Capítulo 2 - Perdido

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*-Theo-*

02:00

Minha mente era um lugar inabitável.

Acho que ela é uma prisão e eu nunca vou ser solto.

Eu sou um prisioneiro, um visitante dentro do meu próprio cérebro.

Eu estava perdido.

Era tudo uma grande confusão. E ninguém parecia sequer notar.

Ou talvez, só não se importassem o suficiente.

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Sou acordado pelo o barulho do despertador após ter dormindo apenas duas horas.

A luz do amanhecer era filtrada pelas cortinas da janela.

Mais um dia.

Mais um dia dos 7 dias da semana.

Mais um dia dos 365 dias do ano.

Mais um dia.

Dias, era tudo o que me restava.

Uma batida na porta interrompe os meus pensamentos.

— Theo, desça em dez minutos. Já estamos atrasados. Sua irmã está quase tendo um ataque e vindo aqui. E eu não vou impedir. — meu pai falou do outro lado da porta.

— Okay, Peter.

Fui para o banheiro tomar um banho rápido e fazer minhas higienes matinais.

Em exatos dez minutos eu já estava pronto, com a mochila nas costas e descendo as escadas.

No momento em que pisei na sala sou acertado por uma colher.

— Porra!

— Agradeça por não ser um copo. — Escutei Peter falar escondido atrás do sofá.

— Eu tive que me controlar muito, confie em mim, Peter. — Minha irmã falou de forma debochada — Temos que chegar mais cedo na escola hoje e ainda temos que buscar o Isaac e a Cora. E já estamos atrasados.

— Você nunca acorda cedo, Malia! E quase sempre falta o primeiro tempo. — disse olhando para ela.

— Eu sinto que deveria tomar alguma atitude sobre isso. — Peter considerou.

— Cala a boca! — Eu e Malia falamos juntos.

— Não está mais aqui quem falou. Adolescentes. — O mais velho bufou a última parte — Eu nem sei porquê estou acordado a essa hora.

— Você tem que ir trabalhar na organização do evento, Peter. — Falei de maneira óbvia.

— Que só vai acontecer de noite e eu pago pessoas para trabalharem nisso.

— Você é inacreditável. — eu disse revirando os olhos.

— Chega de conversa! Vamos logo antes de ficarmos mais atrasados. — Malia falou pegando as chaves do meu carro e jogando na minha direção.

— Eu nem comi ainda!

Malia deu a volta entrando na cozinha e atirou uma maça em mim.

— Coma no caminho.

— Você poderia parar de atirar as coisas em mim e agir como uma pessoa normal?!

— Não! — Ela deu as costas e saiu pela porta do apartamento.

— Eu deveria parar de lhe dar carona! — A segui em direção ao carro.

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The night of the bandsOnde histórias criam vida. Descubra agora