Capítulo 9 - Manhã de notícias.

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  Durante a aula de biologia recebo uma mensagem, pelo som específico é de Joalin, agora que tá indo pra faculdade, esquece que eu não, e fica mandando mensagem sempre que pode.

JOALIN
Olha isso é me diz o que acha.

  Em seguida recebo um anexo.

  Levo a mão a boca querendo rir porém espantada, não sei ao certo como deveria me sentir

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Levo a mão a boca querendo rir porém espantada, não sei ao certo como deveria me sentir. É engraçado ver ela levando a sério esse lance da busca pela minha "Cinderela".

Yonta Taiwo: - Algo para compartilhar conosco senhorita Plotnikova?

Diz a professora ao se aproximar da minha mesa, rapidamente recolho o aparelho bloqueando a tela.

Sofya Plotnikova: - Não, não era nada importante, mas caso eu venha receber algo interessante claro, vou compartilhar sim.

Recebo uma de suas olhadas certeiras como prensa, o que me faz engolir a graça mesmo querendo rir alto. No fim do dia paro diante ao meu armário finalmente podendo responder, ou ao menos tentar a aquela mensagem estranha.

SOFYA
Eu não acredito que você fez mesmo isso.
Não acha que tá levando isso a serio demais?!

JOALIN
Mas eu to.
Considere um gesto de boa vontade.
Eu vou embora mas antes de ir...
Vou desencalhar você.

Gargalho alto.

SOFYA
Primeiro.
O que te faz pensar que eu sou encalhada?
Segundo.
Quem te garante que o cara não iria querer só ficar uma vez e vazar?

Fecho o armário fazendo meu percurso para fora da escola, até a parada de ônibus, afim pegar o meu a alguns metros, até que um garoto que passa por trás de mim esbarra no meu ombro, derrubando tudo no chão, incluindo eu que caio lindamente de quatro.

O Infeliz nem sequer voltou para ajudar, recolho tudo da calçada sentindo falta do meu celular, procuro dentro a bolsa e fora dela, no arbusto ali perto e nada, mas o encontro debaixo do pneu da bendita, caixa amarela de rodas que o sujeito entrou correndo.

Sofya Plotnikova: - NÃO!!

Grito ajoelhada ao piso grosso, que serve de absolutamente nada, pois o motorista não me ouve de onde estou e passa por cima do meu aparelho. Petrificada e lenta vou até a carcaça no asfalto, vendo o coitado todo aberto.

Franzo o cenho bicuda, antes de subir e pegar meu transporte para casa, quando chego nela já desando a falar que estou sem celular e que preciso de outro, hoje em dia não é mais luxo e sim uma necessidade, em caso de emergência você liga, comunica as pessoas e isso devia ser um direito público.

💭Aquele arrombado me paga por ter derrubado o meu bebê no chão💭

Na cama de Joalin dedilho seu dispositivo, vendo sua criatividade na hora de fazer este pôster.

Joalin Loukamaa: - Eai?

Sofya Plotnikova: - É um bom pôster.

Joalin Loukamaa: - Só bom? Passei a noite em claro pra conseguir essa sombra e vocês diz que tá bom!

Sofya Plotnikova: - O que quer que eu diga?

Joalin Loukamaa: - Não sei, me gaba, diz que tá espetacular, bem feito e blá-blá-blá!

Rimos, lhe devolvo o seu.

Joalin Loukamaa: - Sinto muito pelo celular.

Sofya Plotnikova: - Tudo bem, era só um telefone. Eu compro outro quando der.

Joalin Loukamaa: - Nossa. Que mulher culta e desapegada da tecnologia!

Zomba.

Joalin Loukamaa: - Então no lugar de contato, agora que seu chip foi com Deus, vou por o meu número. Assim eu descubro antes de você e te aviso, ao menos até você comprar um novo.

Sofya Plotnikova: - Concordo, se é que esse cara vai aparecer.

Joalin Loukamaa: - Tá tão descrente assim nas minha habilidades?

Sofya Plotnikova: - Não em você, no cara. Pensa comigo, um cara, que muito provavelmente vai pra faculdade daqui uns meses, não vai aparecer se chamarem ele de princesinha, além disso ele sabe que eu não era de lá, muito menos formanda, não vai querer se envolver, sinceramente nem me envolveria.

Joalin Loukamaa: - Então é isso, vai desistir sem nem tentar?

Sofya Plotnikova: - Ele vai embora, não adianta tentar algo pelo verão, pra no fim dele eu acabar sozinha de novo!

  Me jogo em sua cama a encarar o teto.

Joalin Loukamaa: - Sofya, esse cara não é como o Mason.

Sofya Plotnikova: - Você não sabe!

  Suspiro fitando-a debaixo.

Joalin Loukamaa: - Tem razão, eu não sei, mas quais são as chances, de você encontrar alguém como ele de novo? Agora que já aprendeu a lição, sabe como lidar com coisas assim.

  Desdenho.

Sofya Plotnikova: - Olha, não me leva a mal, mas eu preferia ter ficado sem aprender essa lição.

Joalin Loukamaa: - Eu sei, desculpa! Não queria que lembrasse dele.

Deita sobre mim na cama abraçando-me.

Sofya Plotnikova: - Tudo bem! Agora mudando de assunto, o que acha de tomarmos um sorvete?

Joalin Loukamaa: - Eu topo.

Levanta, me dando a mão para ajudar a reerguer-me.

Joalin Loukamaa: - Mas eu vou continuar com a busca.

Sorrio fraco deixando que se iluda, na chance de uma em um milhão de encontrar o tal sujeito. Como ela mesma disse, quais são as chances?

Uma Cinderela do AvessoOnde histórias criam vida. Descubra agora