𝗳𝗹𝗼𝘄𝗲𝗿 𝗴𝗮𝗿𝗱𝗲𝗻, 𝗁𝖺𝗋𝗋𝗒 𝗉𝗈𝗍𝗍𝖾𝗋.

𝗉𝗋𝗈𝗅𝗈𝗀𝗎𝖾.

— prólogo
plataforma 9¾.

Na estação King's Cross os trouxas se locomoviam submersos de mais um dia monótono naquele 1 de setembro. Entretanto, no mundo secreto onde a mágia percorre cada centímetro quadrado da aérea, era nada além da data mais ansiada para qualquer bruxo que ainda regredia a Escola de Mágia e Bruxaria de Hogwarts.

Sete cabeças de flamejantes cabelos ruivos caminhavam com suas bagagens em direção à plataforma 9¾. Mesmo Daisy Prewett que já assistiu seus primos e ela mesma atravessar-la diversas vezes, sentia sua ansiedade inundar-se ferozmente em cada célula de si, fazendo-a segurar com mais força seu surrado exemplar Bebidas e Poções Mágicas contra o peito.

A menina estava acompanhada da família Weasley, seus guardiões legais. Junto com a deslumbrante vitória do mundo bruxo em eliminar totalmente Lord Voldemort da sociedade, veio fardada consigo muitas mortes, inclusive de seus pais.

— Agora, qual é o número da plataforma? — perguntou Molly Weasley, tia de Daisy e mãe de seus primos.

— 9¾, tia. — informou Daisy, atenciosamente.

— Mamãe, não posso ir... — choramingou Ginny, segurando firmemente a mão da mulher.

Ginny, que era a caçula de família, lamentou ainda mais esse ano em específico, já que Rony e Daisy também iriam para Hogwarts.

— Você ainda não tem idade, Ginny, agora fique quieta. Está bem, Percy, você vai primeiro.

Percy, o mais velhos dos irmãos Weasley ali presentes, marchou pomposamente em direção à plataforma 9¾. Daisy observou-o. Assim que o menino chegou à linha divisória entre as duas plataformas, sumiu em um piscar de olhos.

— Fred, você agora. — mandou srta. Weasley.

— Eu não sou Fred, sou George — retrucou o menino. — Francamente, mulher, você diz que é nossa mãe? Não consegue ver que sou o George?

— Aquele é o George...? — murmurrou Rony para si mesmo, confuso.

Daisy e Ginny trocaram um breve olhar com sorrisos cumplices. Sabiam que aquele, certamente, era mesmo o Fred.

— Desculpe, George, querido.

— É brincadeira, eu sou o Fred — disse o menino com um sorriso ladino, e foi. O irmão gêmeo, George, gritou para ele se apressar, encaminhando rapidamente para a barreira, passando pela parede.

— Ok — ela se virou as três crianças ali — Rony, faça-me um favor, atravesse a plataforma com Daisy e em seguida vou com sua irmã.

— Vem, Isy. — o menino, atendendo o pedido da mãe, segurando a mão da prima. Respirando fundo, os dois correm em direção à parede e ao abrir os olhos, Daisy sorri alegremente.

Uma locomotiva vermelha a vapor estava parada à plataforma apinhada de gente. Um letreiro no alto informava Expresso de Hogwarts, 11 horas. Daisy olhou para trás e viu um arco de ferro forjado no lugar onde estivera o coletor de bilhetes, com os dizeres Plataforma 9¾.

A fumaça da locomotiva se dispersava sobre as cabeças das pessoas que conversavam, enquanto gatos de todas as cores trançavam por entre as pernas delas. Corujas piavam umas para as outras, descontentes, sobrepondo-se à balbúrdia e ao barulho das malas pesadas que
eram arrastadas.

Assim que avistaram as crianças, a sra. Weasley puxa um lenço de suas vestes, estendo-o em direção a Rony. O menino mais novo tentou fugir, mas ela o agarrou e começou a limpar a ponta do nariz dele.

— Mamãe, sai para lá. — desvencilhou-se da mulher, sob as risadas abafadas de Daisy.

— Aaaah, o Roniquinho está com uma coisa no nariz? — caçoou George, projetando um biquinho em seus lábios.