quatorze

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Dia seguinte

* Babi on *

R - um irmãozinho?

C - ou uma irmãzinha.

Victor está explicando para ele que eu estou grávida.

B - idependente do sexo é seu irmão, vcs vão poder brincar e cuidar um do outro. - ele sorriu e me abraçou. - gostou? - ele assentiu.

Dois dias depois

M - engravidou para segurar o Coringa Bárbara?

B - não Michele eu não preciso disso, esse bebê. - passei a mão na minha barriga. - foi uma surpresa para mim tbm, ele queria muito eu achava que ainda não era a hora mas me enganei.

M - só para te avisar que filho não segura macho.

B - vc teve a prova viva disso né? Mas fica tranquila, que não foi com esse intuito que eu engravidei, só tinha que ser. - sorri falsa para ela.

Entreguei a mochila do Ruan a ela, me abaixei, beijei e abracei ele.

Coringa já se despediu, ele foi comprar sorvete de manga para mim em pleno domingo a noite.

B - tchau príncipe.

R - tchau ma. - beijou meu rosto e foi em direção a mãe dele e eles saíram.

Três dias depois.

23:56

C - vc quer que seja oq? - estamos deitados na cama conversando sobre nosso filho.

B - eu não sei, não parei para pensar nisso.

C - eu quero mais um menino.

B - pq?

C - menina da muito trabalho.

B - menina da trabalho? - perguntei sorrindo e ele assentiu.

C - te amo. - me beijou.

B - eu tbm vida.

Dia seguinte

Estava tomando café com o Victor quando a campainha tocou.

C - quer que eu abro?

B - tô grávida não morta Victor. - ele fez cara feia.

Me levantei dei um selinho nele e sai da sala de jantar e fui até a sala e abri a porta principal.

B - mãe?

F - esqueceu que eu existo?

B - não mãe, claro que não, entra. - dei espaço e ela entrou. - já tomou café? - ela assentiu. - senta. - nos sentamos. - como a senhora está?

F - mal, cheguei aqui e descobri que minha única filha mora, namora e vai ter um filho do dono morro.

B - mãe...

F - em que momento isso aconteceu?

B - tem mais de um ano que a senhora me abandonou aqui.

F - te abandonei? Quanto eu insistir para vc ir cmg?

B - eu não iria deixar sua loja aqui.

F - nos abria outra no asfalto, Bárbara vc poderia estar fazendo faculdade ou já formada minha filha, mas não, vc preferiu ficar aqui, nesse fim de mundo.

B - saiba que eu estou muito feliz nesse fim de mundo, que eu estou construindo minha vida e minha família aqui.

F - vc só tem 21 Bárbara, agr vc poderia estar fazendo medicina, arquitetura, advocacia bem longe desse lugar, imundo.

B - mãe já chega, eu não irei permitir que vc fale assim do meu morro.

F - eu não acredito que minha filha se tornou uma criminosa.

B - eu não sou uma criminosa.

F - não? Vc namora com o dono do vidigal, vc está grávida dele.

B - isso é um crime? pq até onde eu sei ainda não.

F - vc sabe com ele é metido e mesmo assim vc permitir que seu filho cresça com a educação dele, que seu filho cresça nesse lugar, vamos embora daqui filha, vamos dar um futuro digno para o meu neto. - disse com os olhos marejando. - Bárbara meu maior erro foi ter ficado com seu pai após eu engravidar de vc, eu tive a oportunidade de sair desse lugar, mas eu não quis e mesmo assim vc cresceu sem pai.

B - o Coringa será um pai incrível para o nosso filho.

F - vc não sabe.

B - sei.

F - não sabe minha filha, eu tbm achava.

B - ele não vai sumir.

F - mas ele pode morrer assim como seu pai.

B - que?

F - seu pai morreu devido uma dívida.

B - e pq minha vida inteira vc me disse que ele foi embora ham? - me levantei.

F - me perdoa.

B - sai da minha casa. - disse chorando.

F - Bárbara, filha me ouve pelo amor de Deus.

B - sai da minha casa, eu não quero nunca mais ver vc, ou ouvir sua voz. - disse chorando e ela saiu chorando.

Me sentei no sofá chorando e senti me abraçarem e senti o cheiro do Coringa logo em seguida.

C - calma amor. - beijou minha cabeça.

Continua...

FOI LÁ NO MORRO Onde histórias criam vida. Descubra agora