Achado Não É Roubado | Drarry

3. Onde fica o banheiro?

Capítulo 3: Onde fica o banheiro?

Num suspiro aliviado, um esticar de membros e rolar do pescoço, Draco finalmente finalizou seu trabalho. Tudo pronto, ele só precisava agora encontrar o banheiro, já que após a saída de Harry do escritório tudo mergulhou no mais perfeito silêncio, nem mesmo um único som foi ouvido no momento em que estava olhando os últimos detalhes de alguns contratos, supondo então que o ômega havia retornado ao seu sono, afinal, não foi difícil perceber que havia atrapalhado um momento de descanso quando apareceu na porta do seu assistente, o rosto amassadinho e as vestes, digamos que, confortáveis, deixaram o fato bem explícito.

Se sentindo muito confortável na casa do moreno, o alfa não achou que seria um problema tentar encontrar o banheiro por si só, imaginando que não poderia ser tão difícil achar o cômodo, alguma daquelas portas escondem o que ele procura, com toda certeza.

A primeira porta aberta, a mais próxima do escritório era claramente o quarto do ômega, que estava vazio, mas que continha um cheiro divino, céus, a doçura inundou o olfato do alfa no momento em que abriu a porta, como uma onda de perfume densa e difícil de sair.

Tão rápido quanto abriu, voltou a fechar a porta, respirando fundo e se desculpando internamente com Harry por culpa da sua intromissão, não queria ser enxerido e nem gostaria que sua boa relação com seu assistente fosse colocada a prova se ele o visse com a porta do seu quarto aberta, não queria ser interpretado erroneamente, por isso, seguiu e abriu uma outra porta, no final do corredor.

Agradecendo por ser um banheiro, mas logo em seguida percebendo que algo estava estranho. Era impressão sua ou aquele lugar cheirava a ele? Não poderia ser, ou poderia? Não fazia sentido algum. Uma parte de si apenas o pediu para fechar a porta e deixar aquela loucura de lado, era bem melhor encontrar o anfitrião para perguntá-lo onde o banheiro se encontrava, não explorar a casa de outra pessoa dessa forma. Mas outra parte, uma mais persuasiva, o incentivou a entrar no banheiro e seguir o cheiro que sentia.

Um cheiro doce estava envolto em seu cheiro, ele poderia sentir isso, era claro, portando apenas caminhou até o box de vidro enegrecido, olhando para trás por um momento, temendo ser flagrado, pois sentia que estava indo e se metendo em algo que não deveria. Mas não é todo dia que você sente seu próprio cheiro na casa de um estranho, pensou, por fim abrindo o box e trocando sua expressão franzida pela dúvida para a de total espanto.

"Elementos, o que é isso?!" espantado, se aproximou da banheira, coçando os olhos, aquilo só poderia ser uma miragem. "Merda, eu sei o que é isso, é um ninho, seu idiota." sussurrou consigo mesmo.

De fato, era ninho, mas não um ninho comum, um ninho do seu assistente, e ok, ômegas fazem ninhos, mas naquele ninho em especial, suas gravatas e seu amado paletó faziam parte da composição.

Certo, existem dois tipos de ninhos, pensou. Um deles é comum, alguns ômegas tendem a procurar roupas de pessoas da própria família para criarem um ambiente confortável e íntimo para eles mesmos, com o cheiro de pessoas amadas que os fazem se sentir bem, seguros, amados, confortáveis, era algo muito parental, era doce. Dentro dos ninhos parentais existiam os ninhos apenas para os filhotes, um local para o ômega e sua prole, outro local seguro e feito para a proteção e para o amor, era doce. Assim chegamos a principal questão: Draco não era família de Harry, não era um parente querido que ele gostaria de ter o cheiro perto, que o indicava casa e segurança, tal como, claramente não era um filhote.

Ou seja aquele ninho se encaixa na segunda e mais perigosa categoria, segundo o próprio Draco, os ninhos particulares, feitos por ômegas que queriam agradar seus parceiros, que queriam um ambiente quente e seguro para seu momento íntimo, ou que queriam mostrar ao seu alfa que eles sabem amar, proteger e cuidar. Céus, isso significa que Harry estava vendo Draco como um possível parceiro.