O maestro e o Guerreiro

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Após o espetáculo apresentado que acabou a algumas horas, outros grupos estavam se enfrentando. Seriam duas batalhas ao dia, com intervalo de três dias para não sobrecarregar os participantes. Em uma sala um pouco distante do grande coliseu, haviam macas com lençóis brancos, cristais de mana das mais variadas cores e tamanhos e algumas enfermeiras circulando pelo local. Em um canto, sendo iluminado pela janela, Benjamin se encontrava dormindo, cada centímetro dos seus braços estavam enfaixados, seus cabelos estavam molhados devido a febre que tomou conta de seu corpo, mas mesmo todo acabado deitado naquela cama, parecia um anjo aos olhos das pessoas ao redor, um anjo em um sono tranquilo e calmo.

   Depois de mais alguns minutos, o jovem acorda. A sensação de estar sendo observado não estava o deixando em paz. Abriu seus olhos azuis dando piscadas rápidas e assim que os estabilizou deu uma checada rápida em seu corpo. Ficou muito feliz ao perceber que seus braços ainda estavam ali, não que ele imaginasse que poderia tê-los perdido, claro que não. Com certeza não. As dores eram ridiculamente fortes ao movimento, mover um dedo era como ser atropelado por cavalos. Ele sabia que se ficasse daquele jeito não iria poder participar do segundo round em três dias. Com apenas um comando mental, fez com que sua mana recuperasse seu corpo, e assim foi feito. A mana de Benjamin não era algo relacionado às trevas, ela era simplesmente o seu conhecimento que vem sido treinado desde os seus 1 ano de idade. Mana tornava a ciência possível, a de Benjamin tornava tudo que ele queria possível, se ele tivesse o que era necessário. Sua cor escura era por ser madura e treinada, jovens geralmente a mana Clara, tons pastéis e suaves. Já os adultos têm aquela cor mais escura, forte e densa.

   Após sentir que seu corpo deu uma aliviada, olhou ao redor analisando o ambiente, percebendo que estava em um hospital. Ao olhar pro lado, um par de olhos verdes o encaravam como se ele fosse o último copo d'água do deserto. Ramirez também estava enfaixado da cabeça aos pés, mas por ter mais músculos e preparo físico, não sentiu tanto o ricochete da batalha que teve. Seu sorriso era ladino, em seu corpo havia apenas uma cueca Box, e ele fazia questão de estar com as pernas bem abertas para que Benjamin tivesse a melhor visão de si.

- Desculpa? Posso te ajudar? – perguntou o loirinho tentando se fazer de sonso. Mas ele sabia que aquela performance toda ao seu lado era para si. Seu rosto ficou levemente corado e se sentou na cama para ter uma visão melhor do ambiente. Aos poucos sua mana fazia um trabalho perfeito em seu corpo, em alguns dias ficaria dolorido, mas não deixaria seus amigos na mão.

- Você fica lindo dormindo. Parece um anjo. – e então começaram os cortejos. Ramirez sabia ser um excelente galanteador, seus cabelos lisos curtos na parte de trás e com um par de franjas na frente que quase alcançavam seus lindos olhos verdes, duas fileiras perfeitas de dentes brancos, lábios rosados e um corpo invejável, o rapaz era uma máquina de galantear, mas depois daquele dia ele tinha olhos para apenas um. Isso tudo junto, fez com que Benjamin aos poucos caísse nos seus cortejos, permitindo-se ser amigo do mais alto. Quando ele não estava o constrangendo com comentários pra lá de sexuais e insinuativos, sabia ser uma ótima companhia e passaram um bom tempo rindo. O maior já estava na cama de Benjamin com o mesmo deitado com a cabeça em seu peito nu, claro que ele vestiu uma calça para evitar que vissem sua "animação" pela proximidade daquele corpo pequeno em seus braços. Benjamin era um viciado em corpos quentinhos, então apenas aproveitou aquele que estava se oferecendo para lhe aquecer.

- Então nós ganhamos? – perguntou ao ouvir um breve resumo do que aconteceu na disputa.

- Sim, seu time conseguiu vencer o meu e pouco depois que terminamos nossa luta eles apareceram com as bandeiras. Você ganhou a disputa, e o meu coração. – Ramirez não perdia uma oportunidade sequer para deixar o menor vermelho, sua enorme mão fazia carícias em sua pele que pareciam veludo ao toque, dando breves arrepios gostosos pelo corpo do pequeno. Depois de conversarem mais um pouco, pelo menos Benjamim conversava, já Ramirez apenas continuava fazendo o que fazia de melhor, ser um galinha, ouviram três batidas na porta e logo em seguida uma ruiva muito linda e preocupada apareceu.

Reencarnation (Isekai)Onde histórias criam vida. Descubra agora