Capítulo 16 - Encontros e Desencontros.

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  Estaciono o carro no shopping que combinamos para ver o filme, pelo retrovisor do carro posso ver meu cabelo um tanto fora do lugar, apresso-me para arruma-lo.

  💭Não lembro quando foi a última vez que fiquei nervoso assim. E se ela me ver e não gostar de mim?💭

  Espero que a boina não a assuste. Abro a nossa conversa cujo disse...

NOAH
Vou usar uma boina preta do meu avô.

A
Boa ideia.
Eu vou usar uma bandana vermelha.

  Desço fazendo meu percurso até o ambiente refrigerado, escolho sentar em frente ao cinema na praça de alimentação com a tal boina.

  Enquanto espero peço um refrigerante, com um lanche, quando chamam meu nome vou até o balcão para receber o pedido, na volta a mesa acabo vendo um rosto conhecido.

  💭Droga!💭

  Arranco o chapéu da cabeça enfiando no bolso da calça.

  💭Por que eu to tão nervoso? É só a Sofya!💭

CONSCIÊNCIA🗣: - Você viu a cara que ela fez quando você disse que tá saindo com alguém, ainda gosta de você. Mas tá tentando ser forte imbecil!

  💭Não precisa xingar também!💭

  Sacudo a cabeça me recompondo, ela está mexendo na bolsa quando sento em uma mesa qualquer, um pouco afastado. Quando assim o faço ela se assusta desistindo do que procurava.

  Ao invés disso acena com a mão apanhando o cardápio da mesa, pedindo algo para si. Minutos se passam e nada de A aparecer, preocupado lhe mando uma mensagem.

NOAH
Oi
Tá vindo?

  Deito o dispositivo sobre a mesa virando um pouco da bebida. Franzo a testa confuso. Olho em volta e nada de encontrar a garota de bandana.

  Agora envio outra procurando a mesma pelo espaço todo a levantar. Minutos, horas se passam sem nenhuma resposta dela, torno a mesa pensando que estou levando um bolo.

  Suspiro alto reparando já sem paciência que Sofya ainda está ali, parece um tanto quanto eu insatisfeita com algo.

  💭Está linda, como sempre. Deve ser pro cara que está saindo.💭

  Enraivecida procura alguém com os olhos, dando a volta no salão, parando suas pupilas verdes mel em mim. O primeiro contato visual decente que temos desde que chegou.

Já se passou uma hora desde que sentei aqui, coço a cabeça descrente que levei um bolo da tal garota. Exasperado levanto da mesa arrumando a jaqueta, caminhando até a fila do cinema.

Já que estou aqui, não vou perder a oportunidade de ver um filme. Porém quando passo perto de Plotnikova, noto sua feição de chateio.

Mordo o lábio inferior pensativo, até que decido dar meia volta e chamá-la para ir comigo.

Noah Urrea: - Oi!

Sua cabeça mira para cima enquanto seus olhos me fitam.

Sofya Plotnikova: - Oi.

Noah Urrea: - Tá fazendo o quê?

Sento em sua mesa.

Sofya Plotnikova: - Nada demais, só levando um bolo.

Uma Cinderela do AvessoOnde histórias criam vida. Descubra agora