🧺┆Imagines Diversos

୨୧ Distraction - Stiles Stilinski

Resumo: Stiles e você têm um acordo. Um acordo que mantém os dois muito bem distraídos.

Avisos: trabalho com mais de 18 anos, asfixia, sexo, linguagem, descrições alusivas ao subespaço, angústia, penugem se você apertar os olhos.

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Gostei da sensação de sua respiração no meu pescoço, quente, mas ainda capaz de causar arrepios na superfície. Foi da mesma forma que seu toque acendeu o fogo, mas deixou frieza em seu rastro. Ele me deixou tonta com sua atenção aos detalhes, a maneira como ele deixava minha cabeça girando e a visão embaçada, tudo porque ele sabia exatamente quais botões apertar e quando pressioná-los. Ele era áspero, mas cuidadoso, como se cada movimento fosse calculado em um esforço para não me causar dor desnecessária, e ele nunca deixou nenhum hematoma não intencional. Vez após vez, ele me fez sentir intoxicado pelo gosto de sua língua - às vezes sua pasta de dente de hortelã e às vezes, eu. Ele era como um deus, quando me tinha assim, e eu sabia que ele gostava da viagem de poder, sabia que ele gostava de se sentir superior nesta parte de sua vida que ele podia controlar; mim.
Eu nunca questionei suas habilidades, nunca duvidei da facilidade com que ele poderia me transformar em massa de vidraceiro em suas mãos. Eu gostava de ser cuidada, gostava da sensação de tudo em nossas vidas caóticas se esvaindo no momento, sendo substituído por absolutamente nada além da sensação de estar com ele.
Stiles Stilinski sabia exatamente como me jogar,
até que eu estava cantando como um canário, seu nome caindo
fora da minha língua como uma oração, como evangelho, como eu
deveria ficar de joelhos e rezar
para ele - e se isso me faria sentir assim
para sempre, eu faria.
Mas eu não era idiota, eu conhecia as regras, conhecia o
acordo. Eu sabia que as coisas que fazíamos, a maneira como
fizeram sentir um ao outro, eu sabia que era para servir
um propósito - além do prazer puro e imundo
- uma distração. Em Beacon Hills, era raro
ter uma mente ocupada por qualquer coisa que não seja
que criatura sobrenatural estava à espreita no
sombras, tentando abrir caminho para a luz.
Nosso acordo serviu como uma distração para o
pesadelos, o estresse e a ansiedade do
vidas que levamos. Foi uma saída. Um glorioso, dedo do pé
enrolando, imundo, fora.

"Eu não consigo ver nada." Stiles reclamou, a voz elevada para que ele pudesse ser ouvido sobre a chuva batendo contra seu pára-brisa e o chiar de seus limpadores, lutando contra o clima horrível persistente, apesar de ter pouco efeito.
Eu assisti do banco do passageiro enquanto ele apertava os olhos, inclinando-se para mais perto da janela como se isso fosse ajudar. O carro balançava com o vento forte, os faróis fazendo pouco para iluminar a estrada de reserva na calada da noite. O cobertor em volta de mim estava úmido, meu corpo tremendo incontrolavelmente apesar do calor no carro estar a todo vapor. Eu não conseguia encontrar energia para falar, para concordar que o tempo estava possivelmente muito perigoso para estar dirigindo, que talvez devêssemos ter ficado na casa de Scott até que estivesse claro. Mas eu também sabia que ficar ali, com todos os outros, significava ter que remexer nas memórias e emoções das vinte e quatro horas anteriores.
Stiles notou minha falta de resposta um momento depois, olhando para me encontrar já olhando para ele. Seus olhos não ficaram muito tempo com os meus, voltando para a estrada um momento depois em nome da segurança. Eu silenciosamente agradeci a ele por isso.
A tempestade estava se formando há dias, céus escuros e nuvens pesadas estavam sobre Beacon Hills, uma forma de alerta para o que estava por vir. A maior parte do condado se lembraria da tempestade como aquela que destruiu suas flores ou derrubou seus móveis de jardim. Eu me lembraria para sempre como a tempestade que significou o fim da última batalha contra criaturas sobrenaturais estrangeiras. Eu estava cansado. Cansado de lutar, cansado de olhar constantemente por cima do ombro, de precisar de distrações, dos pesadelos e da insônia e delírios e do drama de tudo isso.
Eu queria me sentir normal, de novo.
Eu queria tomar banho e trocar minhas roupas sujas e ensanguentadas e subir em lençóis limpos e meu colchão confortável.
A luz da varanda de Stiles estava apagada, o que significava que o xerife estava na delegacia, provavelmente lidando com os telefonemas relacionados à tempestade. Eu mal questionei por que ele não me levou para casa, como eu perguntei. Talvez fosse porque sua casa era mais próxima, menos perigosa para dirigir, ou porque ele sabia que eu não deveria ter ficado sozinha. Entramos na casa em silêncio, em seu quarto em silêncio, antes que eu finalmente falasse.
Ele colocou roupas para nós no radiador, aquecendo-as para a nossa saída do chuveiro, e estava brincando com as configurações de aquecimento.
"Você acha que as coisas vão voltar ao normal agora?" Eu perguntei, bastante ingenuamente.
Nós dois sabíamos a resposta.
Assim como ele sabia o que eu queria ouvir.
Stiles se levantou, uma suavidade em seus olhos que eu só via quando estávamos vestidos, e colocou as mãos em cada lado da minha cabeça, emaranhando-as no meu cabelo úmido e emaranhado, "Por um tempo, talvez."
Eu balancei a cabeça.
Ele foi gentil comigo enquanto tomávamos banho, deixando o sabonete derreter com a adrenalina das horas anteriores. A realidade começou a voltar, minha mente já lutando e chutando os pensamentos ruins, desesperada por distração.
Quando terminamos, lavados dos esforços do dia e de volta ao seu quarto, comecei a sentir a familiar pontada de adrenalina. Era a sensação familiar de suas mãos, suaves na minha pele enquanto deixavam arrepios em seu rastro, o calor girando dentro de mim para assumir o controle do frio, do vazio. Seus olhos eram escuros, vazios, do jeito que costumavam ser quando transamos. Era um lembrete seguro de que não deveria haver emoções, nem sentimentos envolvidos nesse ato. Nós éramos diferentes quando éramos assim. Não éramos melhores amigos com o mesmo humor sarcástico, éramos duas pessoas, agradando e distraindo um ao outro da única maneira que sabíamos. Poderíamos muito bem ser estranhos.