chapter four

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chapter four

As batidas insistentes na porta despertam Harry de seu sono.

O ômega senta na cama e coça os olhos, conferindo o horário no relógio. Ele entraria no trabalho às 10 da manhã e agora nem 8 horas eram ainda, Harry não faz ideia de quem seja.

Paul algumas vezes batia na porta do chalé para acordar o ômega, já que o mesmo se atrasava algumas vezes. Não era de propósito, e Harry já havia conversado com sua obstetra sobre isso, ela havia lhe dito que era normal em alguns casos, a gravidez tendia a deixar ômegas e betas mais sonolentos.

Lentamente ele se levanta, se espreguiça e calça um chinelo no pé que já estava coberto por uma meia. Há um espelho no quarto de Harry, então ele para ali em frente por alguns segundos, conferindo o tamanho de sua barriga. Talvez ele não vá ficar tão grande assim, Harry pensa, já que, com quase 4 meses de gravidez, a barriga que já é notável não é tão grande assim.

Andando o curto caminho do quarto até a porta de entrada, Harry sente a vontade de enforcar Paul, ele não pretendia estar de pé até o mínimo 9 horas. Por Deus! Agora são exatas 7:20. Ele amaldiçoa quem o está fazendo perder preciosas 1 hora e 40 minutos de sono.

O ômega boceja e coça os olhos aos abrir a porta, desejando estar em sua cama nesse exato momento. — Oi, Paul, bom dia. Eu não entro no serviço hoje até às 10, o que significa que não estou atrasado. — Harry despeja as palavras, sequer conferindo quem de fato estava à porta.

— Bom dia, Harry. — O ômega de olhos verdes e cabelos morenos se sobressalta ao ouvir a voz que o saúda. O sono indo instantaneamente embora e Harry está agora totalmente consciente de que ele se encontra apenas de pijama, com os cabelos despenteados, os olhos inchados e o rosto amassado pelo fato de que ele dorme com o rosto enterrado no travesseiro. Ele tem certeza que a marca da fronha de cetim está estampada por todos os lados de seu rosto e tudo que ele deseja agora é um buraco para entrar dentro.

Argh! Idiota.

Ele deveria ao menos ter passado no banheiro, escovado os dentes e jogado uma água no rosto. Deveria ter tirado esse pijama.

— Se eu estiver atrapalhando, posso voltar em outro momento. — A voz do alfa se faz presente novamente, dessa vez carregando um tom de hesitação.

Draco se sente mal, ele soube que Harry entraria maia tarde e pensou que seria uma boa ideia fazer uma visita, mas agora ele já não tem tanta certeza assim. Ele não quer ser inconveniente, então ele sugere ir embora.

Harry parece sair de um transe ao que balança a cabeça e olha Draco de cima abaixo antes de proferir:

— Me desculpe, Draco. Você quer entrar? — O ômega abre um pouco a porta e se afasta, dando passagem para Draco, que pela primeira vez aceita o convite de Harry.

O alfa olha ao redor. O chalé já era mobiliado quando Harry se mudou pra lá, mas o ômega havia dado seu próprio toque ao local, o tornando ainda mais aconchegante e deixando o local com a sua cara. Era isso que Draco reparava, Harry imaginou.

— Você fez um belo trabalho aqui. — O alfa elogia, levando Harry a sorrir.

— Obrigado. — O ômega espreme os dedos de uma mão no outro. Draco já havia notado Harry fazer isso algumas vezes, era um hábito, um claro sinal de nervosismo. — Você pode se sentar, eu já volto. — Harry aponta para o sofá e desaparece em seguida, sequer dando chance de Draco dizer algo.

Percorrendo o curto caminho até o quarto, Harry não pode acreditar que Draco estava mesmo sentado em seu sofá. Ele já havia convidado o alfa para entrar em outras ocasiões, mas o mesmo nunca tinha aceitado, o que levava Harry a não sonhar com a possiblidade desse alfa um dia pôr os pés em seu chalé, mas estava acontecendo e ele parecia um idiota.

How Did I Fall In Love With You | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora