Existem muitas formas de se matar uma pessoa, muitas, mas eu só tinha quinze anos quando matei o Gregory. Quando a mutação atingiu o seu auge em mim...
Perder a virgindade era uma expectativa. Greg era um aluno do Hight School descolado, bonito e popular. Eu era parte das garotas que costumava ficar na minha, mas caí nos encantos do magricelo de piercing. A sensação de estar sendo arrebentada era linda, pelo menos para mim. O sexo nem é interessante nessa idade, o que as garotas fazem é apenas ter assuntos adultos no meio de um bando de adolescente com os pelos da xota curto.
Eu conseguia suspirar, prever o dia de amanhã e a cara das minhas amigas quando descobrissem. Foi quando senti ele dentro demais... Demais.
Eu estava nua, entrei escondida pela janela do seu quarto e Greg estava dentro de mim, sobre meu corpo e entre minhas pernas, mas... Achei que ele estivesse nervoso, mas de repente eu estava na cabeça dele. Eu tinha suas memórias, suas sensações, seus momentos e... até sua vida.
— Greg? — perguntei, quando senti um desconforto, tentando entender as coisas que vinham na minha cabeça, sem conseguir mover minhas pernas.
Ele levantou a cabeça e não respirava direito, até que vi uma palidez numa entonação de linhas roxas de um tom claro tomar suas veias, marcando os seus traços e o corpo ainda estremecendo, em cima de mim. Ele não se movia, mudava de cor gradualmente e eu comecei a me assustar.
— Greg? — perguntei, fechei os olhos, toquei em seu ombro e senti o baque quando ele derramou seu peso sobre mim — Greg?
Eu senti a vida dele entrar por minha pele, tomar o meu corpo, subir a cabeça e quase achei que eu era o Greg, de tão real que suas memórias eram para mim. Mas o momento era horrível, era impossível fugir da realidade e, desesperadamente, eu gritei. Naquele dia Greg morreu, seu único crime foi me tocar.
Eu morava numa casa de lar temporário, era um nome diferente para quem vivia no orfanato. Quando a polícia chegou no local, uma mulher estava com eles, Raven, e dali em diante eu encontrei o meu inferno. Raven, ou Mystica se preferir, deu o seu melhor para me guardar. Ela me enfurnou numa casa de pirados, me proibiu de encostar em alguém e me usou para orquestrar planos sujos para levantar a irmandade. Enfim, pelo menos foi útil. Eu acho.
Agora, estamos numa nova fase. Mystica tem novos planos, é reitora da universidade em que a irmandade de mutantes está, e a nova regra é ficar longe de qualquer X-babaca. E claro, não deixe ninguém descobrir que você é uma mutante.
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UM TOQUE MORTAL - FANFIC X-MEN
FanfictionCriada para os planos de Mystica, Vampira não fazia ideia que iria se ver entre dois mundos. De um lado a irmandade tinha planos, do outro os X-men também. Mas ninguém ali era capaz de dar ela o que realmente queria, a capacidade de tocar alguém sem...