Seu Pior Pesadelo.

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Sem pensar duas vezes, Tony ativou as Joias do Poder e da Mente ao mesmo tempo e avançou contra Fauce de Ébano. O uso da telecinese e magia foi bem usada, mas o mago o atingiu em cheio várias vezes assim como foi golpeado. O alien não conseguia mais segurar Levi e ele foi de encontro ao mago quase que desesperado, tocando seu rosto e em seguida batendo até que acordasse. Seus olhos se fixaram no combate que acontecia logo acima.

O Homem de Ferro Superior o golpeou diversas vezes e o brilho arroxeado do poder emitido pela joia acertou o filho de Thanos em cheio o jogando longe. Usando o portal da Joia do Espaço o chutando em cheio em pleno ar. Logo ele repetia o mesmo golpe o chutando para cima e por fim o acertando com ambas as mãos juntas de cima para baixo atingindo o chão em cheio fazendo uma poeira se levantar.

Os braços juntos foram em frente ao rosto de Stephen a fim de protege-lo de qualquer coisa que viesse o acertar em cheio. O gênio esperava a poeira abaixar para que voltasse a atingir o outro. No entanto, ao fechar os olhos e abri-los percebeu que o membro da Ordem Negra não estava na cratera. Ele virou seu rosto procurando o telecinetico ao redor.    

— Stark, ele... — O symbionte na armadura não teve tempo para avisar e o empresário iria ser atingido em cheio pelos mesmos ferros que perfurou o mago.

Estranho estava observando há um tempo e viu os movimentos do telepata. Moveu sua mão esquerda como deu. O portal parou em meio ao alien e quando Stark percebeu se afastou e o portal fechou cortando-o ao meio. Havia um Stephen ofegante, sustentado pela capa no chão. Fauce gritou incapacitado de se mover e quando pensou em apunhala-lo com agulhas afiadas, o gênio esmagou a cabeça dele com ambos os pés o matando de vez.

O mestre das artes místicas desviou o olhar do campo de batalha e levantou as mãos como deu para olhá-las e franziu seu cenho em tristeza e os lábios tremularam. O Illuminati veio até ele e parou em sua frente colocando uma das mãos em seu ombro.

— Como você está? — o estado físico do ex-neurocirurgião ele sabia como estava, pois estava vendo em sua frente. Já o psicólogico ele não tinha certeza, sem falar que o maior trauma dele acabou de vir a tona ativando o gatilho dele.

O Strange não pôde responder, pois desmaiou em seguida sendo amparado pelo Superior que o levantou nos braços. Novamente a capa estava desesperada.

— Você é um "bichinho" bem fiel, não é mesmo? — olhou para a capa em seguida e voou até o hospital mais próximo.

Ao avistar quem chegava Christine Palmer, ela trouxe a maçã que enfermeiros já estavam trazendo e ele colocou o mago nela. Correram para emergência e o Stark foi impedido de entrar naquele espaço quase surtando na hora. Tanto ele quanto o manto de levitação estavam impacientes. Passado duas horas a loira voltou e lhe deu acesso ao quarto onde o mago estava agora. Ainda dormia e ambas as mãos estavam enfaixadas.

— Algum dano sério nas mãos dele? — perguntou preocupado encarando a ruiva.

— Na verdade, não. Mesmo que os furos tenham sidos profundos. Ele só está muito machucado. — explicou a Palmer. — Vou deixá-lo aqui, qualquer coisa só chamar. E caso queira saber, tem uma lanchonete no primeiro piso.

O Stark balançou a cabeça confirmando. Ele ajeitou as mangas da blusa e sentou-se na poltrona que havia ao lado da cama. Esperando algum tempo para ver como o mago acordaria ele tentou permanecer de olhar abertos. Pensou que o symbionte tagarelando na sua mente o ajudaria, mas como sempre seu corpo era do contra, afinal em mais alguns minutos acabou cochilando. Por algum motivo o manto de levitação se pos ao lado do braço da poltrona cobrindo parte do engenheiro da outra dimensão.

Duas horas à mais haviam passado. O mago despertou e ele apertou os olhos. Primeiramente abriu os olhos, mas a luz o incomodou. O cheiro do remédio invadiu suas narinas e arregalou os olhos movendo as mãos e temerosamente movendo as córneas para olha-las. Piscou os olhos e sua mente fez uma comparação entre as mãos agora enfaixadas e o dia em que as encarou cheias de pinos. A princípio apertou os dentes, o desespero invadiu seu peito e não pode impedir que grito doloroso escapasse de sua garganta.

Tony ao ouvir o mago pulou da poltrona e se pos ao seu lado olhando em seu rosto. O estado trêmulo indicava o medo e o modo como estava olhando para as mãos e as lágrimas escorrendo pelo seu rosto confirmaram o que ele sabia que iria acontecer desde o começo...

