Capítulo 17

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Pov Cheryl 

Sim, as relações acabam!

Acabam como os dias, os anos, as sensações de felicidade eterna que você sentiu na festa de sábado, a dor que sentiu porque ela ou ele foi embora.

A vida é um ciclo, às vezes dolorosas, às vezes feliz demais. Quase sempre os dois, sejam humildes ao deixá-lo ir! É isso que farei com Toni.

Arrumo minhas malas, estava desolada. Sentei na cama com lágrimas escorrendo pelo rosto, abracei forte o travesseiro que Toni usava na intenção de capturar ao menos a sensação de estar em seus braços uma última vez, como pode as coisas acontecerem tão rápido. Sinto que a felicidade escorregou entre meus dedos. Estava tudo indo tão bem, como pode... como ela pode.

Acho que, no fundo, eu que errei. Errei por me deixar levar, por me deixar iludir, por me deixar em suas mãos.

Vou seguir minha vida, e a primeira coisa que vou fazer é sair dessa casa, e vou fazer isso agora! Tenho que sair sem ser percebida, não quero ninguém me perguntando o porquê de estar chorando. Pego minha mala saindo do quarto, os corredores estavam vazios, mas conseguia escutar muita conversa. Deve ter gente na cozinha, só preciso sair daqui!

Saio em disparada para fora da casa chamo um táxi e vou para o aeroporto, pelo celular compro a passagem. No caminho para o aeroporto encosto minha cabeça no vidro, fico repassando na minha cabeça todos os momentos mágicos, engraçados e fofos que passamos juntas.

— Você tá bem moça? — Pergunta o simpático motorista.

— Sim! Obrigado por perguntar.

— Moça chegamos, faz uns 5 minutos! — fala o motorista sem graça.

— Me perdoe senhor, aqui está pode ficar com troco — entrego o dinheiro para o taxista, saio do carro indo em direção da entrada do aeroporto, procuro o banco mais afastado, sento e fico remoendo tudo que já aconteceu até aqui.

Pov Toni

No sótão da casa dos meus pais, é para lá que eu vou! Sempre foi meu refúgio, um lugar de paz em meio ao tormento do dia a dia, um bom lugar para refletir. Lá eu fazia minhas brincadeiras, minhas aventuras.

Entro no sótão indo ao canto mais escuro, acidentalmente esbarro em uma caixa, com raiva chuto ela pra longe continuando meu caminho. Sento no chão abraçando meus joelhos, fico olhando para um ponto fixo na parede.

Penso em cada momento que passamos juntas, tudo muito fresco em minha cabeça. Preciso lembrar de alguma coisa... Não importa o que! Só preciso lembrar se fiz alguma coisa de errado para Cheryl me tratar assim. Mas tudo bem, vou esperar uma hora e depois vou ao quarto pedir desculpas.

É sempre assim! Ela dever estar estressada ou entendeu alguma coisa errada, vamos sentar e conversar, se resolver e vai voltar tudo ao normal.

Depois de uma hora esfriando a cabeça, descido finalmente encarar Cheryl novamente. Pedir desculpas por seja lá o que eu tenha feito! Eu só preciso de Cheryl ao meu lado, sentir seu cheirinho, sua risada de bebê, seus carinhos. Eu apenas preciso dela!

Vou para o quarto em que ficamos, de início pensei que estaria trancado fui bater na porta, mas ela se abriu. Olho para dentro do quarto e não vejo ninguém. Com cuidado vou entrando, a porta do banheiro está aberta! Será que ela está lá dentro? Me aproximo para ver se encontro Cheryl, mas nada, sem entender sento na cama para poder esperar a Cher.

Como não estava fazendo nada fico olhando o quarto... Realmente preciso arrumar este cômodo, aqui está uma bagunça. Tudo roupa minha espalhada pelo chão... Espera o que? Olho para o armário que estava levemente aberto. Vazio! Completamente vazio! Está é a parte que Cheryl ocupava.

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