Eu estava em uma cama grande e confortável, com certeza poderia ficar aqui por mais umas boas horas se minha cabeça não estivesse me matando. Não tive coragem de abrir os olhos, sabendo que a claridade ia piorar tudo, pareciam que tinha um macaco batendo pratos de metal bem no meio do meu cérebro.
Minha cabeça estava encostada em um travesseiro confortável me tirando ainda mais a vontade de levantar, eu sabia que estava esquecendo de alguma coisa importante só não conseguia lembrar o que era. Ignorei e me mexi para ficar um pouco mais confortável na cama, porém paralisei quando minha mão encostou em algo que não se parecia nada com a cama. Meus olhos se abriram por instinto e a claridade me cegou, tentando me localizar percebi que minha cabeça não estava em um travesseiro e sim em cima do peitoral de alguém. Que merda tá acontecendo?
Rapidamente eu fiquei sentada na cama, mas não durou muito pois com a pequena onda de tontura misturada com a dor de cabeça me fizeram virar para trás e ir direto ao encontro do chão. Soltei um grito de surpresa por não encontrar a nenhum pedaço de cama atrás de mim, agarrei a primeira coisa que eu vi na frente tentando me segurar. O lençol não ajudou muito já que estava preso e eu não consegui agarrar a tempo.
-Merda. -Sussurrei, já sentindo minha bunda doer.
Ouvi uma inalação brusca e quando levantei a cabeça encontrei um par de olhos verdes me encarando. Analisei o rosto e quase tive um ataque cardíaco ali mesmo, ninguém menos que nosso querido, não tão querido, Ethan Howard me encarando com uma cara meio estranha. Qual foi ein, tá me olhando assim porque? Tudo bem, deve ser bem estranho acordar com uma garota que caiu da cama.
Deus se o senhor quiser agora é minha hora.
Quando olhei um pouco mais pra baixo percebi que na cama eu estava deitada em um peito bem nu, que acompanhava o resto de um corpo sem nenhuma peça de roupa, parei de olhar para baixo quando cheguei no V de seu quadril. Surtando internamente comecei a olhar para mim mesma. Sutiã? Nem perto de estar a vista. Vestido? Do outro lado do quarto junto com os meus sapatos. Engoli em seco, calcinha? Essas ainda estavam no meu corpo, graças a Deus. Estavam um pouco úmidas no entanto. Tudo bem, uma excitaçãozinha não mata ninguém.
Ele estava encarando meus peitos como se quisesse os devorar. Limpei minha garganta. E ele piscou como se estivesse voltando a realidade, mas não completamente.
-Hm... você pode me passar o lençol- Ele só ficou me encarando. - Por favor. - olhei pra ele com cara de desesperada, porque eu realmente estava.
Parecendo despertar finalmente de seu pequeno transe, ele pegou os lençóis para me entregar, mas antes de jogá-los em mim Ethan pegou sua camiseta e passou pra mim. Queria protestar, mas uma camiseta dele não era tão ruim se fosse levar em conta a consideração, ia ser mais fácil de eu andar pelo quarto até as minhas roupas com a camiseta do que com um longo lençol, me conhecendo eu tropeçaria no primeiro passo. Sua camiseta chegou até a metade das minhas coxas, cobrindo tudo que era necessário e inconscientemente eu cheirei a gola impregnada de seu perfume. Ele claramente percebeu e deu um sorriso de deboche enquanto eu ficava ainda mais vermelha.
-Então... eu vou pegar minhas roupas e ir embora. - ele acenou . Esse cara não fala não? Ele não abriu a boca em nenhum momento, nem quando estávamos em Nova Orleans. - Só pra ter certeza, estamos pelo menos perto de Havard?
-Você realmente não se lembra de nada?- Ele me olhou ofendido. E como se fosse um passo de mágica flashes da noite passada vieram à tona.
Eu e Maddy havíamos chego juntas e seguimos direto para as mesas que tinham bebidas, em nossa defesa era só pra dar um ânimo antes de ter que socializar. Virei uns dois shots com minha amiga e minutos depois o álcool começou a fazer efeito, tem um espaço em branco bem grande entre nós duas tomando um shot e eu sentada no chão jogando truco com a Maddy, Matteo e o Logan, até então acho que nem tinha visto Ethan.
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Para todo o sempre
RomanceMaya Heart é uma mulher inteligente e forte. Tendo sido abandonada por família após família e trocando de orfanato regularmente depois da morte de seus pais, sem ninguém para apoiá-la psicologicamente, os livros e os estudos se tornaram seu porto se...