POV. RAFAELLA
No dia seguinte acordei já incomodada pelos sintomas de enjôos. Me levantei, arrumei a cama e vesti uma blusa e uma calça jeans, depois coloquei minha bota. Arrumei meu cabelo o deixando solto e segui para o banheiro e fiz minha higiene matinal.
Segui até o quarto de Gizelly e bati na porta a chamando.
- Pode entrar. diante de sua resposta, abri a porta e encontrei a mesma já com suas vestes de peoa e os penteando os cabelos molhados em frente ao espelho. - Bom dia guria, já está pronta?
- Bom dia, tô sim, só te esperando.
- Dormiu bem?
- Tão bem que acordei só agora cedo, capotei, essa menina tá me dando muito sono. comentei e ela riu.
- Tô ansiosa pra ver ela, vamos descer e tomar café pra irmos.
- Eu não quero comer nada não, acordei enjoada.
- Você não pode ficar sem comer Rafaella, não pode deixar nossa menina com fome. disse carinhosa acariciando minha barriga e eu sorri com seu jeito amoroso.
Descemos e seguimos até a cozinha encontrando dona Madalena e Clara já trocando as farpas.
- Bom dia vó, bom dia Clara.
- Bom dia Gi, bom dia Rafa. Clara disse simpática.
- Bom dia... senti uma leve tontura fechando os olhos e Gizelly e me segurou.
- O que tá sentindo Rafa?
- Me deu uma tontura, mas já tá passando.
Ela puxou a cadeira pra mim e eu me sentei.
- Come pelo menos uma fruta, essas tonturas pode ser a falta de comida.
- Mas eu tô comendo Gi. disse e ela me olhou cemirrando os olhos.
- Muito pouco né, quase nada.
Peguei uma maçã que estava na fruteira sobre a mesa e dei uma mordida.
- Satisfeita?
- Ainda não, vou ficar de olho em você tá guria? falou e eu neguei dando a língua pra ela.
- Ceis é bonitinhas juntas. Clara disse nos olhando com uma cara abobada.
- Você trata de comer direito índia, não quero minha bisneta fraca não. dona Madalena disse com seu jeito de sempre.
Após o café da manhã, Gizelly e eu fomos pra cidade na sua caminhonete, não demoramos muito, em 10 minutos chegamos em Girassol. Gizelly estacionou em frente ao postinho e descemos seguindo até a entrada do mesmo e ficamos esperando eu ser chamada, o que levou em torno de 20 minutos.
- Bom dia Gizelly, bom dia Rafaella, tudo bem com vocês? doutor Ricardo nos perguntou ao entrarmos na sua sala.
- Bom dia doutor Ricardo, tudo sim. Gizelly respondeu.
- Bom dia. desejei em seguida e me sentei ao lado de Gizelly.
Ricardo me perguntou várias coisas e passou alguns cuidados também, mesmo eu dizendo que era índia e já estava acostumada, ele me restringiu de algumas coisas e andar à cavalo era uma delas. Em seguida, ele mediu minha pressão, olhou meu peso e por fim, me pediu pra me trocar para fazer o ultrassom. Segui até o banheiro e tirei minha roupa colocando uma camisola e retornei e me deitei na maca. Gizelly ficou do meu lado.
- Vamos ver como está esse baby? Ricardo disse com um sorriso simpático.
Observei pegar um pequeno aparelho e o deslizou sobre o meu íntimo e segundos depois, pude ver meu bebê ali. Minha menina.
- De acordo com o ultrassom, você já está com 11 semanas de gestação, quase completando os 3 meses completos. ele disse atento no monitor. - Vamos ouvir o coraçãozinho.
Logo os batimentos cardíacos se fizeram presentes, muito rápido. Gizelly desviou seu olhar pra mim com um sorriso enorme e completamente emocionada.
- 160 batimentos por minuto, está ótimo. Ricardo disse.
Eles permaneceu mais alguns 15 minutos fazendo medições de cada parte do bebê e ia nos falando.
Ao colocar em 3D, o rostinho da minha menina apareceu direitinho e nesse mesmo segundo ela abriu e fechou a boquinha, o que encheu meu coração de amor por aquele serzinho que crescia em meu ventre.
Ao terminar minha consulta, nos despedimos e saímos indo até a caminhonete e pegamos o caminho para a fazenda. Fomos o caminho todo conversando sobre nossa filha, Gizelly estava toda feliz e empolgada, eu também sentia uma felicidade imensa por minha filha está bem, mas não podia fugir do medo, ainda tinha uma maldição nos perseguindo.
Em vez de irmos pra fazenda, Gizelly cortou o caminho seguindo para o plantio de girassol e logo senti um cheiro de queimado.
POV. NARRADOR
O plantio estava sendo alastrado pelo fogo, Gizelly caminhou até o local completamente desolada. Alguns moradores estavam ali também tristes pelo acontecido.
- Com certeza o autor disse é o Max. Rafa disse afirmando.
- Fez isso pra me atingir, mas acabou caindo nos moradores também.
- Eu sei que você tá aflito, foi um golpe muito forte, mas você é uma mulher guerreira, forte e vai dar a volta por cima.
As duas se aproximaram um pouco mais até as pessoas que estavam ali, nos seus rostos era nítido a tristeza.
- Gente, nós todos sabemos quem foi o autor disso, Max Martinez me odeia e quer me atingir de todas as formas, mas eu garanto a vocês que vamos sair dessa, eu preciso da determinação, da força e da luta de vocês, juntos vamos reconstruir o plantio de girassol. todos assentiram batendo palmas com um sorriso no rosto.
Todos estavam dispostos a recomeçar.
...
A pobi da Gizelly não tem um minuto de paz. 😥

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A Maldição da Índia
FanfictionNos arredores do Rio Araguaia uma maldição indígena foi lançada em 1845. A praga foi rogada por conta de um romance entre Antonia e o índio Apoena, que se conheceram durante um ataque indígena à fazenda dela. Os dois se apaixonaram e desse romance...