Vão se completar 3 semanas dês de que pedi o divórcio do meu marido. Ainda estamos no processo pois concordamos em ir com calma nisso, afinal, não é algo simples.
Você deve achar que terminamos por alguma briga séria, traição ou algo do gênero, mas não. Andávamos tendo briguinhas idiotas e sentia nosso relacionamento esfriando aos poucos, e, sabendo como isso poderia afetar o crescimento de nossa filha, decidi parar alí. Sei como é viver com pais brigões e, com certeza, não quero que minha filha passe pelo mesmo.
Nossa filha tem 4 anos e se chama Mia. Faz educação infantil, Jardim 1, como no Brasil é chamado.
Minho ficou de vir buscá-la hoje, sexta-feira, pois ela passará essa semana em sua casa.
Eu terminava de arrumar e organizava sua mochila, finalizando o processo.
Agora estávamos no sofá esperando o rapaz.
Entretida com um desenho aleatório que passava na tv, tive minha atenção levada ao som do interfone, indo até o citado.
- Ah, ok, pode deixar ele subir. – Respondi o porteiro do prédio, que perguntara se Minho tinha permissão para vir até meu apartamento.
Em poucos minutos, ouvi a campainha do apartamento tocar. Fui até a porta e a abri.
‐ Boa noite, Y/n! – Lee falou ao me ver, com um sorriso simpático em seu rosto.
‐ Boa noite, Minho! – Falei de forma simples e carismática.
‐ PAI!!!! – Mia gritou ao ver o rapaz na porta. – Estava com saudades!! – Falou abraçando-o.
- Eu também, amorzinho! – Disse retribuindo o abraço. – Já quer ir ‘pra casa do papai, hm?
- Quero!!!! – Respondeu se afastando.
- Então pegue suas coisas, Mimi. – Falei.
A menina correu para pegar sua mochila e logo voltou.
- ‘Tô pronta, pai! Já podemos ir? – Perguntou animada.
- Já, claro! – Sorriu. – Se despeça da sua mãe, meu anjo.
‐ Tchau, mãe!! – Me abraçou e eu retribui.
- Tchau, meu amor! Se cuida, não apronta nada e não faça com que seu pai me ligue 4 horas da manhã ‘pra falar de você, ok? – Falei e eles riram, incluindo eu. – Cuida dela, tá, Minho? Qualquer coisa me liga. – Falei olhando para ele.
- Pode deixar! – Sorriu e eu retribuí com um sorriso leve.
Quando me vi só naquele cômodo, era como se estivesse procurando algo e um vazio enorme se espalhou pelo meu corpo.
O divórcio foi uma decisão minha, mas ainda é algo que me questiono todos os dias: Será que fiz o certo?
Ele, aceitando ou não, faz muita falta em minha vida. Ele me apoiava e sempre estava comigo.
A insegurança e o medo me tomaram quando vi seu afastamento. Era como se ele estivesse cansado de mim. Chegava cansado do trabalho e mal tinha tempo para nós. Claro, ele sempre tentava dar atenção para Mia, mas... e eu? Ele mal tinha contato físico comigo, e quando tínhamos um diálogo um tanto prolongado era para ele reclamar de algo. Isso foi desgastando o relacionamento aos poucos.
Agora, estava com uma garrafa de vinho nas mãos, bebendo da própria, sem taça ou algo do gênero. Sentindo o gosto amargo do vinho descer pela minha garganta juntamente com minhas lágrimas. Esse era o vinho que eu comprava para meus momentos à sós com Minho. Seja na varanda, no balcão ou no quarto, sempre bebíamos e jogávamos conversa fora para compensar o dia exaustivo.
Deixei os pensamentos me levarem e dormi, navegando no mar da angústia.
- Uma semana depois...
Mia voltará para casa hoje.
Combinei com Minho ‘dele trazê-la até aqui, e, então, estou preparando a janta, strogonoff, prato brasileiro que Mia adora!
Também fiz sobremesa, o que pode parecer muita coisa, mas sextas-feiras sempre são motivo de inspiração.
Assim que tudo estava pronto, tomei banho e fiquei no sofá assistindo alguma série aleatória.
Ouvi a campainha tocar, tendo em mente os perfis dos indivíduos.
- Oi, mãeeee! – Mia pulou em mim, ao abrir a porta.
- Oi, docinho!!! – Retribuí o abraço. – Se divertiu??
