O obscuro

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Estava tudo escuro, mal me lembro do que tinha acontecido, acordei instantaneamente com uma dor horrível na cabeça, abri os olhos e vi ao redor que aquele ambiente não era o meu quarto e não tinha nada haver com minha casa, tentei me alevantar da cama que estava deitada e vi que um de meus braços estava amarrado, eu não estava entendendo nada, fiquei apavorada, onde eu estava, com quem eu estava ou se tinha alguém aqui, queria ir pra casa, comecei a chorar e a me debater tentando tirar a porcaria da corda. O quarto onde eu estava era escuro e a única claridade que pegava era em uma janela, mas ela tinha muitas madeiras pregadas nela, olhei um pouco mais em volta e vi duas portas só que aparentemente estavam fechadas ou encostadas não dava pra ver muito bem, o lugar era todo de madeira, mas uma madeira já velha. Ouço um barulho estranho do lado de fora de uma das portas, percebo passos vindo em direção a ela e começo a ficar desesperada não sei quem é, se eu posso confiar nessa pessoa ou não, só queria que fossem os meus pais a me levarem para casa. A porta se abre e vejo alguém encostado nela olhando para mim, não dava para ver seu rosto direito só seus olhos azuis extremamente brilhantes, percebi naquela hora que eu reconhecia aquele olhos.

- está confortável ai na sua cama Jully?

- Quem é você? Onde estou? O que você quer comigo? Como sabe meu nome? Cadê minha família? (não conseguia parar de chorar a cada vez que olhava pra ele me dava mais raiva).

- são muitas perguntas para uma menina como você, quer saber demais não acha? não se preocupe você não vai sair daqui essa é a sua casa agora.

- Me tira daqui...por favor, eu não tenho muito dinheiro mais posso dar para você, só....me tire daqui (ele ri negando e eu choro desesperadamente e acabo por me irritar com o seu silêncio). - Eu juro que se eu conseguir sair dessa porcaria de amarra eu vou bater tanto em você, você não tem esse direito, eu vou acabar com você.

- você é uma menina tão linda mais tão perturbada, tente se acalmar eu não sou seu inimigo, só quero te proteger.

- Vou me acalmar porra nenhuma, me proteger do que? Só se for de você mesmo, me tira dessa merda, eu quero ir embora, você....você não pode fazer isso comigo. (eu não conseguia conter as lágrimas mais só queria sair dali e bater nele).

- não só posso como já fiz, não se preocupe vamos nos dar muito bem, você só precisa de tempo.

- Você vai ver, vão me achar e vão acabar com você.

- acho que não, estamos bem longe, não se preocupe tudo ao seu tempo e além do mais você já é minha só que ainda não se ligou, esperei por isso desde o momento em que te vi, você não percebe...não consegue ver ainda, mas você me ama....

- Eu te odeio, quero que você morra...desde quando você vem me vigiando? Porque eu...me diz por que eu??

-eu já disse minha querida tudo ao seu tempo.

- Quem você pensa que é...em...você não merece viver, por que fazer esse tipo de coisa com as pessoas? (tento limpar meu rosto). - Eu não consigo nem ao menos ver sua cara, por que não me mostra seu rosto?

- ainda não, você vai ver, mas hoje não....(ele da dois passos em minha direção) - eu vou te contar uma coisa, se você for uma garota obediente pode ser que eu te trate bem e te dê o que comer.

- Até parece que eu vou comer qualquer coisa que você prepare pra mim, você só pode estar ficando louco.

- bom.....se vai ser assim..espero que aguente ficar de barriga vazia porque não vai comer nada hoje. As regras são bem claras Jully, você ganha comida tem direito a banho e se não me irritar...vai continuar viva.

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