Capítulo 1 - Um idiota

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Park Jimin

Meu pé direito pisou no trem, e eu congelei no meio do passo avistando ele já no carro. Merda! Ele estava sentado na frente do meu assento habitual. Eu recuei.

— Ei, olhe para onde você está indo! — Um engravatado desequilibrou seu café, mal o mantendo na vertical enquanto eu reverti para fora do terceiro carro sem olhar e choquei-me contra ele. — Que diabos?

— Desculpe! — Eu ofereci um pedido de desculpas ao passageiro e continuei, abaixando-me na janela do trem enquanto eu corria alguns carros para baixo da plataforma. As pequenas luzes ao lado de cada porta começaram a piscar em vermelho, e uma alta campainha tocou sinalizando que o trem estava prestes a partir. Eu pulei no carro sete assim que as portas começaram a deslizar
fechadas.

Demorou um minuto para recuperar o fôlego por correr o comprimento de quatro vagões de trem. Minha bunda definitivamente precisava voltar para a academia. Eu encontrei um assento vazio voltado para frente, estabelecendo-me ao lado de alguém ao invés de sentar em um dos mais de meia dúzia de assentos vagos virados para o interior. O homem baixou o jornal quando eu me instalei ao seu lado. — Desculpe. — eu ofereci. — Eu não consigo viajar olhando para o lado.-— Os dois assentos na frente dele estavam vazios. A etiqueta adequada de trem teria sido tomar um desses, mas eu percebi que ele preferia estar aconchegante a vomitar.

Ele sorriu. — Nem eu posso.

Estourando em meus fones de ouvido, eu respirei um suspiro de alívio e fechei os olhos quando o trem começou a se mover.

Uns minutos depois, houve um leve toque no meu ombro. O passageiro ao meu lado apontou para o homem em pé no corredor.

Eu relutantemente tirei um fone de ouvido.

— Jimin. Eu pensei que era você.

Aquela voz.

— Umm... oi. — Qual, diabos, era o seu nome? Oh, espere... Como eu poderia esquecer? Mitch. Estridente Mitch. Eu ainda não estava falando com a minha irmã por esse desastre. Pior. Encontro. Às cegas. Sempre. — Como está você, Mitch?

-— Bem, na verdade, ótimo agora que eu colidi com você. Tentei chegar a você algumas vezes. Devo ter digitado o número errado, porque você nunca respondeu aos meus textos.

Sim. É isso aí.

Ele coçou a virilha através de suas calças. Eu tinha quase esquecido sobre essa pequena joia. Isso era provavelmente um hábito nervoso, mas cada vez que ele fazia isso, meu olho seguia sua mão, e era tudo que eu poderia fazer para não enlouquecer. Estridente Mitch com coceira. Obrigada, Irmã.

Ele limpou a garganta. — Talvez pudéssemos tomar um café esta manhã?

O engravatado ao meu lado baixou o jornal de novo e olhou para Mitch e depois para mim. Eu simplesmente não podia obrigar-me a ser má para o pobre rapaz; ele era bom o suficiente.
-— Umm. — Eu coloquei minha mão sobre o ombro do engravatado ao meu lado. — Eu não posso. Este é o meu namorado, Luca. Nós voltamos há uma semana. Certo, querido?

O rosto de Mitch caiu. — Oh. Entendo.

Falso Luca juntou-se. Ele colocou a mão no meu joelho. — Eu não compartilho, amigo. Então dê uma caminhada.

-— Você não tem que ser tão rude, Luca. — Eu olhei para o engravatado.

-— Isso não foi rude, querido. Isso seria rude. — Antes que eu pudesse impedi-lo, seus lábios estavam nos meus. E não foi um beijinho rápido também. Sua língua não perdeu tempo empurrando seu caminho em minha boca. Enfiei minhas unhas duro em seu peito, empurrando-o de cima de mim.

Um Ômega Perfeito | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora