Capítulo IX: Será Que Estivera Disposta

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CAPÍTULO IX

《Será Que Estivera Disposta》


Enquanto escrevia o sono veio e eu adormeci.

《Graça Narrando》

Fiquei toda noite chorando, pois eu não queria passar pela mesma coisa que já havia passado. Não queria ter os mesmos traumas e sentir as mesmas dores.

Eu não queria ser desiludida novamente, mas ao mesmo tempo queria ser mais do que uma fã. Eu queria poder dizer o que estou sentindo por ele e para ele.

Queria poder o amar sem nenhum receio, queria ter lhe conhecido bem muito antes de ter sido magoada. Não acreditei que me apaixonei.

《Sobrinha Narrando》

Os dias se passavam e o Escritor nada publicava, era comum que ele não  demorasse publicar, pois nós os seus fiéis leitores, gostávamos das suas obras.

Visto que ele nada publicava, decide o questionar acerca.

Sobrinha: - Oi meu ídolo, como estás?

Escritor: - Estou bem minha querida fã e você?

Sobrinha: - Não estou nada bem!

Escritor: - O que se passa?

Sobrinha: - Já se passou muito tempo e nada públicas, o que se passa pergunto eu! O que se passa? Já parou de escrever? - Se sim, melhor voltar as páginas agora!

Escritor: - Nada haver querida, eu ainda estou escrevendo sim, porém preciso de uma permissão para publicar a história que estou escrevendo...

Sobrinha: - Que permissão?

Escritor: - É que estou escrevendo uma história me baseando na tia Graça, porém não sei se ela vai permitir que eu lhe "paquere" nas minhas páginas!

Sobrinha: - Ihh, isso vai "pipocar"! Não sei não, mas posso tentar falar com ela acerca...

Escritor: - Agradeceria imensamente!

Fui tentar falar com ela, lhe mandei mensagem, mas ela não estava online.

Sobrinha: - Depois ela nem está online...

Escritor: - Deve ser um sinal!

Sobrinha: - Eu não sei como vou-lhe dizer isso aí mesmo!

Escritor: - Você é inteligente!

Sobrinha: - Mas sabe?!??

Escritor: - Vai na fé!

Sobrinha: - Você não está bem, mas ela já está online... volto já já!

Eu não sabia o que dizer a tia Graça e nem como lhe "entrar".

O único jeito mesmo era de ser directa e discreta. Não sei como isso seria possível, ora é directa, ora é  discreta. Agora os dois em simultâneo é algo impossível, tal como o livro que ele estivera escrevendo.

Sobrinha: - Minha tia do coração, lembra do Escritor né? - Sim lembra! Ele está a perguntar se pode te "paquerar" no livro...

Graça: - "uiiihhh" pode!

Sobrinha: - Ele começou, depois disse que tinha medo de lhe bateres!

Graça: - Tou a morrer eu! (riu)

Sobrinha: - Mas sabe, eu a pensar que ias negar...

Graça: - Quem sabe ele consiga desincalhar esse coração né!

Sobrinha: - Humm, depois desde aquele dia ainda não me contou nada sobre o Escritor, o que aconteceu?

Graça: - Nem vou-lhe contar...

Sobrinha: - Mas sabe, quanta maldade!

Graça: - Nem vem, até me deixa  trabalhar aqui... Fica aí a falar com teu Escritor!

Ela permitiu que ele escrevesse, então o disse.

Sobrinha: - Pronto, já está!

Escritor: - Ela aceitou?

Sobrinha: - Sim, mas eu não esperava. Estou surpresa!

Escritor: - Obrigado, para a semana vai sair a obra!

Sobrinha: - Disponha, pode contar comigo sempre que quiser!

《Escritor Narrando》

Ela permitiu, então já dava para concluir o livro e publicar.

No livro o jovem sempre demonstrou seu sentimento por ela, ele pediu uma chance de puder mudar a sua forma de pensar.

E porque o título era "Amor Impossível" não faria sentido escrever coisas que por sua vez poderiam contradizer o mesmo ou a verdade.

No final o jovem acabou por respeitar a decisão da jovem e partiu. Arrumou as suas malas e carregou o seu amor e se foi, pois não dava mais para "amar e não ser amado". Foi com muita dor que escrevi aquela história, não pelo facto de que o jovem não conseguira ficar com a jovem, mas por saber que corria os mesmos riscos na vida real em relação a Graça.

Eu e ela conversávamos diariamente, mas bastava tocar naquele assunto que fosse  motivo para ser ignorado por ela. 

Temia que ela não sentisse o mesmo que eu, temia ter o poder de ser aceitado em várias histórias escritas por mim mesmo, mas não consguir o seu sim.

Temia correr sozinho em uma corrida á dois, temia não acreditar mais no poder do amor e ficar na mesmo situação que ele depois.

Temia que tudo não se passasse de mais um livro apenas, mas que fosse uma realidade. Temia que fosse um amor impossível de verdade. Temia que tudo fosse fachada, temia que tudo fosse por nada.

Não é que eu tenha medo da ser rejeitado. Eu apenas não queria estar lá quando isso fosse acontecer.

Publiquei o livro e fiquei esperando que ela lê-se a história. Eu não sei o que ela acharia, mas aquela foi a única forma que eu achei conveniente para falar com ela.

Eu sabia que ela entenderia o recado, então esperei que ela meditasse naquilo que a jovem fez com o jovem devido ao seu medo de amar e se perguntasse se estaria disposta a fazer o mesmo comigo.

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