- Simm! O papai fez muitas receitas ‘pra mim!! – Falou animada.
- Que legal!! Agora vá deixar sua mochila no seu quarto, ok? – A pequena assentiu e seguiu para seu cômodo. Um silêncio se pôs sobre o local.
- E... Como você está, Y/n? – Minho falou, um tanto nervoso...?
- ‘Tô bem, Minho... E você? – Perguntei.
- Que bom! Também ‘tô bem. – Desviamos os olhares em constrangimento pelo silêncio.
- Ah, você quer jantar aqui? Não, quer dizer, aceita jantar aqui? – Falei nervosa, querendo enfiar a cara em um buraco pelo constrangimento. Lee riu, com aquela risada satisfatória que só ele tem...
- Quero, quer dizer, aceito! – Riu novamente, e dei um leve tapa em seu ombro pela “brincadeira", rindo também.
- Ei! – Ri. Em questão de segundos, o convidei para entrar, e pedi para que ele aguardasse no sofá.
- Poucos minutos mais tarde...
- E prontinho... – Disse colocando uma porção do alimento no prato de Mia.
- Hmm ‘tá uma delícia, mãe! – Mia disse animada, após provar um pouco da comida.
- Realmente! – Minho concordou. – Só não tão quanto a minha comida! – Falou exibido.
- Ah, tá, “chefe de cozinha"! – Caçoei de suas falas, rindo logo em seguida.
A conversa seguiu nesse rumo, entre piadas e zoações. Até que terminássemos de comer e Mia caísse no sono mais profundo.
Minho a levou ao seu quarto, enquanto eu limpava a mesa. Não demorou muito para que ele voltasse e oferecesse auxílio na limpeza. Acabei aceitando (após muita insistência da parte dele, claro).
Eu lavava a louça e ele guardava, aproveitando da situação para conversar um pouco. Falando sobre trabalho, depois sobre Mia, depois sobre a vida... E, então, fomos para a varanda, onde havia uma espécie de sofá.
Nos sentamos e continuamos a conversa descontraída. Bebendo vinho. Até que esse diálogo tomasse um rumo diferente, falando sobre como era quando namorávamos, o que foi motivo de uma repentina timidez em mim, afinal, não é ‘pra menos...
- O Lix amava você! – Minho falava animadamente, rindo. De repente, uma feição um tanto triste cobriu seu rosto. – Só que... você sabe.
- O que?? Aconteceu algo com o Lix? – Questionei, limpando a garganta sobre efeito do vinho forte, confusa pela expressão do rapaz.
‐ Meio que, quando entramos com o divórcio... ele se desapontou muito... – Ele parecia extremamente desconfortável ao falar nisso. Era nítido. – Mas não precisamos falar disso, certo?
- Sim... – Olhávamos a lua, procurando uma saída daquela situação desconfortável. – Mas... espero que você consiga ser muito feliz, de um jeito ou de outro. Sabe que pode contar comigo à qualquer momento, afinal, sou mãe da sua filha e sua amiga... certo?
- É... – Suspirou pesadamente, ainda incomodado com algo. O silêncio era alto demais, meus pensamentos estavam me matando. – Mas, eu não consigo ser feliz assim. – Virei meu olhar para seu rosto brilhante, que olhava fixamente as milhões de estrelas sobre nós. – Acho que... não sou o mesmo sem você... – Riu fraco, talvez pela falsa embriaguez da bebida, pensando no o que acabou de falar, e fiquei pensando sobre isso.
- Mas... você sabe que o divórcio ainda não foi confirmado. Eu só ‘tô esperando você se arrepender e voltar ‘pra mim. – Ele virou para mim, e arqueei as sobrancelhas rapidamente, abrindo um sorriso curto aos poucos, sem mostrar os dentes. Coloquei minhas mãos sobre suas bochechas e maxilar, o puxando para um beijo, experimentando do vinho, agora, compartilhado.Eita
|Julyyyy
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🇸 🇰 🇿 - 𝘐𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘦𝘴, 𝘙𝘦𝘢𝘤𝘵𝘴... (𝖯𝖳-𝖡𝖱)
Fanfiction| Aqui você pode se iludir, chorar, rir e surtar com lindos imagines dos meninos do Stray kids. | Vou dar o meu melhor pra fazer histórias de qualidade pra te ajudar a se entreter :) - Plágio é crime! Nunca use uma história como referência sem dar...