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Os primeiros dias de vida de Oliver Thomas Parker foram como os de qualquer outro recém-nascido. Entre visitas, trocas de fraldas, sonecas, mamadas e consultas médicas, para checar se tudo corria bem, o pequeno crescia cada dia mais, seus grandes olhos verdes atentos à absolutamente tudo ao seu redor.

Já Megan estava exausta. A morena sabia que os primeiros meses com um bebê recém-nascido não seriam fáceis, mas nada poderia ter lhe preparado para as noites em claro ou a dificuldade na hora de amamentar, sem falar no constante medo de estar fazendo alguma coisa errada.

Mas, assim como havia prometido no dia em que descobriu sobre a gravidez da amiga, Tom deu todo o apoio para Megan, mesmo tendo que se dividir entre sua carreira de ator e o papel de... pai?

Tom e Megan ainda não haviam conversado sobre o beijo trocado no dia do nascimento de Oliver. Com suas rotinas viradas totalmente de cabeça pra baixo, os amigos agora mal tinham tempo para conversas, mas ambos sabiam que, uma hora ou outra, teriam que discutir sobre sua "relação".

Quando Oliver completou o seu primeiro mês de vida, tudo pareceu se acalmar. Megan sentiu como se finalmente pudesse respirar, como se o fato de ter mantido um pequeno ser humano vivo pelo curto período de tempo, fosse o suficiente para tirar um peso de cima de suas costas.

O que não havia mudado era o costume de, depois do passeio com os cachorros, cozinhar algo novo e assistir à um filme nos fins de semana, assim como Tom e Megan vinham fazendo praticamente desde que haviam se tornado amigos.

Agora, os amigos andavam entre os corredores do supermercado, procurando os ingredientes certos para a próxima receita. Na sessão de frios, Megan parou subitamente o carrinho de compras ao ver quem estava na sua frente, a mulher parecendo á reconhecer ao mesmo tempo que ela.

—Megan? — disse a mais velha, chamando a atenção não só de Megan, como a de Tom. —Oi Martha! — o nome agora soava estranho nos lábios de Megan. —Nossa, é tão bom te ver, querida. Oi Tom! — ela exclamou. —Martha! — o moreno deu um pequeno aceno com a cabeça.

Quando os olhos de Martha foram para o carrinho onde Oliver dormia, ela ofegou. —Esse é...? — a mais velha não conseguiu terminar a frase, mas Megan assentiu, vendo a expressão de Martha mudar. —Ele é... perfeito, Maggie! — a mais velha exclamou, se abaixando para ficar em frente ao bebê. —Qual o nome dessa coisa linda? — Martha indagou, brincando com as pequenas mãos de Oliver, que acordou de seu leve cochilo. —Oliver Thomas Parker. — Megan sorriu, mesmo sentindo um aperto no peito ao ver a interação.

—Ele tem os olhos do Chase. — Martha sorriu, sem perceber o que havia dito. —Eu sinto muito, não foi minha intenção, eu só... — a mais velha parecia procurar as palavras certas, mas Megan balançou a cabeça. —Tá tudo bem, Martha! — Megan afirmou, afinal, não era como se ela mesma já não tivesse notado a semelhança.

—Olha, Megan... eu queria mesmo ter entrado em contato com você durante a gravidez, eu só... eu não sei, acho que me senti culpada pelo que meu filho fez com você. — a mulher admitiu, voltando á se levantar. —Tudo bem, Martha! Não foi culpa sua. — Megan afirmou, engolindo em seco. Tom parecia nervoso com a interação, trocando o peso entre os pés à cada minuto.

Coçando a garganta, Megan criou coragem para perguntar. —Você... sabe onde ele está? — Tom não pode deixar de sentir uma ponta de ciúmes ao ouvir pergunta e ver a expressão esperançosa no rosto de Megan. Mas, ele também sabia que, caso a mãe de Chase soubesse o paradeiro do filho, Megan merecia saber. —Eu não faço ideia. Sinto muito, darling! — as palavras pareceram cravar uma última estaca no coração de Megan, que tentou disfarçar a decepção com um sorriso. —Tudo bem, Martha! Não é sua culpa! — afirmou a morena.

no matter what | tom hollandOnde histórias criam vida. Descubra agora