╰┈➤ ❝ LOVE IS A DREAM ❞
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·˚ ༘₊· ͟͟͞͞꒰➳ Maddison Smith
Quando menor, a menina teve uma vida tranquila até o apocalipse acontecer. Quando a mesma tinha 12 anos de idade e seu irmão 9 anos, ela perdeu sua mãe e não sabia se o pai estav...
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└➤ Chapter One 。 ─────┐
❝Farm❞
❝Sabemos o que somos, mas não sabemos o que podemos ser.❞ — William Shakespeare
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Correndo contra o tempo, com meu irmão aos braços e o sangue escorrendo pelos meus dedos. Atravesso uma floresta inteira até uma fazenda. Quando passo pela mata sinto galhos dos arbustos rasgarem minha pele e eu tento ignorar a dor, a guardando em uma caixa mental.
Minha mente é inundada de possibilidades e pensamentos desesperados. Esse é o fim do meu irmão? Ele vai morrer desse jeito? Meus braços tremem e doem de carregar Nate, correr com uma criança de dez anos nos braços não é nada fácil. Principalmente quando a pessoa que a carrega tem apenas doze anos.
Quando a floresta acaba me dou com um vasto terreno plano. Ainda correndo, me aproximando mais da contrução o que faz com que algumas pessoas saíssem de dentro da casa e corressem em minha direção.
— O que aconteceu? — Pergunta um homem, ele usava uma camisa bege e ele que parecia ser um policial, devido ao chapéu que ele usava. O homem se aproxima de mim, preocupado se meu irmão havia sido mordido.
Não consigo dizer nada, o medo está me consumindo nesse momento, não sinto nada além da aflição. Meu irmão está desmaiado em meus braços, estou cheia de seu sangue e estou pedindo ajuda para pessoas desconhecidas que podem ser perigosas. Abro a boca e a fecho algumas vezes, mas as palavras não saem.
— Ele... ele precisa de ajuda... — Digo finalmente depois de um difícil esforço para proliferar uma palavra se quer. Lágrimas salgadas escorrem sobre minhas bochechas e eu comprimo meus lábios — Por favor, ajudem o meu irmão
— Certo... certo — Diz o homen. Ele se aproxima e lentamente pega Nate de meus braços o levando para dentro da casa.
Sigo ele e mais algumas pessoas que estavam ao redor. Eles levam Nate para um quarto e o deitam na cama, nesse meio tempo não tiro o meu olhar de Nate nos braços do homen desconhecido. Rapidamente um senhor de cabelos e barba grisalhos entra no cômodo e começa a examinar a ferida. Uma mulher, de cabelos claros, traz um carrinho com equipamentos de limpeza como pinças, remédios, algodões, entre outras coisas. Enquanto o senhor limpa a ferida de meu irmão. Me sento na poltrona, trêmula demais para deixar minha pernas e mãos quietas. Não consegui reparar muito no local fora e dentro da casa, porém parece ser um lugar bonito de se morar.
— Ele levou um tiro? — Pergunta o senhor de idade.
— Sim... — Digo ainda com um pouco de dificuldade — Estávamos na floresta... ele estava observando um cervo quando ele levou o tiro...
— Nossa! Que bom que estão bem — Diz um homem baixo e cheinho entrando no cômodo com um rifle, o homem que atirou em meu irmão.
— Você acha que ele está bem?! — Digo agressiva me levantando da poltrona rapidamente e com minha voz alterada — Ele levou um tiro! Você quem acertou ele!
O homen fica rígido. O senhor de cabelos grisalhos diz para que ele saia do quarto para que eu me acalme e assim ele faz e eu me sento na poltrona de novo. Meu irmão, a única pessoa que resta da minha família está morrendo. Apoio meus cotovelos nas minhas pernas e solto minha cabeça nas mãos. Lágrimas brotam em meus olhos porém elas não ousam cair.
— Eu vou precisar de alguns instrumentos que não tenho aqui, mas há um posto próximo daqui. Otis sabe onde fica, ele e mais alguém poderia ir lá buscar. Esse garoto não terá muito tempo de vida se eu não conseguir remover a bala e os estilhaços — Diz o senhor.
— Eu vou. — Diz um outro homen no cômodo, ele tinha cabelos ondulados e um nariz um pouco grande para o rosto.
