<[P.O.V. Narrador]>
A noite depois daquela "confissão" silenciosa não foi tão tranquila, uma ansiedade batia na porta de TK como quem quer dizer "VOCÊ BASICAMENTE RECEBEU UMA CONFISSÃO E VOCÊ NÃO FEZ NADA SOBRE ISSO, E AGORA?! COMO VAMOS RESOLVER ISSO?!" ou algo do tipo, TK revirava na cama se questionando do que devia fazer no dia seguinte, ainda tinham mais dois dias na semana para cumprir, nesse meio tempo ele devia resolver sua vida de vez, mas como...? Primeiro era sensato tirar a prova de que realmente Y/N supria sentimentos reais por si, o rapaz podia ser bem "enigmático" em sua forma de agir, pior ainda em sua forma de demonstrar amor...o que seria uma boa abordagem para comprovar suas teorias? Um beijo realmente era suficiente pra provar alguma coisa? Realmente, um beijo valia tanto assim para ser uma prova de amor? Muitas perguntas, poucas respostas, enquanto TK se contorcia na área da dúvida, Y/N roncava tranquilamente em sua casa, ja no último estágio do sono, a pequena criatura nem sonhava em acordar, imagina, e ter que sair do quentinho das cobertas e dar adeus ao seu mais fiel companheiro de cama, seu travesseiro leal? Nunca, mas nem no pior pesadelo! Seu sono era sagrado, a alma mortal que ousasse a perturbar nesse momento tão crucial ja poderia se considerar uma pessoa finada, falecida, morta da pior e mais brutal forma
Enfim, chega a manhã, TK sem nem piscar, levanta, pega seu celular e vai direto para o banheiro, um bom banho morninho pela manhã talvez fosse capaz de lhe ajudar a refletir, quem sabe as finas gotas pré aquecidas do chuveiro não levassem junto consigo suas preocupações embora pelo ralo? Isso seria uma ótima explicação para seu encanamento constantemente entupido, isso seria uma desculpa melhor que o vizinho de cima e seus 5 filhos que simplesmente não sabem tirar o cabelo do ralo ao invés de só jogar cano abaixo sem se preocupar com o resto do mundo, o som da música escolhida no celular ecoava baixo pelas paredes esverdeadas iluminadas apenas por uma janela na altura da cabeça na parede ao lado do box, quão conveniente seria olhar por ela, não? O dia parecia promissor, belo até, o céu ainda em tons rosados pelo recente amanhecer, a lua ainda o cumprimentava, "bom dia" era seu sussurro da manhã, voltando os olhos para seu corpo desnudo, não conseguia simplesmente parar de pensar, não apenas pensar, planejar, o que planejar logo cedo de manhã? Ora, como iria finalmente dizer aquilo que ja devia ter dito a muito tempo, em que momento outra oportunidade como essa apareceria? Enquanto o esverdeado tinha um grande e épico debate mental sobre o amor, Y/N na maior preguiça existente no planeta Terra se levanta arrastada e vai ao banheiro que compartilhava com Lucy, arrastou os pés de chinelo pelo chão e fechou num estrondo a porta, foi praticamente jogado para dentro do box onde a água fervente lhe cozinhava o couro das costas junto dos braços e do pescoço, demorou para informação finalmente ser processada, um reclamação alta foi proferida junto de um palavrão bem falado logo cedo pela manhã
Com os devidos preparativos, TK tranca a porta de seu humilde e doce lar e se dirige ao seu querido e amado "baixinho", companheiro para todos os momentos, pau pra toda obra, no rádio, Stan by Eminem era a trilha sonora, as gotas chuvosas e o violão melancólico expressavam de fato seu estado interior, o olhar perdido porém estranhamente atento à rua no vidro parecia traduzir a vibe leve e distante daquele momento, parecia mais um clip "sad vibes" que algum jovem dramático postaria no status...ou coisa similar, agora com Y/N, quase indo pro trabalho de chinelo "multicolorido" no pé(ou seja, um pé de casa chinelo ja que a bela criatura sempre estoura um pé e tem preguiça de comprar outro), colocou apressadamente suas botas sobre o tecido de sua calça cargo preta bem despojada, ia alternando entre dar um nó bem dado e degustar sua torrada pronta com requeijão roubado de Lucy, assim que terminou de laçar suas botas, levantou quase indo parar novamente no gélido chão, pegou um casaco que largou nas costas do sofá e saiu...e logo após voltou para trancar a porta, no mínimo, pelo jeito não veria Lucy por um bom tempo ja que a amiga vou para um tal "retiro espiritual" com alguns amigos para "limpar as energias", tanto faz, correu até o ponto de ônibus mais próximo, estava com sorte, acabara de parar justo o filho único que era seu alvo, imagina o quão perdido estaria se tivesse que esperar mais duas horas para o próximo ônibus, correu até a porta e entrou cumprimentando o motorista
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W̶h̶y̶ ̶M̶e̶?̶
Fanfiction- Peter, você não precisa matar ninguém pra ter minha atenção...você tem tomado seus remédios? Sua psiquiatra me disse que você estava sendo um bom garoto, por isso eu preparei uma surpresa pra você...- *** falou acariciando a cabeça de Peter enquan...