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capítulo quatro
confortável em seu lado.

A arquibancada era dividida em tons de vermelho e amarelo, contraindo-se com o céu nublado da Grã-Bretanha daquele dia, embora não possuísse nenhum requisito de haver alguma chuva. O primeiro jogo da temporada seria Grifinória e Lufa-Lufa, ambas casas já agindo de modo extremamente focado e competitivo.

Ainda no Salão Principal, enquanto comiam o café da manhã, os jogadores enviavam olhares furtivos entre si, totalmente cientes de que várias apostas estavam correndo rapidamente entre os restantes dos alunos.

O jogo acontecia de maneira acirrada, até que Ron, o goleiro, começar a ficar extremamente nervoso e inseguro consigo mesmo, fazendo-o vacilar em impedir os artilheiros da Lufa-Lufa em demarcar inúmeros gols. Adiante a isso, a Grifinória passou a decair em todos os aspectos, pois eram um time assim como um quebra-cabeça; se uma peça não se encaixa, tudo estará errado.

Quando o Pomo de Ouro foi solto em campo, Harry rapidamente o avistou, agarrando-o em sua primeira oportunidade. Porém, apesar disso, Lufa-Lufa leva a vitória pela abundante quantidade de pontos feitos anteriormente nos aros.

Daisy troca um olhar conhecedor com Hermione ao seu lado da arquibancada barulhenta, enquanto os jogadores desciam de suas vassouras no campo. Os lufanos em gritos alegres e abraços calorosos, fazendo-os o time perdedor ficarem ainda mais aborrecidos e entrarem rapidamente nos vestiários.

Rapidamente, as duas garotas saem disparadas entre a multidão de gente em direção aos vestiários. Ginny penteava seus cabelos com seus próprios dedos com um semblante distante e Harry estava sentado em um dos bancos, com a cabeça apoiada em suas próprias mãos e os ombros tensionados sobre o uniforme suado, fazendo Daisy desviar nervosamente o olhar. O restante do time estavam focados em entrar logo ao banho.

— Onde está o Ron? — questiona Hermione ofegante, percorrendo os olhos pelo vestiário praticamente vazio.

— Eu achei que ele já tinha superado essa insegurança de jogar no sexto ano... — murmura Daisy, mordendo nervosamente o interior de suas bochechas - Por que ele voltou com isso?

— É o que eu também gostaria de saber, — disse Harry frustrado, levantando-se impaciente. Pela primeira vez, ele não parecia estar extremamente embriagado com a presença dela, deixando claro sua preocupação com o amigo - mas antes que pudesse sequer chegar nele, eu o perco de vista.

— Possivelmente foi esfriar a cabeça - propôs Ginny, limpando o suor de suas mãos nas próprias calças — Acho melhor dar um tempo para ele, sabe.

— É, você tem razão — concordou Hermione com veemência.

— Sim, mas não podemos simplesmente esquecer isso como se nada tivesse ocorrido - impôs Daisy, firmemente — Temos que conversar com ele e descobrir o porquê dessa atitude não-confiante consigo mesmo. Deve ter algo de errado...

— Eu posso fazer isso — exclamou Harry. Elas o olham inexpressivamente, fazendo-o franzir o cenho confuso — O que foi? Ele é meu melhor amigo! Confia em mim.

— Disso a gente sabe. — ri anasalado Ginny, enviando em olhar zombeteiro às garotas.

— Sabe, Harry, você meio que... — começa Hermione com a voz arrastada, tentando formular uma frase. Parando abruptamente, ela fixa seu olhar em Daisy.

Daisy suspira pesadamente.

— O que elas estão tentando dizer, é que você é lerdo para entender determinadas situações, principalmente quando se trata dos sentimentos dos outros — dissertou Daisy calmamente.

— Isso não quer dizer que você não seja uma boa pessoa! — apressou-se em falar Hermione, estendendo os braços enérgica — Só queremos que você tenha cuidado com o que vai dizer, ok?

Harry pondera por alguns segundos, seus olhos verdes se deslocando entre as garotas até fixar-se em Daisy, que ergueu interrogativamente suas sobrancelhas, temendo sua resposta.

— Já que eu estou em altos níveis de risco nessa situação tão fragilizada... — começou Harry. Apesar de sua voz escorrer normalmente de sua língua, era visível que ele usava o sarcasmo, pela maneira que suas expressões tornavam-se cada vez mais travessas - acho uma boa ideia Daisy-Flower me acompanhar. Por saber se portar tão bem diante desses assuntos de maneira tão doce.

Daisy revira os olhos com a tentava de Harry em se aproximar dela. Claro, ela obviamente não se importaria de embarcar na missão de conversar com Ron acompanhada dele, pois os problemas de seu primo definitivamente estão acima de uma implicância criada por ela.

— Ok, Potter! Quando começamos?

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Sentados ao lado do quadro da Mulher Gorda, que tirava uma profunda soneca, Daisy e Harry esperavam Ron. O corredor estaria totalmente escuro se não fosse pelo brilho das tochas e a luz do luar refletindo nas longas janelas.

Harry alegou não obtiver nenhum problema em estaram fora da Sala Comunal em horário do toque de recolher, pois ele era Monitor Chefe e recebia suas determinadas vantagens.

— Você realmente achou que eu negaria ajudar o Ron só por ter você junto comigo? — questionou inesperadamente Daisy em um susurro inseguro, quebrando o silêncio desconfortável do ambiente.

— Não, não achei — responde Harry, genuínamante e suspira. — Eu só... queria ver se reagiria de maneira mais agradável e... - Ele ri levemente, e Daisy consegue ver minimamente pelas sombras uma sorriso afetuoso em suas feições - para me ajudar com o Ron. Você sabe ser muito gentil com as pessoas, principalmente as que ama.

— Você também, Potter — confessa a garota dando os ombros, indiferente. De algum modo, ela sente os olhos dele em si, como se esperasse uma resposta plausivel — Do seu jeitinho, mas sabe. Ah, desculpe se fui muito rude com você mais cedo... novamente.

— Já tive momentos muito piores, Daisy-Flower — ele zomba levemente.

— Eu digo o mesmo referente a você.

Harry solta uma risada, fazendo-a sufocar a sua, restritando-se em balançar a cabeça, suas bochechas corando com seu impulso de quase rir de algo dito por ele.

Ambos caem em um silêncio, desfrutando o momento. Surpreendentemente, Daisy sentia-se como se estivesse ao lado de qualquer outra pessoa, como Neville ou Hermione, não Harry Potter; o garoto em que lhe causava picos de estresse com seus flertes contantes e provocações fogosas. Embora esse pensamento fosse estranho para si, ela não se importaria se passar muito mais tempo em seu lado, com pequenos comentários e ocasionais piadas sarcásticas.

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𝗳𝗹𝗼𝘄𝗲𝗿 𝗴𝗮𝗿𝗱𝗲𝗻, 𝗁𝖺𝗋𝗋𝗒 𝗉𝗈𝗍𝗍𝖾𝗋.Onde histórias criam vida. Descubra agora