Observo Maia dormindo, ao meu lado. Dividimos o quarto, e a cama, pois não tem outro lugar para eu dormir. Já falei muitas vezes, que não quero dar trabalho... E que posso dormir no chão... Mas elas e seus pais sempre recusam... dizem que posso me resfriar... E que devo dormir no confortavel...
Fivo feliz com isso, pois demonstra que se preocupam comigo, que querem o meu bem... Mas... Também me sinto um pouco disconfortavel com esse carinho....
Sei que preciso... Que quero atenção.... Mas... Me sinto disconfortavel com tal, também...Adoro observar as pessoas dormindo. É um sentimento que não sei explicar. Olho a Maia. Ela está deitada de lado, virada para mim. Seu cabelo está preso em uma transa, e, de vez em quando, percebo seu globo ocular se mexedo, por trás da palpebra fechada.
Olho para o relógio. São 4 horas da manhã. Daqui à 2 horas, o despertador tocará, para irmos para a escola.
Sem perceber, solto sua transa, e começo a acareciar seu cabelo... Maia respira fundo uma vez, mas não acorda.
Abraço-a.
E, assim, adormesso, acordando na mesma posição, 2 horas depois.