How Did I Fall In Love With You | Drarry

chapter six

chapter six

Já era madrugada quando Harry despertou, apertando os olhos e tentando se adaptar à pouca luz do ambiente.

A névoa do sono o fazia não ter ideia de onde ele estava, mas ele sentia o cheiro de Draco bem próximo a si e, quando tentou se espreguiçar, ele sentiu o corpo do alfa abaixo do seu.

Harry sorriu, se lembrando do que havia acontecido antes dele adormecer. Draco realmente tinha o beijado, ele tinha sido tão gentil e cuidadoso.

Aquele beijo despertou algo no ômega sonhador de Harry. Draco havia o beijado de uma forma que ele nunca havia sido antes e da forma que ele sonhou ser durante todos os anos de sua vida. Ele arrisca um olhar para o alfa, percebendo que o mesmo ainda dorme serenamente e agora ele não parecia em nada com o homem de negócios que Harry conhecia.

O alfa era sempre gentil, sempre educado e às vezes até sorridente, mas agora, ali, adormecido, ele era sereno. A expressão em sua face se assemelhava a de um menino. Um sorriso brincava em seus lábios cheios e os cílios escovavam a bochecha corada. Suave e cuidadosamente, Harry desenha os traços do rosto de Draco com a ponta de seu dedo indicador, causando uma reação instantânea no alfa de apertar os braços ao redor da sua cintura e tentar o trazer para mais perto. O ômega prende a respiração, temendo ser pego no flagra observando Draco em seu sono. Harry não quer que Draco pense que ele é louco ou que, sei lá, o alfa fique com medo de si, ele quer só curtir esse momento enquanto está acontecendo.

Ali, nos braços de Draco, ele se sente amado e desejado. Ele se sente um ômega de verdade e não um fardo que as pessoas precisam carregar.

Ele perde mais algum tempo assim, apenas observando o peitoral do alfa subir e descer com a respiração regular e calma. Então ele é também dominado pelo sono, se desvencilhando dos braços de Draco com certa dificuldade, indo até o banheiro e fazendo suas necessidades, ele passa na cozinha e bebe um copo de água e depois apaga a luz do pequeno corredor que estava acesa até aquele momento.

Quando volta ao sofá, ele se acomoda novamente em Draco, deitando a cabeça no peitoral do alfa e tendo as batidas do coração do mesmo como a sua canção de ninar. Então ele dorme, suspirando feliz e realizado, satisfeito pelo momento que está vivendo.

— Bom dia. — Harry ouve a voz de Draco quando ele acorda novamente. Ele ainda não está totalmente disperto, mas tenta abrir os olhos e mantê-los abertos, é uma tarefa difícil, mas quando ele obtém sucesso, a primeira coisa que vê são os olhos azuis de Draco o encarando.

Se ele soubesse que seria recebido assim no paraíso, então ele queria morrer agora mesmo.

— Bom dia. — Ele responde, sentando no sofá e se espreguiçando. Talvez passar a noite ali não seja uma ideia tão boa assim para um grávido, mas ele faria de novo e de novo se fosse nos braços de Draco e se em todas as manhãs esse alfa estivesse ali para o saudar.

— Dormiu bem? — Draco pergunta e coça os olhos em seguida, também se espreguiçando e tentando expulsar um pouco do sono que ainda permanece em si.

— Dormi sim. — Harry responde, se levantando e indo até a cozinha. — Vou preparar um café pra gente.

— Pode deixar que hoje eu preparo o café. — Draco o seguiu até a cozinha, parando atrás de Harry e apoiando uma de suas mãos na cintura do ômega, depositando um beijo em sua nuca, o que causou um arrepio a percorrer a pele amorenada do menor. O alfa de Draco estava orgulhoso em causar-lhe aquelas reações, então ele passou os dois braços sobre o corpo do ômega, o enlaçando pela cintura e passando a distribuir beijos pela região da nuca e pescoço do mesmo.