A Mente De Um Escritor

Capítulo VIII: Amor Impossível

CAPÍTULO VIII

《Amor Impossível》

Voltei e lá cheguei.

Ela estava no quintal, ao som da minha buzina saiu. Carregada de brilho e um batom vermelho.

Menina linda e desejável que não acreditava mais no amor. Que dor em ver alguém com aquelas qualidades e saber que ela já caiu nas ilusões de um rabujento aproveitador.

Ai, como eu queria pegar nele e lhe encher de dor, de modo que ele nunca mais cometesse a mesma maldade.

Desci e tirei fotos com ela, foram muitas fotos, algumas foram tão próximas, mas tão próximas que tive que prender a respiração ao tirar.

Ela era boa de "estilos" para fotos, me pareceu que ela queria ser modelo e aí pensei, boa matéria para escrever um livro com o título "Amor Impossível".

Eu podia ver a sua felicidade sendo ofuscada pelo passado. Em alguns momentos ela sorria, mas o medo de ser iludida ainda espantava a sua alegria.

Me abraçou e novamente ficamos no silêncio e foi aí que descobri que estava completamente apaixonado por ela.

Escritor: - Olha Graça, tenho que ir, a hora me foge!

Ela me soltou como se não quisesse, olhou para mim firmemente e eu não sabia o que lhe dizer. E por um segundo eu vi em seus olhos que ela também sentiu o mesmo que eu, mas o medo se levantou e ela me largou.

Graça: - Desculpa! - Isso não devia ter acontecido!

Entrou em sua casa, e dessa vez não sorriu.

Entrei no meu carro, respirei fundo e fui para minha casa.

Andei bem devagarzinho como quem não quisesse nada. Cheguei em casa, tomei um belo banho e dormi.

Não queria pensar em mais nada e só queria paz. Mas que paz? Se o sono não vinha.

Sem sono e sem paz, decidi fazer o que eu mais sabia fazer, que era escrever. Peguei no meu computador e coloquei sobre a minha escrivaninha.

As palavras começaram surgir em minha mente, elas apareceriam do nada e os dedos digitavam sem parar.

Nunca antes escrevera um livro como tal, nunca tivera um conteúdo que estivesse vivendo no momento. Tudo que o escrevi, o escrevi após ter passado ou presenciado.

Era uma experiência nova e com um título que eu jurava nunca escrever na vida, mas as circunstancias falavam mais alto. Eu tinha que escrever, pois para mim, o único jeito mais fácil de se expressar é através do livro.

Tinha como título "Amor Impossível".

A história que escrevia, falava de uma jovem que carregava um sonho com ela, carregava um dom e a esse dom, era designado dom de escrever.

Tudo que a jovem fazia, o fazia com muita garra e amor, pois ela sempre acreditou no amor.

Porém, na sua caminhada rumo ao seu crescimento, ela se apaixona por um jovem, um pouco mais velho que lhe faz viver todas as maravilhas na qual ela descrevia em seus poemas, livros ou diários.

O jovem era de uma estatura física conservada e desejável, era bonito e com um linguajar incomum. As coisas que ele falava a comovia e a dava uma certa esperança de viver com ele coisas que nem a mente de um escritor conseguiria descrever ou simplesmente explicar.

"A única coisa mais impossível do que ficar, era ir embora."

A jovem o amou na totalidade. O amou de verdade, porém o jovem era um lobo disfarçado de ovelha. Como uma bola brincou com seu amor. Como lixo o jogou fora e como a terra o pisou.

Não soube valorizar, não soube guardar, ele não soube amar. Se aproveitou e se foi, foi sem dizer adeus.

Magoada ficou, no amor desacreditou, como louca vagou e sem rumo se isolou.

Se isolou da vida, se isolou de todos. Se isolou de tudo e do amor. Procurou em quem desabafar e não achou, mas com muita dor e raiva escreveu.

Escreveu o que viveu e ter lido aquilo me doeu.

A maior dificuldade que se tem, é de "amar e não ser amado".

No acto da sua superação, ela se encontra com um escritor que conseguiu a entender perfeitamente. Alguém que quis descobrir mais do que foi escrito por ela mesma. Alguém que quis a conhecer.

Quis quebrar todos os seus tabus e apanhar a cada pedaço quebrado do seu coração. Alguém que quis atravessar todas as suas fronteiras, conhecer os seus limites e fazer das suas dores um motivo para se levantar e seguir em frente.

O escritor a amou e ela o amou junto, porém para ela o amor era impossível.

Era tranquilo e lindo quando ambos estivessem só, ela já tivera vivido aqueles momentos e temeu que o mesmo se repetisse.

Eu tinha medo de ser magoada novamente, tinha medo de amar, tinha medo de ser feliz e depois chorar. Tinha medo de novamente ter que se lamentar e tentar superar alguém que uma vez jurou para sempre me amar.