VII: Looking for

169 11 25
                                    

<[P.O.V. Narradora]>


A noite acabara de cair, era uma bela noite do lado de fora, as estrelas brilhavam com fervor e a lua parecia tocar o solo em seu total resplendor, era tão bela, mal parecia que essa mesma dama noturna seria testemunha de momentos tão complicados ainda nesta bela noite.


18/0*/20** marcava no calendário, agora era sábado, exatamente as uma e trinta da madrugada, Y/N abre seus olhos devagar, um cheiro apetitoso adentra suas narinas, estava faminto apesar de tudo, mesmo sendo obrigado a tomar seu café da manhã, ainda se sentia vazio, ao decidir que havia de levantar, o primeiro pé que ousou tocar o chão foi o esquerdo, o frio daquele amadeirado fez um arrepio subir por sua espinha, olhou novamente em volta, nada de novo, nada além de uma porta total e completamente escancarada logo à sua frente, Y/N piscou algumas vezes se perguntando se aquilo era real, então decidiu verificar por si mesma, realmente, a porta estava aberta, seu pijama comporto por uma calça da Sanrio e uma regata com um rosto "meigo e delicado" de uma certa panda vermelha cantora de death não era tão apropriado para um frio daqueles, logo que Y/N colocou seus pés para fora do quarto, pôde notar que a textura fria e dura mudou para algo macio e reconfortante, "para um sequestrador ele tinha um ótimo gosto na escolha dos elementos da casa" pensou Y/N consigo mesma, não era a primeira vez que pousava os pés em um chão encapado com carpete, mas era a primeira vez que ouvia falar de um sequestrador com carpete no chão, riu levemente ao pensar isso, porém retirou a risada ao se lembrar da gravidade da situação, começou a caminhar para fora do quarto mesmo tremendo pela brisa gelada, mas se animou ao concluir seu raciocínio


— Se aqui ta frio mesmo sendo dentro de casa...significa que tem alguma saída de ar por perto— comentou em um sussurro pra si mesmo, começou a andar pelo curto corredor seguido de uma escada, na outra ponta do corredor havia uma porta, próxima da escada, a garota se abaixou e esperou, caso houvesse alguém na casa ou alguém próximo, era necessário verificar antes de tudo, tudo limpo, prosseguiu com uma certa pressa, ainda agachado, ele olhou pela fechadura, era outro quarto, estava escuro porém levemente iluminado por uma led colorida e uma lâmpada de lava próximo de uma grande cama de casal meio desarrumada, não vinha dali o ar frio do exterior da casa, à sua esquerda, outra porta, posicionou seu olho na fechadura e constou que aquilo era um pequeno banheiro, um vaso sanitário, uma pia, um chuveiro, nada demais, a pequena janela na área de banho estava fechada, também não vinha dali o frio que sentia, matutou consigo mesmo se devia descer a escadaria ou esperar pelo melhor...bom, sua personalidade era mais "existo, logo penso", então se direcionou à tal, nos primeiros degraus descidos, abaixou-se esperando por algo, nenhum som foi ouvido, desceu devagar visando sempre a leveza em seus passos, o frio parecia aumentar conforme descia, ja sabia que havia esperança, foi devagar e abaixado até o último degrau, olhou em volta e pôde notar uma pequena mureta na direção contrária à que veio e um porta-casacos, o que possível mente significaria que, logo à esquerda, haveria a porta da frente, ainda rastejando, se esgueirou para ver melhor, tiro certo, a porta estava ali, logo abaixo da escada, e melhor ainda, aberta, porém, apesar da euforia de ver uma saída, pôde notar que havia um par de sapatos jogado próximo à um "degrau" que levava à porta, o que significa que possivelmente havia alguém por perto, o pequeno rapaz se sentou no último piso da escada, estava em um dilema, o que deveria fazer nesse tipo de situação? Nada nem ninguém te prepara para "o dia do seu sequestro", tinham muitas opções, muitas extremamente arriscadas, apesar disso, mesmo nesse desespero tremendo, algo invadiu com força sua mente: TK, a muito tempo atrás, inspirado por um anime que viram juntos, ele jurou para Y/N que, independente da distância, dos desafios e do tempo, não importava quando ou onde, ele sempre a encontraria caso ela precisasse, se repreendeu por um pensamento idiota como esse,porém, apesar de tudo, ainda pensava nisso, devia acreditar em coisas poéticas assim mesmo nesse tipo de situação? Lágrimas desceram por seus olhos, fungou silenciosamente e paralisou, aquilo era bobagem, uma loucura...mas pensou novamente

W̶h̶y̶ ̶M̶e̶?̶Onde histórias criam vida. Descubra agora