Reencarnation (Isekai)

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Naquele sábado, não teríamos aula, então todos resolveram passar o dia juntos, mesmo que fôssemos ter treinamento durante a tarde. Todos estavam no meu quarto, sentados pelo chão e cadeiras, enquanto comiam e conversavam animadamente. Eu estava deitado na minha cama de bruços, sem camisa e Ethan se encontrava sentado sob minha cintura enquanto me agraciava com uma deliciosa massagem. Suas mãos eram firmes e fortes, os movimentos eram precisos e o calor do seu corpo sobre o meu era a cereja no topo do bolo. Estava me segurando para não gemer em satisfação para cada estalo que era ouvido. Enquanto eu aproveitava meu SPA, passei a prestar atenção na conversa deles que estava interessante.

- Pelo que eu li no mural das partidas. Nós vamos enfrentar a casa do fogo num "pegue a bandeira". Casa da água vai nos enfrentar no "proteja o rei". E provavelmente, enfrentaremos a casa dos anjos no combate direto. – Explicou Harry atiçando minha curiosidade pelo assunto.

- Harry... hump... por favor me explica como funcionam essas modalidades... mais pra esquerda Ethan... iiiiisso. – controlar as reações do meu corpo se tornou uma missão impossível. Mesmo achando graça com a cena que estava vendo, começou a explicar como funcionava.

- Bem, começando com pegue a bandeira, que vai acontecer na floresta, cada time começa com um total de 5 bandeiras. Ganha o time que tiver mais bandeiras no final, além das bandeiras do time inimigo tem mais 5 bandeiras escondidas pela floresta. A bandeira adquirida só é pontuada se estiver dentro do território do time, que é uma área circular de 20 metros. – Eu poderia proteger nossas bandeiras sozinho, enquanto os outros faziam um massacre. Seria bem fácil a primeira rodada. – Na segunda parte teremos o "proteja o rei", consiste em evitar que a equipe inimiga toque no seu rei. O toque tem que ser no corpo, então o próprio rei pode se defender de ataques usando sua arma ou magia. – Claro que o rei seria Isaac, ele é o mais ágil do grupo, e evitar confrontos desnecessários era com ele mesmo. – E por último o confronto direto, só precisamos descer o soco em quem aparecer na frente. – todos riram do comentário.

   Após mais alguns minutos de conversas, brincadeiras e aquela massagem perfeita, todos fomos pra mais uma rodada de treino. Naquele dia eu iria ajudar Isaac e Harry, eles eram peças fundamentais do meu tabuleiro, e precisava de 100% do seu potencial. Enquanto Ethan e Marcus tiravam um x1 para aumentarem sua stamina e habilidades, eu ajudava os outros dois no que precisavam. Depois de conversar um pouco com eles, percebi que sofriam do mesmo problema que Ethan, eles sabiam controlar seus elementos, mas não sabiam executar habilidades com eles.

   Isaac tinha total controle do fluxo de vento a sua volta, seus passos eram inaudíveis, mas ainda lhe faltava furtividade. Então, como era algo que ele só conseguiria possuir com tempo e experiência, o ensinei a condensar o ar a sua volta, criando névoa, seria útil para se esconder dos inimigos e seria perfeito no "Proteja o rei".

   Já Harry teve um pouco de trabalho, combinar dois elementos eram difíceis pra ele, mas pelo menos conseguiu fazer flechas de gelo, o convenci de que seriam mais úteis, ainda mais se tivesse um mago de fogo do lado oposto.

   O dia havia sido bem produtivo, todos treinaram bem, cada vez mais fortes e mais em sintonia uns com os outros. No começo achei que seria difícil, mas seria se eles não fossem habilidosos. Eles são habilidosos.

   O domingo eu passei o dia na cama, um pouco de febre, dor de cabeça, mas eu sabia por que estava daquele jeito. Eu estava esgotado, sem perceber acabei consumindo muita mana pois mantinha o fluxo dela constantemente nos últimos dois dias, estava tão acostumado por sentir ela ali, que havia me esquecido de economizar energia. Mas havia também aquela sensação no fundo do peito, fria e desconfortável, parecia estar crescendo, cada vez mais. Tentei apenas ignorar aquele incômodo e dar atenção aos dois pares de olhos que me encaravam preocupados. Marcus e Ethan não foram pras suas casas visitar suas famílias naquele domingo, e quando me viram quase morto na cama, como disse Ethan assim que chegou, preferiram passar o dia comigo, para caso eu precisasse de algo. Conforme o dia ia correndo, a febre e as dores iam passando, mas isso não evitou comida na boca, cafune nos cabelos e massagem. Se eu pudesse ronronar acreditem, seria uma máquina de fazer isso.