2.1 Justiça é feita

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JEONGGUK

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JEONGGUK

As coisas não estavam indo bem, fazia um pouco mais de uma hora que estávamos aqui na casa do Jin hyung enquanto Hoseok Hyung e Jimin Hyung conversavam sobre a delicadeza da citação junto aos meus advogados. Yoon parecia devastado a cada palavra. A ideia de tirar aquilo que ele mais ama e que dedicou a vida é uma merda.

Um dos meus advogados, Dra. Seon parecia muito mais interessada nesse caso do que os outros dois. Ela é a pessoa certa a estar a frente dos trâmites legais. Mas eu realmente devo levar isso tudo legalmente? Arrancar sua cabeça miserável daquele corpo daria um fim definitivo nisso tudo.

— E se eu uso o código de Alfas? — perguntei.

— Bom — começou dra Seon —, tecnicamente é legal, mas hoje em dia é eticamente errado já que você como dominante tem uma vantagem clara sobre seu oponente, um alfa de nível inferior.

— Como assim o código? — perguntou meu ômega.

— Existe um código antigo entre alfas. — disse o dr Park — Ele consiste, basicamente, numa luta. Vale qualquer coisa, geralmente era feito por força bruta. Uma barbárie, se me permite dizer.

Revirei os olhos.

— Pouco me importa isso de ética. Ele esta ameaçando minha família! — retruquei.

— Tecnicamente é a família dele. — disse o outro advogado Lee.

Rosnei para ele.

— Minha família!
— Perdão senhor Jeon. De qualquer forma, se não há provas de violência doméstica ou qualquer coisa contra ele fica tudo mais complicado.

— Meu depoimento não significa nada? — Yoongi perguntou — Eu passei os últimos dois anos sendo… — ele respirou fundo e virou o rosto — Existe uma senhora que cuidava do meu filhote quando eu tinha que trabalhar. Ela sabia de tudo.

— E nunca fez nenhuma denúncia? — perguntou Jimin Hyung.

Yoon apenas negou, parecia envergonhado.

— No centro de apoio há muitos relatos como esses de omissão por parte de vizinhos e familiares. Infelizmente o  medo ecoa além da ideia de que não se deve interferir na vida de um casal. — disse Hoseok hyung.

Passei as mãos pelo rosto procurando uma solução.

Me levantei de abrupto e sabia o que deveria ser feito.

YOONGI

Todos nós ficamos olhando para o Jeongguk quando ele simplesmente se levantou e saiu. Não parecia bem.

Meu lobo interno me indicou que ele estava irritado. Talvez tudo isso esteja dando mais trabalho do que ele gostaria.

Começo a me sentir culpado.

— Tudo bem, podemos nos reunir outro dia — disse a advogada Seon — Seu alfa está estressado, é normal. Gostaria de te acompanhar na delegacia como sua advogada.

Assenti de maneira contida e tímida. Os advogados foram embora e Jin hyung foi preparar alguma coisa para a gente comer. Jimin e Hoseok ficaram de olho no meu bebê enquanto me juntava à cozinha.

O mais velho foi muito gentil, tentou fazer com que eu mudasse meus pensamentos para coisas positivas, mas me assegurou que tudo ficaria bem. Senti inveja daquela confiança.
Seokjin hyung é muito carismático. Mesmo sendo um ômega ocupa uma posição de poder invejável que tem por sua vez comandar um bando de alfas. E não é nenhum exagero. Quando Jeongguk ainda estava fora e a Heart Of Glass estava sob seu comando eu o via colocar medo nos alfas que abaixavam suas cabeças e ficavam com o rabo entre as pernas.

Lembro de um episódio que um alfa foi confrontá-lo no meio de uma recepção, ele liberou seus feromônios para intimidar ômegas, eu como um ômega comum fiquei abalado, mas a marca na minha pele impediu que fosse lá grande coisa, mas os outros funcionários ômegas tremeram, mas ele se manteve firme. Foi incrível!
Ele também deu um soco em seu nariz por "se atrever a lançar seus feromônios imundos" .

Depois disso não teve muito o que se fazer e nunca ouvi nada sobre alguém o intimidá-lo ou alguém dentro da boate.

O tempo foi passando, os outros tiveram que ir embora por ter duas devidas obrigações. Eu entendo, mas me senti sozinho mesmo tendo o filhote.

Quando a Lua subiu no céu eu comecei a me preocupar. Havia alguma coisa errada. Faziam horas desde que Jeongguk se foi. O jantar veio e eu alimentei meu filhote, ele chamava pelo Jeon, mas nem eu sabia o que lhe dizer. Uma dor percorreu meu corpo, foi rápido, logo me senti tonto e me seguirei na bancada da cozinha.

— Porra. — murmurei.

Mas então passou.

Quando estava próximo às dez da noite Jeon passou pela porta. Eu estava na sala assistindo TV enquanto esperava por sua volta.

De todos os cenários que eu já imaginei, esse não foi um deles. Suas roupas estavam rasgadas e sujas de sangue, seu lábio parecia levemente cortado e uma tom arroxeado pigmentava uma de suas maçãs do rosto.

Jeongguk caminhou devagar até mim. Seu olhar… Era diferente. Era como se fosse um predador faminto e eu era apenas um animalzinho indefeso com um alvo na testa.

Seu cheiro estava me fazendo contorcer, minhas pernas ficaram bambas e minha entrada úmida.
Eu estava entrando no cio por causa dos seus feromônios?

Isso seria possível?

Não.

Sim?

Tentei lhe chamar, mas um gemido patético saiu dos meus lábios. No segundo seguinte Jeongguk estava pairando sobre mim. O tom avermelhado dos seus olhos sempre tão escuros me chamou atenção.

— Você é meu ômega. Agora e para sempre.

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