CAPÍTULO 06🦂

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Fico quieto observando Madelina através do para-brisa, a luz dos faróis a iluminam no meio do caminho, atordoada, esperando por mim

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Fico quieto observando Madelina através do para-brisa, a luz dos faróis a iluminam no meio do caminho, atordoada, esperando por mim. Penso seriamente em entrar na garagem e deixá-la aqui fora sozinha, mas seria infantilidade e burrice da minha parte. Ela me deve explicações.

Desço do automóvel devagar, sentindo a raiva fremindo por cada célula do meu corpo. Aproximo-me dela a olhando como se fosse um inseto, porque é isso que ela se tornou para mim agora, um inseto mentiroso!

— Mateo, por favor, me escuta... — choraminga, mas as suas lágrimas não me convencem. Ela aperta as mãos uma na outra, como se buscasse apoio e coragem em si mesma.

Levo às mãos à cintura, abrindo o blazer sem precisar tocar no botão, a encarando duramente, seco.

— Eu estou aqui não estou? Pode falar — fica nítido na minha voz o quanto estou me controlando para não explodir. Madelina não merece o meu descontrole.

— Não é o que está pensando... eu e o Argos...

— É exatamente isso, você e o Argos — a interrompo, notando o medo que domina a mulher. Cruzo o braço esquerdo e levo a mão direita ao queixo, refletindo. — Estou aqui me perguntando como a minha submissa, que até onde sei não conhecia o universo BDSM antes de mim, está se encontrando com um cara que era meu amigo, que também é dominador, e que já não vejo há alguns anos.

A professora arqueja, percebo a sua mente trabalhando em um milhão de desculpas. Caminho ao seu redor sem pressa, a intimidando com o meu comportamento.

— Lembrando que, eu nunca a levei a um lugar onde ele estivesse, não que eu me lembre e a minha memória é muita boa. Há também o fator de que eu e Argos perdemos contato há alguns anos, então... pela lógica, você não deveria conhecê-lo — paro à sua frente outra vez. — De duas, uma: ou aconteceu uma coincidência inacreditável que fez os dois se conhecerem, ou... isso, de algum modo, foi planejado.

— Não, Mateo... — lágrimas escapam por seus olhos marejados. — Nós... nos conhecemos por coincidência mesmo e... eu não queria!

— Não queria? — Faço uma careta horrível, erguendo a sobrancelha. — Pensa que sou idiota? Quer apostar quanto que o número que fica te ligando a todo momento não é o seu pai de verdade, e sim ele?

A pego de surpresa, a sua expressão confirma a minha teoria.

— Algumas vezes, em momentos diferentes, notei marcas no seu corpo que duvidei ter sido eu a criá-las, mas... deixei passar porque nem sempre tenho controle sobre a minha própria força — rio em deboche e por fim mordisco o lábio inferior, abaixando a cabeça, decepcionado comigo mesmo. — Como fui tolo.

— Juro que não queria me envolver com ele! Juro! Mas Argos estava me ameaçando! — Acusa, nervosa, louca para me convencer.

— Ameaçando de quê? O que você fez de tão grave para um cara obrigá-la a jogar com ele? Logo você, Madelina... uma mulher tão inteligente — cruzo os braços, desconfiadíssimo.

— É que... eu... — não tem argumento, até treme os lábios em busca de justificativas que não vêm.

— O quê? Fala — a sua inércia e falsidade me irritam porque está claro que está tentando inventar uma justificativa para o injustificável. — FALA, CARALHO! — Grito, chutando o balde, a assustando quando a seguro pelo queixo com violência. — Como o conheceu? Por que me traiu? Achou pouco apenas um Dom? Estava se divertindo com nós dois? Onde está o amor que dizia ter por mim?!

A empurro para longe e lhe dou as costas, levando as mãos à cabeça, fechando os olhos e respirando fundo. Preciso me acalmar! Madelina se desespera de vez e se joga de joelhos no chão, agarrando as minhas pernas em uma cena deplorável.

— Mas eu te amo! Te amo! Você não pode duvidar do meu amor! Quero me casar contigo! Quero ser para sempre a sua posse e tê-lo como o meu homem, o meu marido, o meu dono, o meu senhor! — Soluça em pranto, muito abalada, fraca, e submissa até demais para o meu gosto, de um jeito que me dá vergonha.

Utilizando-me da força, consigo me desvencilhar dela, observando-a desabar de vez, sem esperanças, e chorar ainda mais alto. A gargantilha cravejada de brilhantes que lhe dei, cintila em seu pescoço, chamando a minha atenção.

— Diga pelo menos há quanto tempo estava me traindo — peço sem olhá-la nos olhos porque fazer isso agora me dá asco. A minha voz volta ao tom normal, porém está amarga.

— Voltei a encontrá-lo há uns três meses — revela, mirando a terra onde as unhas de suas mãos estão fincadas, como se precisasse disso para se equilibrar.

— Voltou? — É porrada atrás de porrada. — Então já o conhecia antes de mim?

— Não...

— Já havia ficado com ele durante esses dois anos que temos de relacionamento? — fico indignado.

— Também não, é complicado... você não iria entender! Mas tudo o que fiz foi porque te amo! No fim foi tudo por você, Mateo — encara-me, voltando a ficar de pé, jurando que vou acreditar na sua atuação nota zero.

Ela não vai contar. Assinto, voltando a rodeá-la, suspirando.

— Que pena, Madelina. E pensar que cogitei transformá-la na mãe dos meus filhos — as minhas palavras ferem a nós dois. Chego mais perto, nossos olhares se encontram, não sinto vontade de soltar uma lágrima. Sou frio, pior que o próprio gelo. —Me dê a coleira — ordeno, estendendo a mão.

— Não! — A professora protege a gargantilha com as mãos como se fosse a sua própria vida.

No nosso mundo esse colar tem um grande valor simbólico, é a prova da força do nosso elo, o reconhecimento que dei a ela de que é minha, de que pertence somente a mim. É um pacto, praticamente uma aliança de casamento. Também significa proteção, entrega sem reservas e alma cativa.

— Por favor, não faça isso... — implora.

— Não transforme essa merda em coisa pior, Madelina — rosno, ficando mais puto ainda. — Vamos! Me dê agora! — Ela não se move. — Me dê ou eu arranco do seu pescoço! — Ameaço, entredentes. A mão continua estendida diante do seu rosto.

De olhos fechados, com as lágrimas queimando o seu rosto, a mulher se obriga a tirar o colar e devolvê-lo para mim. É como se me entregasse um pedaço do seu corpo, provavelmente o seu coração. Esmago a gargantilha entre os dedos, extravasando o ódio.

— O nosso elo encerra aqui. Nunca mais me dirija a palavra — sentencio, seguindo para o carro.

— Mateo... — a sua voz me faz parar, porém continuo de costas, não quero mais olhá-la — você é o ar que eu respiro.

— Não diga mais isso, do contrário morrerá asfixiada — entro no automóvel, Madelina sai do caminho, faço o portão se abrir através do controle e entro na garagem com violência, dando um fim a nós dois. Inferno!

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QUE DR MEU POVO!! PRÓXIMO CAPÍTULOS TEREMOS REVELAÇÕES BOMBÁSTICAS.

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