Capítulo 5 - Estufa.

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  Disparada pelos corredores, acerto o jardim do colégio, colocando tudo para fora em uma roseira linda, que sinto pena em machucar, limpo a boca com a mão procurando em algum lugar ali uma torneira, e que por sorte encontro no chão ligada a uma mangueira.

  Abro a mesma lavando o vômito, em seguida aparo um tanto de água colocando na boca para enxaguar, lavando o gosto ruim na boca. Ao terminar noto uma estufa de vidro mais para frente, acredito ser uma horta mas logo vejo que estou enganada, pois a sede de descoberta, leva-me até lá mostrando serem lindos girassóis.

  Há alguns legumes, mas em sua maioria são girassóis, tateio o talo e as pétalas das flores vislumbrada, minha escola não tem flores assim, nem mesmo uma estufa, o que me deixa mais encantada com tudo isso.

Noah Urrea: - Achei você.

  A voz do saguão me induz a virar por espanto.

Sofya Plotnikova: - Vocês tem um lugar lindo aqui.

  Ele observa pelos lados caminhando até onde estou.

Noah Urrea: - Não tinha reparado nisso até você falar.

  Do alto seus olhos caem sobre os meus.

Noah Urrea: - Tudo bem? Você correu, imaginei que precisasse de ajuda.

  Assinto deslizando o indicador pelas flores.

Sofya Plotnikova: - Sim! Eu só comi demais, aí quando você me girou deu um pouco de...

Noah Urrea: - Ânsia, desculpa, não sabia!

Sofya Plotnikova: - Não tinha como você saber.

  Tranquilizo o mesmo recostando na mesa onde estão os vasos de flores.

Noah Urrea: - Quer voltar?

  Questiona, quase imediatamente respondo que não com a cabeça.

Noah Urrea: - Okay. E agora?

  Fito-o puxando a saia do vestido para que chegue mais perto.

Sofya Plotnikova: - Eu tenho algumas sugestões.

  Sorrio sapeca mordendo o lábio, maroto compra a ideia selando nossos lábios em beijo calmo e controlado, que permanece assim por pouco tempo, suas luvas de cetim envolvem minha têmpora guiando-nos para trás ficando colados, corpo a corpo, chega a ser desigual pois sou mais baixa que ele.

  Empurro alguns vasos para o lado derrubando três deles no chão, as mãos escorregadias do mascarado tentam me sentar sobre a mesa, mas se torna impossível com o tecido das luvas.

  Um pouco bravo as arranca das mãos, agarrando minha cintura com firmeza, sentando minha bunda sobre as tábuas moles, que ao sentirem meu peso balançam derrubando mais alguns vasos.

  Olhamos para os cacos de cerâmica e terra no chão, rindo parando nossa troca de saliva fazendo "shhhh" para nos mesmos, quando ergue seu antebraço para o gesto, vejo uma tatuagem, um garotinho colhendo uma maçã.

Sofya Plotnikova: - O que significa?

  Pergunto afim de tomar ciência do desenho.

Noah Urrea: - Nunca leu a árvore generosa?

  Nego com a cabeça.

Noah Urrea: - Bom, basicamente...

  Me aplica um selinho no canto da boca.

Uma Cinderela do AvessoOnde histórias criam vida. Descubra agora