Depois de um tempo, não há mais ninguém no quarto. Apenas eu e meu irmão desacordado. Fico sentada na poltrona pensando em todas as hipóteses, tanto boas quanto ruins. O quarto ao meu redor é bem modesto e um pouco rústico. No lugar, há apenas uma cama, com duas mesinhas pequenas aos lados, um guarda roupa e uma mesa com alguns papéis em cima e os móveis são todos feitos de madeira escura, tipo carvalho. A única coisa que faço desde que minha mãe morreu é proteger o meu irmão. Ele é a minha vida. Meu tudo. Sem ele, eu não sou nada. Vejo uma sombra vinda da porta e vejo um menino da minha idade me olhando. Ele não diz nem faz nada até que uma voz feminina o chama pelo nome, Carl. O que faz com que o menino saísse correndo. Me levanto da poltrona lentamente e sigo até um corredor que dá a sala de estar vendo várias pessoas sentadas nos sofás e poltronas do lugar. Todos os olhares preocupados veem até mim, não conheço eles e estou com mais medo deles do que eles deveriam ter medo de mim, afinal eu sou apenas uma garotinha.
— Olá querida... — Diz a mesma voz que chamou o menino — Eu sou a Lori... esse é meu filho Carl. Qual é o seu nome?
Minha garganta se fecha. Há muitas pessoas olhando para mim e eles me estudam de cima abaixo.
— Maddison... — Minha voz sai menos que um sussurro
Olho para baixo e vejo minha mão e minhas roupas ensanguentadas. O sangue seco gruda em minha pele como uma segunda casa.
— Venha querida, pode se lavar aqui —Lori sinaliza em direção a cozinha
Lori se afasta de mim enquanto lavo minhas mãos na pia. Ela se aproxima de uma outra mulher, e ela também tem cabelos grisalhos. As duas conversam com um tom baixo, porém ainda posso escutar.
— Você acha que poderia emprestar algumas roupas de Sophia para ela?
A mulher hesita em dar uma resposta. Não sei quem é Sophia, mas ouso dizer que é a filha dessa mulher.
— Tudo bem... Não vejo problema nisso.
A mulher de cabelos grisalhos se afasta. Esfrego minhas mãos com uma bucha e o sangue seco de meu irmão insiste em ficar preso debaixo de minhas unhas. Com as mãos molhadas, as esfrego em minha blusa na tentativa de tirar o sangue.
— Não precisa se preocupar, querida... Carol foi te trazer roupas novas
— Obrigada... — Minha voz sai quase que num sussurro, de novo
Lori sorri levemente e logo Carol chega com algumas peças de roupas. Ela pegas as roupas e me guia até um quarto, onde poderia me trocar. Ao subir as escadas elas rangem com louvor. Agradeço novamente a Lori e ela fecha a porta, me deixando sozinha no cômodo. Observando bem as roupas, são roupas normais como short jeans e uma blusa rosa claro simples com babados nas mangas. Após me vestir, observando as peças no meu corpo. As roupas ficaram um pouco compridas, mas são melhores do que as minhas ensanguentadas. Saio do quarto e desço as escadas que rangem.
Já era noite, Otis e Shane não haviam chegado ainda. Já sei o nome de todos, menos de um, um homen com besta e que quase nunca aparece por aqui. Me pergunto por que ele não fica aqui junto aos outros. Sento em uma cadeira do lado de fora da casa, escuto a porta ranger e vejo Carl. Ele caminha lentamente e se senta ao meu lado.
— Oi — Um sorriso leve surge em meus lábios. É o máximo que posso oferecer.
— Oi
Eu não sei o que dizer e pelo visto ele também não, nós apenas ficamos olhando um para a cara do outro. Olho para frente e vejo um grande terreno vazio antes de começar uma floresta lá longe. Apoio minha cabeça nas mãos e penso na possibilidade de meu irmão morrer. E aí? O que eu vou fazer? Eu nunca pensei nisso antes, no depois. Nunca pensei que iria perder ele tão cedo. Faz alguns meses que toda essa coisa de mortos-vivos começou e faz algumas semanas que minha mãe morreu. Eu ainda sinto pela morte dela, mas eu sabia que essa hora ia chegar. Eu já estava me preparando para isso desde muito antes do apocalipse. Carl se levanta e entra na casa novamente. Ele é estranho.