Capítulo 4°

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{ Guarda } 

[...]

Ele coloca suas mãos a cima da cintura, inclinando sua cabeça para trás. 

-Que coincidência.

Ele afirma num tom de divertimento, me encarando. Sua pele morena, era refletida pelos raios de sol do bosque. Inferno, ele é bonito.

Me levanto do gramado, espanando o resquício de terra na minha calça. Ele me encara com uma de suas sobrancelhas erguidas. Limpei minha garganta, andando alguns passos em sua direção. 

-Então? O que veios fazer aqui?

Questiono, tentando puxar assunto pra quebrar aquele silencio desconcertante. O anjo encolhe suas asas, juntamente dos ombros. Ele cruza os braços, sorrindo e alçar suas sobrancelhas surpreso. 

-Serio? 

Ele ironiza, soltando ar pelo nariz e dando uma risada curta. Sem entender, estreito meu olhar em sua direção, inclinando minha cabeça para frente.

-O que?-

Ele me interrompe.

-Não te preocupes! Consigo perceber que não tens muitas afinidades com interações sócias. 

Ele me...confortar? Curvando seus lábios em um sorriso, ao mesmo tempo que alegre, provocativo. Arregalei meus olhos. Mas, que porra!? 

-Estas a insinuar o que?

Provoco, usando um tom mais rígido e irritado. Ele me olha de cima abaixo. Sentir uma pressão em cima de mim, e quase que imediatamente minha indignação, desapareceu.

-Ouh- É que, pela sua pergunta...

Ele para, pensando um pouco, colocando sua mão abaixo do seu queixo. Me deixando curioso.

-Achei mesmo, que não era muito de falar com outras pessoas. Apenas isso!

Ele esclarece com cuidado, se virando de costas para mim. O ser alado, pega a raposa( Que até então, eu não tinha a menor ideia, que ainda estava perto dali) no colo, e vai para outra parte da floresta.

Fico um tempo parado, sem entender exatamente o que foi que aconteceu. Ele aparece novamente, e me encara, estranhando.

-Tu vens?

Ele perguntas, levantando seu queixo. Pisquei os olhos, e comecei a caminha na sua direção. Já próximo a ele. O anjo me encara e sorrir. Franze o cenho, sem entender do por quê o sorriso.  

Ele se vira, e começamos a caminha um ao lado do outro, sem destinos, enquanto ele acariciava a raposa no seu colo. 

O animal, balançava sua cauda calmamente. Seus olhos fechados e sua respiração calma, demostrava seu conforto nos braços do anjo.

Nossos ombros, por descuido de espaço, se encostam. Suas asas farfalham, como que se estivessem tremendo. Inclino meu tronco para trás dele, espiando suas costas com curiosidade.

Nunca tinha presenciado pessoalmente as asas de um anjo, dizem que o Povo Celestiais  (Ou "Galinhas Burguesas", como Kill se refere ah eles) possuem uma hierarquia. O que é curioso, achei que eles eram a favor da igualdade ao amor de deus ou coisa assim, não precisando se mostrarem superiores ou autoritários por "Todos serem iguais". Estava bem engano, afinal claramente não sou a melhor "pessoa" pra debater sobre tal coisa.

-Pergunte.

Ele quebro o silencio, sorrindo de canto olhando para frente. Voltei meu tronco para frente. Ele me olha, já esperando a tal pergunta.

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⏰ Última atualização: Feb 01, 2023 ⏰

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