Capítulo 36

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Pov Cheryl 

Nossa longa viagem começou calma, como havíamos combinado mais cedo, a seleção de músicas ia ser dividida, uma música da minha preferência e outra dela, para não gerar brigas.

— Amor olha! — aproveitou que o sinal tinha fechado para enfiar o celular no meu rosto, mostrando a foto de uma lanchonete com lanches enormes.

— Nossa! Qual o tamanho disso?

— Pode atingir até 30 cm, amor temos que parar nessa lanchonete.

— Toni, pra que você quer comer um hambúrguer de 30 cm? Pra passar mal e eu ter que tomar conta de você? Não! Esquece.

— Amor se você comer o hambúrguer de 30 cm sem deixar nada no prato... o lanche sai de graça!

— De graça?

— É de graça!

— Coloca no GPS... jamais deixe passar uma oportunidade de comer de graça.

— Tenho a melhor namorada do mundo... — Toni comemora enquanto mexe no GPS.

— Eu te amo muito... — solto um suspiro. Toni levanta a cabeça me encarando.

— Eu te amo muito mais branquela, você é tudo pra mim...

A cada palavra, a cada suspiro íamos nos aproximando, quando finalmente nos beijaríamos as buzinas começaram a soar pela rua. Separamos, Toni resmunga seguindo para lanchonete.

Nossa nova rota não durou nem 30min, a fachada da lanchonete era vermelha com tijolinhos a vista coisa mais bonitinha.

— Já sabe o que vai pedir? — pergunta Toni.

— Ainda estou na dúvida... qualquer coisa, peço umas batatas e você?

— Eu só vim pelo lanche de 30 cm, não saio daqui sem comer o lanche.

— Tudo bem? Hoje irei atender vocês. O que vão pedir? — pergunta a garçonete.

— Eu quero o lanche de 30 cm e um refrigerante.

— Tudo bem, mais alguma coisa? — a garçonete em nenhum momento olhou para mim.

— Oi querida, eu vou querer batata frita — encaro seu rosto moreno de olhos verdes cabelo castanho encaracolado, merda! Ela é bonita e não para de encarar minha mulher.

— Hhmm tá! Já venho com seu pedido, linda — a garçonete pisca pra Toni e sai.

— Mas que puta maldita — falo estressada.

— Nossa! Calma Cherry a menina só tá tentando ser simpática — Toni esta com sua típica cara de trouxa que não entendeu nada.

— Simpática vai ser a minha mão na cara dela, até parece que não viu o baita anel no seu dedo... Ridícula! Aí dela se tentar alguma coisa, vem com gracinha pra cima de você pra ela ver, corto essa puta na gilete — acho que está saindo espuma pela minha boca... só pode.

— Amor pensa na comida de graça e se acalma... Se arrumar briga aqui vamos ser expulsas e provavelmente vamos ter que pagar os lanches.

— O QUE?... tá loca Toni, olhei o preço do seu lanche, é muito caro... o que é aquilo?... É de Ouro? O tomate é colhido na casa Branca? Se aquilo tem horta né.

— Não deve ser tão caro assim.

— Toni, se eu tiver que pagar o seu lanche, acho que declaro falência! —Teetee gargalha tentando tampar a boca.

— Aí amor só você, nem se preocupa vou comer tudo, não vamos pagar nada. Pode deixar com a mamãe aqui — Fala piscando pra mim.

Ficamos conversando por 15min até nossos pedidos chegarem. Fiquei assustada com o tamanho do lanche que trouxeram para Toni, ela definitivamente precisa comer tudo. Não tenho condições pra pagar tudo isso em um lanche, me recuso. Mão de vaca? Eu? Com certeza!

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