu rosto, ainda sem acreditar. Foram os cinco dias mais longos de sua vida. Nunca tinha ficado tanto tempo sem falar com ele, e estava definhando de tristeza. – Como você chegou? – Perguntou ainda agarrada a ele.

VIVO POR ELAOnde histórias criam vida. Descubra agora