Desperto com o som do telefone tocando ao lado no criado mudo, Sofya estica-se sobre o meu peito nu, comigo ainda grogue de sono mas não por muito tempo, devido ao seu peso sobre mim.
Assusta-se ao ver algo na tela saltando da cama, totalmente pelada e admito ser uma visão do paraíso. Limpo os olhos rindo de seu desespero.
Sofya Plotnikova: - Eu tenho que ir.
Noah Urrea: - Pra onde?
Sofya Plotnikova: - Minha casa, caso não tenha notado não dormi nela ontem.
Noah Urrea: - Não que seja surpresa, mas você que pediu pra vir pra cá.
Sofya Plotnikova: - Sim, mas dormir com você não fazia parte do plano.
Sento na cama enquanto se veste das peças íntimas, seguindo do resto das roupas.
Noah Urrea: - Isso é sério? Estamos juntos a 2 meses e algumas semanas, acho que não tem problema você dormir aqui.
Rodando igual uma barata tonta, desiste de procurar o que acredito ser sua camisa, mergulhando em minha gaveta.
Noah Urrea: - Hey, Hey, Hey, Hey, não, essas camisetas não, são as que eu vou levar pra New York.
Sorri com um ar sapeca em seu semblante.
Sofya Plotnikova: - Você já perdeu ela.
Noah Urrea: - Negativo, você vai devolver.
Nega com a cabeça.
Noah Urrea: - Sem brincadeira, essa eu vou usar no meu primeiro encontro com reitor.
Sofya Plotnikova. - Gosta de coroas agora Jacob!
Reviro os olhos rindo fraco de sua gracinha, a chamando com o indicador e que vem, mas só após se vestir com a camisa social.
Noah Urrea: - Engraçadinha, mas eu to falando sério, preciso dessa camisa antes de eu ir embora.
Agora é ela quem gira as pupilas.
Sofya Plotnikova: - Tá, eu trago depois, agora eu tenho que ir, como estou? Pareço menos culpada?
Analiso seu estado, e não, nem um pouco me parece santa.
Noah Urrea: - Nhe..
Ao zoar minha menina levo um empurrão, que me deita contra o travesseiro trazendo a mesma comigo.
Sofya Plotnikova: - Para, eu preciso....
Roubo um beijo da mesma.
Noah Urrea: - Fica, toma café comigo, como nos velhos tempos. Além disso você sabe que o Josh não liga.
Sofya Plotnikova: - Ele não liga, mas o meu pai POLICIAL, sim!
Deixa bem forte a ênfase na palavra policial.
Noah Urrea: - Urgh...Paul, você de novo.
Sorri antes de sair do meu colo.
Noah Urrea: - Se encontrar minha mãe lá embaixo fala pra ela que já pode pegar as caixas pra doação.
Sofya Plotnikova: - Tá.
Puxo seu corpinho de volta mais uma vez provando de seus lábios.
Noah Urrea: - Precisa de grana pro táxi?
Sofya Plotnikova: - Sim.
Noah Urrea: - Debaixo do computador.
Aviso deixando-a ir, a Plotnikova vai até minha mesa pegando o que há embaixo.
Sofya Plotnikova: - Só 20!? Eu acabei de dormir com você, acho que mereço bem mais.
Reclama mostrando a nota. Suspiro enquanto levanto enrolado na coberta, tirando da carteira sobre a cômoda uma nota de 50.
Noah Urrea: - Toma.
Entrego ganhando um beijo breve colado a um abraço pela boa vontade.
Sofya Plotnikova: - Obrigada.
Noah Urrea: - Eu sou um idiota mesmo, você vem aqui, transa comigo, me usa e ainda leva meu dinheiro.
Gargalha tapeando minha bunda almofadada pelo edredão.
Sofya Plotnikova: - Eu sei, por isso venho! Obrigada.
Noah Urrea: - Sinica!
Falo risonho antes de aplicar um selinho em sua boca, liberando-a de mim. Mais tarde após um banho, desço para o café onde levo olhadas nada discretas de mamãe e Linsey, papai segue no sofá vendo televisão, não ligando para nada do que acontece ali.
Linsey Urrea: - Então maninho.
Noah Urrea: - Não vou responder nada.
Linsey Urrea: - Por favor, agora que vocês voltaram eu posso querer ela como madrinha do bebê.
Noah Urrea: - Eu não vou pedir isso pra ela, você que tem que pedir.
Linsey Urrea: - Você é mais próximo. Literalmente.
Zomba.
Noah Urrea: - Mãe!
Wendy Urrea: - Linsey!
Linsey Urrea: - O quê?! Ele podia dar um empurrãozinho.
Wendy Urrea: - Chega desse assunto os dois. Marco, pode colocar as caixas do Jacob no sótão?
Marco Urrea: - Pode ser depois, to meio ocupado me exercitando.
Viro-me para ele.
Noah Urrea: - Exercitando onde?
Marco Urrea: - Meu dedo.
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Noah Urrea: - Por isso você é desse tamanho.
Brinco. Rapidamente para minha surpresa ele levanta vindo até onde estou, fazendo-me correr do próprio escada a cima. Já lá na alto o ajudo a enfiar todas as minhas coisas no andar de superior.
Marco Urrea: - Quando pretende contar a ela?
Lhe encaro perdido.
Noah Urrea: - Contar o quê? E pra quem?
Marco Urrea: - Sofya, quando vai contar a ela que você passou.
Meu corpo gela. De uns dias pra cá eu e Sonya temos conversado muito sobre o que fazer como plano B. E tudo tem ido bem de acordo com o plano, já que tínhamos decidido que íamos pra New York, "juntos", eu ia esperar lá e quando ela se forma-se iria morar comigo.
Mas recebi a carta de aceitação a dois dias atrás, Columbia, não sei como contar a ela sobre pois os planos mudariam por completo.
Noah Urrea: - Como você sabe?
Marco Urrea: - Fui guardar sua roupa na cômoda por que sua mãe mandou, tava embaixo das meias.
Noah Urrea: - Ah...
Marco Urrea: - Filho, tem que dizer a ela.
Noah Urrea: - Eu sei, mas é que é difícil. Ela mudou a inscrição dela pra Juliard só por minha causa, não quero ela tenha que correr atrás de tudo outra vez.
Marco Urrea: - Por outro lado se não contar, ela só vai ter essa opção e mais nada. Diga pra ela enquanto ainda dá tempo de fazer alguma escolha.
Frisa sua ordem entregando-me a última caixa. Confirmo com o queixo meio fechado.
Noah Urrea: - Sim senhor pai.
Fecho o sótão assistindo Marco descer as escadas dando uma última olhada para mim.
Marco Urrea: - Faça a escolha certa, e deixa ela fazer a dela.
Some do meu campo de vista, volto ao quarto abrindo a gaveta em que está o envelope da Columbia, suspirando ao pensar no que fazer.