W̶h̶y̶ ̶M̶e̶?̶

III: The night of our lifes

<[P.O.V. Narrador]>

Pela estrada afora, músicas de gosto duvidoso em um volume nada amigável tocavam de dentro do carro da nossa duplinha maravilha, eles, João e Maria da cracolândia, Jessy e James caçadores de macaco, Bonnie e Clyde do furto à idosas, os incríveis, os únicos-

— TK! PARA DE PULAR AS MELHORES, SEU PORRINHA, IA TOCAR BREAK MY HEART, CARA!— Y/N não parecia muito feliz com a troca de música do piloto, que agora ouvia com gosto Boyfriend de Dove Cameron, ele cantava alto não se importando com as reclamações do companheiro que, embora não admitisse, também gostava dessa, embora ainda quisesse Break My Heart 

— The universe must have divined this, what am I gonna do, not grab your wrist?— cantou/gritou perto do refrão, puxado Y/N para acompanha-lo nessa parte, ela, ja não aguentando mais, entra na cantoria desprovida de qualquer senso de volume

— I could be a better boyfriend than him, I could do the shit that he never did, up all night, I won't quit— Y/N começa o refrão com força na voz, dançando com os braços por ainda estar sentado no banco confortável do carro, passando em seguida para o motorista

— Thinking I'm gonna steal you from him, I could be such a gentleman, plus all my clothes would fit— terminou, sensualizando o máximo na última linha do refrão, lançando um olhar ousado e profundo para a companheira que o olhava e, após isso, um seduzente sorriso ladino, voltando o olhar por toda a extensão do espaço ocupado pela menor, depois de fixar o olhar nos olhos de Y/N, alargou um pouco mais o sorriso, mostrando seus brancos e pontudos dentes, e voltou os olhos para a estrada, a música logo passou para a próxima, um frio percorreu a espinha de Y/N assim que seus olhares se cruzaram, o que foi aquilo? Foi tão profundo ao mesmo tempo que deveria ser algo comum, não é? Sempre acontecia, entretanto nunca havia sido dessa forma

— "Intenso" — pensou consigo mesmo por um breve momento, porém logo espantou esse pensamento e se concentrou em descobrir que música era dessa vez, Killshot de Magdalena Bay, as coisas pareciam bem, não é?

— Caralho, se liga ali na frente!— TK chama a atenção de Y/N de forma animada, faltando meia hora para o show começar, eles finalmente haviam chegado no grande galpão onde ocorreria o evento, Y/N só não pulou de alegria por ainda estar dentro do carro, mas com certeza o fará assim que chegar

_Na fila pro show_

— Caracolis, tem gente pra porra aqui, mesmo que seja bem menos do que eu pensava que teria...mas ainda muita gente— Y/N apontou, realmente, era uma banda não muito conhecida, contudo havia bastante gente no local num todo, muita gente com caixotes, várias mochilas, sacolas com coisas para aproveitar ao máximo ao show, tinham até algumas crianças acompanhadas de seus pais, pouquíssimas, mas haviam

— Real, fico feliz de não demorar muito a fila daqui, da pra procurar uns lugares legais com essa meia horinha que falta— o de cabelos esverdeados falou tirando sua costumeira touca que usava diariamente, arrumando seu cabelo e o prendendo em um rabo de cavalo pois aparentava estar com calor— aqui ta quente pakas, espero que la dentro não esteja esse calor que parece até o mármore do inferno— Y/N riu, realmente, estava esquentando a noite, ela amarrou sua blusa de frio na cintura assim como TK, o menor logo notou os braços expostos do amigo, ele havia feito uma tatuagem?

— TK, virou mafioso? Fazendo tatuagem e os caralho, ui ui— elogiou se escorando nele, sua vez na fila estava próxima

— É de renna mas sim, eu fiz essa aqui pra uma amiga minha testar, essa é a primeira tatuagem de renna dela, ela ficou super feliz de ter um trouxa doente o bastante pra deixar ela fazer, até que ficou legal, né?— a tatuagem em si era o símbolo viking da morte, os três triângulos que podiam significar duas coisas: ou ele era um homem de cultura ou um adolescente pagando de geek que se acha foda por ser fortinho de academia e perdeu o bv com 17 anos, específico? Talvez, o importante era que, em breve, essa tatuagem seria apenas lenda, ja que TK não queria mostrar muito, ja que ele nem queria uma tatuagem pra começo de conversa, mas, agora que tinha, ia aprender a conviver com ela até sumir de vez