...Transtorno de Estresse Pós Traumático...

— Ei! — Stark segurou nos braços dele para fazê-lo olhar para si. — Tudo bem. Tranquilo, Stephen, calma... — ele tentou o afastar com os braços.

— Não, não está! — esbravejou encarando o empresário. — Não, de novo não! — grunhiu com o rosto ensopado e vermelho pelas lágrimas.

— Stephen... — começou, mas foi interrompido pelo próprio mago.

— Eu não sou um de seus brinquedos para see concertado, e por tanto nao preciso de você e muito menos de sua dó Stark, vai embora! — encarava o outro e cuspiu as palavras vendo o rosto de mudar.

Tony fechou a cara e estreitou os olhos, e por um minuto quase se deixou pensar no dia em que quase foi morto. Mas esse Strange não era o homem que tentou o matar, certo? Por isso tentou ficar calmo.

— Não seja idiota. — respondeu entre os dentes encarando o mago que o encarava de volta. — Eu sei o que está tentando fazer. — estreitou os olhos e o encarou mais perto ainda.

Eram vários sentimentos que envolviam Stephen e nenhum o deixava pensar. A todo momento os pensamentos apontavam para a sua mão impotente ao mesmo tempo que gritava para afastá-lo, pois dizia que ele só serviria para atrasar a vida do interdimencional. Nenhum desses pensamentos o deixava em paz e a angústia em seu peito só aumentava.

— Não sabe! — rebateu igualmente entre os dentes. — Não cheguei ao estado de ser digno de pena. Vai embora, Stark! Eu não preciso de você! — o mago apontou vagarosamente e o outro apertou os olhos e soltou um suspiro.

Tony tentou ao máximo não levar para o pessoal, mas era difícil, então ele se afastou vagarosamente da cama e a capa ficou aflita, pois mesmo Levi sabia que ele não podia ficar sozinho. Pretendia sair do quarto, respirar e tomar um café. Afinal ele é o Homem de Ferro Superior e não feito de ferro.

Os batimentos cardíacos acelerados do furioso mestre das artes místicas apenas aumentava e ele não estava ficando mais calmo. Ele era considerado perigoso por vários motivos, o principal é que duas de suas variantes acabaram com uma dimensão inteira. Nicodemus West e Christine Palmer entraram na mesma hora. O olhar de raiva que deu aos dois lembrou novamente a primeira vez que esteve nessa situação.

— Stephen se acalme! — A médica quem falou ao chegar do outro lado da cama.

Tony pretendia sair, mas ao ver a porta ser aberta e os médicos passarem e o estado do mago, novamente um suspiro caiu de seus lábios e ele voltou ao lado da cama em silêncio e o segurou quieto no lugar. As agulhas de acesso aos medicamentos poderiam feri-lo.

— Como você quer que eu me acalme Christine? — Ainda estava sendo segurado pelo engenheiro tentando afasta-lo, embora seu olhos estivessem fixos na ruiva e no médico que ainda estavam lá. — Stark! O que ainda... — rosnou.

— Cala a boca e fica quieto. — o respondeu olhando por cima dos óculos.

A prioridade do gênio era acalmar o mago que estava em pânico hospitalar, mesmo que ainda estivesse sentido pelas palavras. Não prestando a atenção no que acontecia à sua volta, o que aconteceu foi rápido e quando percebeu Nicodemus já aplicava o sedativo no soro Stephen. Tony arregalou um pouco os olhos e encarou o médico.

— Mas o que infernos? — o Illuminati perguntou Stephen parando de se mexer aos poucos.

— Ele precisava se acalmar ou ia machucar a si mesmo. — explicou West. — Quando acordar talvez esteja um pouco mais calmo.

— Ele acaba de passar por um trauma para salvar a sua realidade e é assim que o trata? — o empresário questiona o médico.

— Apenas estou fazendo meu trabalho como médico. Strange já está fora de perigo. — respondeu ainda encarando o Superior. — E mesmo depois de tudo o que ele te falou ainda vai defendê-lo? — questionou o médico o encarando.

O olhos de Stark brilharam em uma intensidade que foi possível ver através das lentes roseas. Sabendo que aquilo poderia não acabar bem, Christine tirou Nicodemus da sala. Suspirando, o gênio puxou a cadeira para perto da cama. Apoiou os braços na beirada e ficou o encarando por alguns minutos.

Tony passou a mão pelo rosto tirando os óculos e suspirou pesado. Olhou para o mago na cama e saiu indo atrás de um café.

LIFT ME UP ━━ HOMEM DE FERRO SUPERIOR & DOUTOR ESTRANHO Onde histórias criam vida. Descubra agora