Reencarnation (Isekai)

Um fim para um novo começo

   A notícia de que haveria o ritual da lua acalmou os ânimos de todos já que ainda tinham esperança de que o escolhido não seria capaz de atender ao alto padrão de Ramirez, o guerreiro era famoso por suas habilidades e todos souberam quando ele foi condecorado por lutar na linha de frente contra os demônios no Forte. Na verdade ninguém tinha esperança de conseguir concluir o ritual da lua com ele, eles queriam apenas algo normal para ter o nome Martínez e as mordomias que viria junto. Afinal é de uma das famílias mais ricas e prósperas do reino que se tratava, até a realeza reconhecia eles. No fim todos apenas esperaram pelo óbvio que seria a derrota de seja lá quem fosse Benjamin Collins.

   Mas um certo mago loirinho nem cogitava a derrota enquanto passeava pela cidade tendo Jade ao seu lado como guia, atrás deles dois guerreiros dos Levians os acompanhavam, tanto como escolta quanto como carregadores, já que o menor pretendia comprar algumas coisas com relação ao duelo. Vestia um sobre tudo branco, junto com sua touca de orelhinhas de gato também branca e por baixo blusa preta junto com uma calça justa preta também acompanhado de suas fiéis botas de cano alto. Como sempre lindo de morrer.

- Jovem Mestre. Sei que não é de meu poder me intrometer nos seus assuntos. Mas... por que não reconsidera esse ritual da lua. Tenho certeza de que Senhor Ramirez é apaixonado suficiente por você e pelo Senhor Ethan. - o assunto surgiu depois de Jade muito pensar, nos dois dias que passou com o mago, sentiu um apresso enorme pelo menor, e estava morrendo de preocupação com o desenrolar da situação. Só de passar um tempo junto com os três dava para ver como eles se gostavam, não havia necessidade de um ritual da lua para concretizar algo que estava mais que concreto. O mago olhou para sua amiga e sorriu achando fofo a sua preocupação para consigo.

- Eu te entendo Jade, mas não precisa se preocupar comigo. Não quero fazer isso apenas provar meu amor por eles... - com certeza não, haviam entrelinhas que apenas ele entendia. - Eu sou possessivo Jade. - falou sorrindo como se fosse normal soltar um podre como aquele, mas vindo dele com aquela feição simpática e angelical nem pareceu um defeito aos olhos dela. - Não gosto que toquem no que é meu, não gosto que olhem, cogitem, imaginem ou sonhem com. Pelo que estudei desse ritual, ele é famoso suficiente para nem mesmo a realeza meter o dedo no meu relacionamento, e é isso que eu quero, a paz absoluta, não que eu duvide da índole dos meus homens. Eles são fies a níveis catastróficos, eu só não confio nas outras pessoas, e acredite, você não iria gostar de me ver irritado. - Jade tentou ao máximo imaginar Benjamin matando pessoas ou lutando com alguém, mas aquilo era difícil tendo aquela pessoa maravilhosa caminhando ao seu lado.

- Entendo, já que não posso mudar sua ideia, ajudarei no que for preciso. - concluiu sabendo que não havia nada mais a se fazer a não ser apoiar. O mago agradeceu sua decisão. - Oh, chegamos. Mas esse ferreiro não produz varinhas, apenas espadas mesmo. Tem certeza que vai precisar de uma? - o interior da loja tinha um cheiro forte de metal, mas era o esperado já que haviam equipamentos do material por todos os lados, o garoto de cabelos loiros sorriu para a amiga de forma simpática acenando para que ela o acompanhasse num gesto simples.

- Os dois usam espadas, tenho certeza que chegar perto de mim vai ser tão fácil quanto tirar doce de um bebê. Então preciso me precaver. - uma sessão especialmente dedicada a adagas atraiu os olhos azuis o fazendo sorrir por encontrar o que queria, puxando a mão alheia todo empolgado, afinal de contas não havia nada melhor do que fazer comprar com dinheiro do sogro. O menor não entendeu muito bem a expressão do líder enquanto o entregava uma bolsa de couro repleta de moedas de ouro, mas entendeu quando ele disse "prepare-se", logo era para ele torrar aquilo tudo. - Vejamos, preciso de uma que tenha um material leve e resistente, fora que precisa ser familiarizada com mana...

   Um vendedor que atendia alguns clientes guerreiros ao fundo teve sua atenção ao grupo que entrou na loja, sua perspicácia voraz no ramo das vendas o fez ler rapidamente a situação entendendo de que se tratava de um garoto bem rico, já que havia uma empregada dos Martínez é dois guerreiros dos Levians o acompanhando. Sua boca salivou só de imaginar quanto dinheiro conseguiria se agradasse o jovem nobre. Num rápido pedido ao seu assistente para que lidasse com o grupo que estava atendendo, apareceu magicamente logo atrás do balcão onde haviam as adagas que Benjamin tanto analisava.